terça-feira, 2 de junho de 2020

Desafio de escrita: Seja o personagem de seu livro favorito - por Fabi Sanchez

Olá, queridos leitores!!!

Vamos a mais um desafio de escrita?
Esta semana o desafio de escrita é lindo: "seja o protagonista de seu livro favorito". Bom, o desafio começa quando tenho um número sem igual de livros favoritos e continua quando entendo que minha memória péssima nunca lembra dos enredos dos livros, mesmo daqueles que tanto amo, portanto, tive que reler e estudar um dos livros que escolhi com dificuldade, no caso escolhi um dos meus favoritos da saga Os Bridgertons, de Julia Quinn "Para Sr. Phillip, com amor", pois sempre pensei como seria viver nessa época e posição social européia, pode ser ingenuo e imaturo, mas enfim, cada um com suas esquisitices literárias. Levem em consideração como invencionisses tudo o que não se assemelhar com o enredo original.
Livro - Para Sir Phillip, com amor no Submarino.com

A carruagem havia parado diante das grandes portas de entrada  de Rommey Hall, uma construção de pedra do século XVIII que, apesar de muito suntuosa, parecia desgastada e descuidada, contrastando com os tão belos jardins pelos quais havia acabado de cruzar, floridos e bem cuidados, com uma variedade enorme de espécies de arbustos, flores e árvores, além de uma estufa que parecia muito mais bem cuidada do que a casa em si, era impossível não notar. 

Mas também, o que poderia esperar? Ele era um botânico de Cambridge.

Tinha 30 anos.

Seus cabelos eram castanhos. 

Ele tinha todos os dentes.

Era baronete.

Gostava de ler tratados científicos e livros de poesia, mas não romances e, definitivamente, nenhum trabalho de filosofia.

Apreciava a chuva.

Sua cor preferida era o verde.

Nunca tinha saído da Inglaterra.

Não gostava de peixe.

Comecei a rir de meu próprio pensamento. Era sério que eu sabia que ele não gostava de peixe? 

Havia mais ou menos um ano que nos comunicávamos por carta desde aquela primeira, onde eu mandava minhas condolências pela morte de minha prima Marina, no caso, esposa de Sr. Phillip. Eu não tinha proximidade com Marina e nem ao menos nunca tinha me encontrado pessoalmente com Sr. Phillip, mas devido minha paixão em escrever e receber cartas não consegui me conter em enviar-lhe meus pêsames. Fora um ano emocionante, conhecendo um homem tão interessante de forma tão inusitada e, mesmo há distância, nos aproximamos, e sejamos sinceros, ele é um bom partido e eu, já sou considerada uma solteirona com meus 28 anos de idade. Não que não tivessem cavalheiros me cortejando, tive alguns, mas só para contrariar minha mãe e meu irmão Anthony, recusei a todos. Mas agora, com a idade, parece-me que o tempo está passando e eu estou ficando para traz.

E então me aparece Sr, Phillips, tão interessante, tão inteligente e afetuoso, baronete e viúvo. Tudo bem, ele não mora em Londres, mas sua última carta, aquela onde ele dizia:

"Perdoe-me se estou sendo muito atrevido, mas escrevo para convidá-la a vir a Romney Hall. Tenho esperança de que, após algum tempo, possamos descobrir que iremos nos entender e a senhorita aceite ser minha esposa"

Foi memorável e levou-me a esta decisão. Fugi e cá estou.

Sim, imagine se trouxesse Hyacinth ou minha mãe? Com certeza elas assustariam Sr. Phillip para sempre. Arrumei minhas malas sorrateiramente, coloquei meu melhor vestido para o baile que haveria em casa e, enquanto meu irmão iria começar a fazer seu discurso, fui até a carruagem de aluguel e viajei a noite toda para chegar nesta manhã de sol em Romney Hall.

Desço da carruagem e o cavalariço pega minhas malas, deixando-as na soleira. Bato na aldrava e o mordomo me recebe com certo susto:

- Bom dia, madame!

-Bom dia, está realmente um lindo dia! Acho que não me conhece. Claro que não me conhece, na verdade, nem Sr. Phillips me conhece, e simplesmente já desculpo-me por chegar sem aviso prévio, pois creio que ele não deva estar me esperando, bom, pode ser que ele esteja, pois afinal de contas, ele me convidou, já que eu nunca viria até aqui sem um convite, mas com certeza eu não marquei uma hora específica de chegada, mas se for possível, gostaria de falar com Sr. Phillip, por favor!

Por que eu tinha que sempre tagarelar quando estava nervosa?

-Claro, madame, entre, por favor, deixe-me pegar suas malas! Chamarei Sr. Phillips, queira aguardar um minuto, sente-se enquanto aguarda, por favor.

-Obrigada, mas apesar de cansada, prefiro ficar em pé, foram muitos quilômetros sentada na longa viagem, prefiro esticar um pouco minhas pernas se não for muita grosseria de minha parte, aguardo-o aqui mesmo, no hall, obrigada.

Tagarelando novamente. Eu não parava de alisar a saia do vestido e retorcer minhas mãos dentro das luvas. Observei o mordomo subir as longas escadas e tive tempo de olhar ao meu redor toda a grandeza do ambiente. Parecia uma casa muito bonita, mas totalmente desgastada e desatualizada. Era visível que a morte de minha prima havia envelhecido o trato da casa. o tecido listrado de azul e branco do sofá, por exemplo, estava tão desbotado e fora de moda... não havia nada de feminino por ali, definitivamente. 

De repente meus pensamentos de observação congelaram. Aquele homem enorme, de cabelos castanhos desgrenhados, camisa e calça de lã que descia as escadas parecia um urso, e não o cavalheiro que havia, tão delicadamente, me mandado tantas cartas. e então lembrei-me de estar viva:

-Sir Phillip? Peço mil desculpas por aparecer assim de forma tão inesperada, mas realmente não tinha opção e, para ser sincera, se eu tivesse mandado avisar, é provável que a carta só chegasse depois de mim, o que a tornaria meio irrelevante, como sei que irá concordar e...

Meu Deus, havia construído outra imagem dele, não parecia o mesmo das cartas, ele parece tão maior...

-... uma longa viagem, e como eu não pude dormir, peço que me desculpe pela minha aparência e...

... o que ele está pensando de mim? Estou toda amarrotada, meu cabelo deve estar todo em desalinho...

-... não trouxe muita coisa, mas não tive escolha e...

... porque ele não diz nada? Os olhos... ele os pisca infinitamente...

- Madame.

- ... e a carruagem então deixou-me aqui em frente à sua linda residencia...

... eu não deveria ter vindo...

-Madame.

-... mas então eu... sim.

Olhei dentro de seus olhos e ele me pareceu tonto.

-Humm... quem é você? 

...quem eu era? Como assim quem eu era? Ele havia me convidado para vir até aqui, deveria estar me esperando, mais do que me convidar, ele me pediu em casamento, ou será que eu havia sido precipitada em minha interpretação? Não, ele havia mencionado a palavra esposa, eu li por muitas vezes até decorar toda a carta. Ele deveria estar decepcionado com minha imagem, só poderia ser isso. Como assim quem eu era? Por que eu vim? Deveria não ter aceitado o convite, fui precipitada. Como voltaria agora para casa? O que diria à minha mãe e ao meu irmão? Como assim quem eu era?

-Eloise Bridgerton, é claro.

Ele entreabriu a boca e ficou encarando-me por quase um século de segundos.

Sim, realmente esta seria a visita de minha vida, seja ela o motivo para o casamento o qual tanto havia evitado té então, ou seja para o maior desastre da minha história ou de minha família.


Espero que tenham gostado de me ver como Eloise. Eu adorei! O Phillip, pra mim, é um partidão e a Eloise é muito inteligente. E você? gostaria de ser o protagonista de qual livro?
Bjks e até semana que vem!



6 comentários:

  1. Se eu gostei?
    Eu amei...sabe que parei no livro da Eloise e não continuei...leio um Bridgerton por ano mas acho que adiatarei a história de Eloise.
    Esse desafio da semana está empolgante 😊

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    1. Ah, continue lendo, pq pra mim, esse é o melhor livros dos Bridgertones!
      Estou super curiosa pra ler seu desafio dessa semana tb, escreve logo! kkk

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  2. Amei! É o meu casal favorito do Btidgertons. Sir Phillip meu crush💓💓

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  3. Ai, tb adoro o Phillip, meu lord favorito, tão homão...

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  4. Sempre tive curiosidade pra ler os Bridgertons e agora aumentou consideravelmente!!! Você escreve muito bem!! Adorei S2

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    1. Obrigada, Rafa!!!
      Leia sim, não tem como não se apaixonar por essa família criada pela Julia Quinn

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