domingo, 27 de setembro de 2015

Poesia cantada com Rafael Clodomiro

Essa semana tive uma feliz surpresa na internet ao conhecer o Rafael Clodomiro.
O Rafael é um artista que não apenas declama poesias de nossos super poetas brasileiros, como Drummond e Mario de Andrade, como também as transforma em música e sai por aí, cantando poesia pelo mundo, e principalmente pelas escolas, com seu projeto "ALira: poemas que enCANTAM".
Além disso, ele faz um trabalho de clips com as poesias que é super legal e jovem. Olhem que fofo o clip do "E agora, José?" de Drummond.


Preciso dizer que me apaixonei? Preciso dizer que vou levar os clips pra sala de aula? Preciso dizer que vou tentar trazer o Rafael pra sala de aula? Acho que não, né?
Só pra quem não conhece, vou colocar a poesia do clip pra todo mundo cantar junto com o Rafael.

      JOSÉ
                  E agora, José?
              A festa acabou,
              a luz apagou,
              o povo sumiu,
              a noite esfriou,
              e agora, José?
              e agora, você?
              você que é sem nome,
              que zomba dos outros,
              você que faz versos,
              que ama, protesta?
              e agora, José?
              Está sem mulher,
              está sem discurso,
              está sem carinho,
              já não pode beber,
              já não pode fumar,
              cuspir já não pode,
              a noite esfriou,
              o dia não veio,
              o bonde não veio,
              o riso não veio
              não veio a utopia
              e tudo acabou
              e tudo fugiu
              e tudo mofou,
              e agora, José?
              E agora, José?
              Sua doce palavra,
              seu instante de febre,
              sua gula e jejum,
              sua biblioteca,
              sua lavra de ouro,
              seu terno de vidro,
              sua incoerência,
              seu ódio - e agora?
              Com a chave na mão
              quer abrir a porta,
              não existe porta;
              quer morrer no mar,
              mas o mar secou;
              quer ir para Minas,
              Minas não há mais.
              José, e agora?
              Se você gritasse,
              se você gemesse,
              se você tocasse
              a valsa vienense,
              se você dormisse,
              se você cansasse,
              se você morresse...
              Mas você não morre,
              você é duro, José!
              Sozinho no escuro
              qual bicho-do-mato,
              sem teogonia,
              sem parede nua
              para se encostar,
              sem cavalo preto
              que fuja a galope,
              você marcha, José!
              José, para onde?
     
    Eu sou suspeita a falar, pois amo poesia e tenho um caso de amor por Drummond! Espero que vocês também tenham gostado do projeto do Rafa e do Drummond.
    Boas Leituras!



terça-feira, 22 de setembro de 2015

Revista Underground Rock Report

Oie, leitores!!!

Hoje, provavelmente inspirada pelo último R&R,  venho divulgar uma nova parceria de leitura aqui no Língua e Literatura com a revista Underground Rock Report. Na verdade a parceria com o editor já vem de longas décadas. Eu e o Leonardo Moraes já somos parceiros de debates do mundo rock desde os anos 90, quando estudávamos na mesma escola e tínhamos autos paus pra convencer um ao outro de quem era melhor: Metallica ou Iron Maiden?
Bom, a questão até hoje não se cala, mas muitas outras questões nasceram durante os anos, muitas foram respondidas e algumas outras vem sendo construídas. Uma das questões que faço atualmente é: Qual revista digital com o mesmo tema está no nível da Underground Rock Report atualmente? Não vejo ninguém pelo caminho pra me responder.
A revista já está no quarto número e basta folheá-la pra perceber a qualidade das imagens e editoração. As fotos são maravilhosas! Quando começa-se a ler, principalmente as entrevistas, sente-se o tom intimista com os entrevistados. Os repórteres são de alto nível e usando a linguagem do público leitor, nos levam a uma aproximação imediata com os músicos.Outro ponto positivo que eleva o nível da revista é que a matéria de capa está em inglês e português.
Esta quarta edição vem recheada de entrevistas, entre elas, com duas bandas que eu, em particular, já ouvi muuuuito: Dark Funeral (a matéria de capa) e Korzus.
Além das muitas entrevistas, a revista também traz sinopses de diversos álbuns novos no mercado, como os das renomadas bandas Marduk e Anthares.
Também tem uma ótima resenha sobre o filme "Mad Max: Fury road" e a biografia do Fred Berger, fotógrafo inspirador do editor Leonardo Moraes.
Gosta de Heavy Metal? Gosta de ler? Pronto, já achou o que fazer pra esperar o final de semana chegar: Ler o 4o. número da Underground Rock Report.
http://undergroundrockreport.com.br/site/
https://www.facebook.com/undergroundrockreport?fref=ts

Boas Leituras!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Onde há fumaça, há fogo...

Oie, leitores!
Seguindo o Projeto "Aperte a tecla", lá do blog Na estrada da fantasia da minha amiga blogueira Marina Ramos, saiu por aqui no Língua e Literatura o conto do mês de agosto, bastante atrasado, mas é nisso que dá abraçar todos os projetos que se vê pela frente. O tema de agosto era "baseado em fatos reais", e vou lhes contar, realmente o causo é real, ouvi muitas vezes, de verdade! 
Espero que gostem:

Onde há fumaça, há fogo...

Já ouviram aquela expressão que diz que "onde há fumaça há fogo"? Pois então, essa estória que vou contar, já a ouvi em vários lugares por onde passei aqui na região de Bragança Paulista. 
Ora é contada por crianças pequenas, que na sala de aula, se apavoram só de recordar; ora é contado por adolescentes que, descrentes, apenas reproduzem aquilo que ouviram para tirar um barato dos colegas e ora quem conta são os mais antigos que, com toda sabedoria, apontam os detalhes da estória causando arrepios tremendos na espinha.
Se é verdade, não sei. Mas onde há fumaça, há fogo.
Há alguns anos atrás. estava eu passando uns dias na casa da minha comadre em Joanópolis, quando resolvemos aceitar um convite pra tomar um café de fogão à lenha na casa de Seu Ramos, vizinho de alguns quilômetros de distância.
Eu, que na época ainda morava na cidade grande, me impressionava com tudo na roça: a caminhada ao ar livre, as grandes montanhas de pasto verdejante, o ar com cheiro de estrume fresco, as pedras reluzentes na estrada de chão, a simplicidade das casas abastecidas pela água do poço aquecida na serpentina do fogão... mas o que mais me impressionava era a amistosidade, a recepção. Eita povo receptivo!
Chegamos na casa de Seu Ramos e Dona Pepa já foi nos oferecendo uma cadeira ao lado do fogão, bem no meio da cozinha, para esperar o café, que por sua vez esperava dentro de um comprido coador de pano a água ferver. Regados a biscoitos de polvilho, Sr. Ramos perguntou, só por educação, claro, como estavam as coisas na cidade.
- Então ocê é de São Paulo?
- Sou, sim senhor!
-Já fui lá algumas vezes. Mas não gosto não. Quando preciso ir tratar de negócios, mando um de meus filhos. Prefiro o trabalho do sítio.
- É, São Paulo é uma loucura mesmo!
-Loucura? Bão, daí depende do que ocê chama de loucura. Se eu começar a te contar as coisas que acontecem por aqui, ocê também vai achar que esse velho, mesmo morando na roça, é louco.
-É nada, Seu Ramos! Nunca pensaria uma coisa dessas do Senhor! - Afinal eu estava com um senhor de oitenta e dois anos...
- O véio, conta da semana passada, aquilo lá que aconteceu pros lados da cachoeira. - Pediu Dona Pepa segurando o avental que ia amarrado na cintura e com um sorriso meigo no rosto, como que para acalentar o que viria pela frente.
- Fica quieta, muié! Acha que eu vou querer espantar a visita nova?
Vi Dona Pepa cortando queijo fresco para nos servir e nos amarrar ali naquela cadeira junto ao fogão de lenha.
- Que nada, Seu Ramos! Agora fiquei curiosa! O que aconteceu perto da cachoeira? Não vão me dizer que tem Iara por aqui, né?
- Bão, se tem Iara ainda num vi, apesar que o Zé do Estribo, que mora lá depois da campina, diz que nunca mais se arrisca ir pros lados do Lago Fundo. Mas daí até existir, já é outro causo.
- Se não é Iara, então pode contar que eu aguento.
- Bão, no começo da semana passada, meu filho que mora ali no pé do primeiro morro, veio logo no amanhecer de terça-feira bater na minha porta. E não era pra falar de tombo de vaca ou de fuga de cavalo, não. Veio me contar dos barulhos de assombração que tinham deixado ele de lampião ligado a noite toda.
- Assombração, é?! Que tipo de assombração? - Ah, Seu Ramos, logo eu, uma pessoa tão espiritualizada, nunca vou ter medo de assombração! Esse foi o pensamento que me veio à cabeça, mas por respeito apenas falei: - Algum fantasma?
- Fantasma, qual o quê?! Alma perdida se afasta com reza braba. Mas assombração, é coisa das sombras. Existe coisas nesse mundo que não são nem de Deus nem do Diabo. O que são? Ninguém sabe! Mas as vezes aparecem por aqui ou por ali, apavorando o povo com o que não se conhece.
Aquelas palavras bateram no meu peito deixando-o oco: coisas que fogem do domínio de Deus ou do Diabo? Calei-me e me pus a escutar.
"E vou te falar, nunca vi Benedito tão apavorado quanto naquela manhã. A cara dele era branca como cera de toco de vela comida, toda escorrida de suor. Uns olhãos que pareciam que iam comer o mundo. No começo ele não falava coisa com coisa. Gaguejava mais do que fusca velho.
Mandei primeiro ele se aprumar e tomar uma fresca na varanda, com um copo d´água pra se acalmar. Sentei do lado do Dito, coloquei a mão no joelho dele e ele desembuchou:
-Parecia coisa da mula-sem-cabeça, pai!O chiado do fogo estalando a noite toda. Um fogo ardente, mas que não tinha clarão não. Nenhuma luz por fresta nenhuma. Só a crepitação andante. Mas não tinha casco não, bem que aprumei meu ouvido, e não ouvi trote nenhum. Só aquele fogo sem luz estalando em derredor, entrando bem aqui no fundo do peito. Eita estalido apavorante, pai! Parecia que queimava minha alma! E parecia que chia cá dentro até agora!
Fiquei intrigado de ver o susto do Dito e tentei acalmar:
- Mas qual o quê, rapaz! Para de bestagem! Ocê devia é de estar sonhando!
- Tava nada, pai! Pergunta pra Zefa, que foi ela que escutou primeiro e me acordou no pavor pior das coisas.
- Eita, menino, que assombração assim nunca que ouvi falar. Tão falando lá em Minas de um tal de Chupa cabra, será que já veio pra cá, foi?
- Se chupa cabra ou boi, não sei não, pai, mas tô achando melhor a gente adiar a caçada de amanhã.
- Qual o quê, rapaz? Vira homem que essas coisas não adiam caçada nenhuma não."
Enquanto Seu Ramos contava, fiquei pensando no caminho que fiz para chegar até o sítio dele. Será que ali no meio daquela mata existiria algum encantado desconhecido? O que seria aquele estalido que Dito ouvira? Seria algo com forma? E o pior: Será que nos viu pela estrada?
De repente Dona Pepa me acorda servindo um copo de café fumegante e mais um pedaço de queijo.
Seu Ramos continuou:
"E ocê sabe que homem de sítio não arreda o pé de assombração, então celamos os cavalos, pegamos as armas e saímos pelo caminho buscando anta, capivara, tatu, ou qualquer caça que fosse boa de tamanho.
Daí que no galopeio do caminho apareceu uma encruzilhada em formato de "y" que parece que nunca que eu tinha visto naquele caminho que ficou estranho que só. E olha que bem no meio da encruzilhada tinha um oratório, e lá de dentro dele nós vimos duas luzes vermelhas no fundo do escuro de dentro do oratório.
Assuntei pro Dito o que ele achava que era. Ele olhou pro João que não tirava os olhos da luz vermelha. Já tinha visto que os dois estavam se borrando e logo pensei "Mas  que afrouxados que criei!". Falei baixo pros dois:
- Larga de frouxisse que é vela acesa!
Quase que num ouvi a resposta do Dito.
- É nada, pai, que parece dois olhos!
- Então prepara a arma que é onça."
- Afe, Seu Ramos! Vocês pegaram uma onça na caçada?
- Qual o quê, menina! Antes fosse!
Aquela resposta fez os pelos do meu corpo se eriçarem, parecia que senti um calor incômodo no pescoço, uma presença de um hálito de não sei o quê. Olhei pra trás, não vi nada. deixei minha mão na nuca, só por costume, e continuei ouvindo o causo.
"- Quando no susto, aquelas luzes se arredondeiam. virando dois olhos de fogo, e bem no meio, um focinho comprido. Era a cara de um tatu. Mas os olhos lampiavam fogo pela cara toda do bicho. E ocê pensa que ele andava bem? Qual o quê que ele tava avoando em cima do chão que nem pluma. Só de olho em nós.
- E com aquela visagem, a anta do João no arrepio da espinha que teve, disparou a espingarda."
- Ufa, que susto, Seu Ramos! E o bicho morreu e era só um tatu, né?
"Qual o quê! Aquele fogo veio estalido voando pra cima de nós. E bala nem tinha o que matasse não. O causo agora era tocar galope pra fora do caminho da mata. Uh, e corremos bem, viu? Porque fugir a gente não foge, mas também não carecia ficar lá na frente do bichão pra saber se era coisa de que.
E enquanto que a gente galopeava, o fogo que estalava na orelha não parava mais de queimar. Um fogo gelado que nem frio na espinha que não pára de arrepiar.
Medo, a gente não tem, não, mas quem que gosta de frio na espinha? É por isso que a gente correu sem olhar nem mais vez pra trás.
E corremos com o bicho no encalço até sair da estrada da mata. E foi que nem que tirar com a mão. Foi sair da mata pra acabar o fogo arrepiante. E daí que fomos olhar pra trás. E lá no escuro, no meio dos angicos, só aquelas duas bolas de fogo, olhando bem pra nós e dizendo bem no meio do peito nosso.
'Em tempo de prenhisse de bicho não se entra em mata! Só porque vocês não tem época de prenhar, quer virar o verme do mundo!?'
E aquilo ficou pra sempre num zumbido aqui dentro da cachola, que até hoje não teve fim."
- Eita, Seu Ramos! Que estória! - Foi a única coisa que consegui dizer tremilicando todo o corpo.
Rapidamente a prosa perdeu o fogo,  o café secou, o biscoito esmigalhou e o dia entardeceu, e o caminho da mata nos esperava de volta.
Olha, nunca andei tão rápido um caminho de volta na minha vida: não senti cheiro de estrume, não vi estrada e nem o pôr-do-sol. E quer saber mais? Nunca ouvi tanto barulho no sítio como naquela noite mal dormida.
O Sr. Ramos? Deve estar bem! Faz tempo que não o vejo.
Se eu vi o tal tatu? Claro que não! Se eu acredito? Não sei, mas onde há fumaça, há fogo...

Boas Leituras!





domingo, 20 de setembro de 2015

Projeto: Lendo Clarice


Clarice Lispector.
Quantas vezes li Clarice para ler a mim mesma? Quantas vezes estive com seus textos como se tivesse com ela própria? Quantas vezes minhas agunias se ampliaram ou diminuíram ao visitar seus textos? Mão consigo enumerar!
Clarice, pra mim, não foi. Ela ainda é, e sempre será imortalmente viva dentro de mim!
Uma amiga que me entende no âmbito mais profundo.
Para minha alegria, recebi um convite da Aninha lá do blog Leia Ana, leia para irmos visitar Clarice. Achei o projeto maravilhosos e abracei na mesma hora!
A ideia consiste em lermos todas as obras de Clarice, por ordem cronológica de publicação, sem prazo determinado de término. Apenas de início - começaremos as leituras amanhã.
Abaixo a lista de títulos de Clarice


  • Perto do coração selvagem
  • O lustre
  • A cidade sitiada
  • Laços de família
  • A maçã no escuro
  • A paixão segundo G.H.
  • A legião estrangeira
  • Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres
  • Felicidade clandestina
  • Água viva
  • Onde estivestes de noite
  • A via crucis do corpo
  • A hora da estrela
  • Um sopro de vida
  • Para não esquecer
  • A bela e a fera
  • A descoberta do mundo
Para quem quiser nos acompanhar, as obras da Clarice já estão em domínio público, portanto é muito fácil de baixá-las na internet, encontrá-las em bibliotecas ou adquirí-las num valor bastante razoável mas livrarias.Vou fazer uma postagem semanal falando das leituras que fiz de Clarice, e convido a todos a participarem dessa visita à essa grande mulher conosco.Boas Leituras

sábado, 19 de setembro de 2015

"O espelho dos nomes" de Marcos Bagno


Oie, leitores!!!

Onde trabalho, como alguns sabem, não é uma escola muito grande, já que a cidade onde moro também não é muito grande, por isso, somos apenas eu e a Judite como professoras de Português da escola, e isso me proporciona uma experiência fantástica a partir de nossas trocas de conhecimentos, trabalho em equipe e construção de novas ideias. Entre muitas coisas que pensamos juntas, uma feliz sugestão que tive da Judite foi a leitura de um livro maravilhoso, o qual, há uns anos atrás, ela pôde realizar um projeto de leitura com os alunos da época. Por essa razão, nos últimos dias, uns dos livros que me fez companhia foi "O espelho dos nomes" de Marcos Bagno. 
Tenho que confessar que não conhecia o autor e linguista  Carlos Bagno, mas assim que comecei a ler o livro, fui pesquisá-lo e... Ual! ops, na verdade: Genial! Super crítico, formador de opinião, e o próprio livro traz muito desse perfil do autor.
O livro é um título voltado para o público infanto-juvenil, mas isso não faz da obra algo simplista ou pior ainda, simplória. Ao contrário, além do autor usar a linguagem de forma complexa, leva o leitor a pensar na própria complexidade da língua, através de figuras de linguagens, sintaxe e neologismos, o leitor se prende à aventura que o protagonista de muitos nomes faz em busca do auto re-conhecimento, e o fim de tal busca dá-se apenas quando o protagonista reconhece a linguagem como sendo o próprio elemento de formação do eu.
Parece complexo? Sim, é. MAs pensa que é de difícil entendimento? Não, não é!
De escrita fluente, qualquer criança com seus 10 anos, se colocará no lugar do protagonista e viverá com ele a busca pelo conhecimento linguístico.
Mais uma vez esse é um livro que gostaria de ler com meus alunos. Judite, vamos planejar um projeto de leitura em sala?
Abraços e Boas Leituras!

O espelho dos nomes
Marcos Bagno
Editora Ática
2002.
183 páginas.
  

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Editora Draco agora com o Língua e Literatura!

Pessoal, super notícia para todos os leitores do blog:

A Editora Drago agora é parceira do Língua e Literatura!



Como funciona a parceria? De forma muito simples: Editora Draco favorece os parceiros com descontos nos livros e fretes para que os mesmos sejam divulgados. Tudo isso seria uma grande bobagem se não fosse a Draco. Já espiaram os títulos dela? Ela é especializada em literatura nacional (que eu adoro!) mas além disso, ao público jovem, com um grande número de quadrinhos, romances, estorias de mundo punk, aventura, terror e space opera... é muita coisa boa pra ler.



Estou super empolgada, e meu marido também pois vai ter uma economia em livros durante um ano - isso é o que ele pensa, né? - não vejo a hora dos primeiros títulos chegarem pra mostrar pra vocês!
Grande abraço e Boas Leituras!

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

TAG Qual é o livro?

Olá leitores!!!

Mais uma vez fui marcada em uma TAG literária (adoooooro essas futilidades!), a qual o nome é: Qual é o livro?
Muito bem, a brincadeira desta vez consiste no seguinte: Ir até sua estante e, às cegas, retirar um livro. Após esta primeira etapa, você leitor, que está aí, sem ler nada no momento a não ser esse besteirol sem fim, tem que desvendar qual foi o tomo que retirei a partir das seguintes respostas dadas abaixo.
Antes de começar, vou dar uma dica extra, apresentando-lhes parte de minha biblioteca particular. O livro que retirei está dentre esses daí. Olha que foto super nítida! Tenho certeza que será de grande valia para você decifrar o título ou o autor da obra.


Dada essa chance extra, vamos então as questões e as respostas:

1. Quantas páginas tem o livro?
R. 352, contando com as notas, bibliografia e índice onomástico.

2. Qual a cor predominante da capa?
R. Vermelha, com certeza!

3. Qual a editora?
R. O livro foi editado pela Nova Fronteira em 2010.

4.Qual o gênero?
R. Relato histórico. (Uhuuuuu! Agora ficou fácil, em?)

5. Faz parte de uma trilogia, saga?
R. Bom, não sei se podemos chamar de saga, porém há outros dois títulos com temática semelhante.

6. É autor ou autora?
R. Autor.

7. É autor (a) brasileiro?
R. Sim.

8. É um livro conhecido?
R. Sim, bastante!

9. É um best-seller?
R. Olha, se chega a ser um best-seller já não sei, mas que esteve bem divulgado e teve uma boa circulação desde o seu lançamento, bom, isso lá é verdade.

10. Tem adaptação cinematográfica?
R. Pois então, do livro em si, não, Mas o tema já foi martelado pela Globo num seriado hilariante. 

E aí? adivinhou? Deixe aí no comentário os seus chutes! E se você também gosta dessas futilidades literárias, fique a vontade para fazê-la, e por favor, me avise, pois também quero brincar de detetive em seu blog! 
Boas Leituras!

sábado, 12 de setembro de 2015

Conto "A esperança é a última que morre" de Ana Paula N. S.

Oie, leitores!!!
Como havia comentado no começo do bimestre, levei alguns projetos do mundo virtual para a realidade da sala de aula, e um deles foi o "Apertando a tecla" da minha amiga blogueira Marina (o projeto está todo explicadinho lá no blog dela www.naestradadafantasia.com.br.), e o tema do mês de setembro foi "baseado em fatos reais". Joguei a ideia pra minha oitava série.
Um dos fatores que me fizeram sumir por uns tempos do blog foi a correção de tantos contos, mas qual não foi minha surpresa em ler coisas tão fantásticas!!!! E se querem saber, o mérito é todo da molecada, pois há 3 anos que vêm lendo vorazmente os livros da nossa biblioteca móvel, e a influência de alguns autores como Jonh Green, ou romances como "Carta de Amor aos Mortos", é visivelmente identificado. Eu queria trazer um exemplo dessas produções aqui pro blog. Pra mim, um dos melhores contos foi o da Ana Paula que permitiu a publicação dele aqui, portanto, aí vai:

A esperança é a última que morre

Sentado na grama ainda molhada, Robert se vê sorrindo ao olhar sua aliança. Ao fechar os olhos, sua vida começa a passar como um filme em sua mente, mas que pausa toda vez que ele decide mergulhar mais fundo em suas lembranças: a de seu casamento e, principalmente dela...

A minha menina, mas que também surpreendia com suas atitudes de mulher, demonstrando sua maturidade, que me deixava ainda mais apaixonado.
Quando seu lado menina se aflorava, meu dia sempre melhorava. Nunca havia visto Linda desanimar, mesmo depois de tudo o que passamos, ela andava com aquele sorriso radiante de menina, minha pequena menina...
Em nosso casamento, Linda fez questão de cuidar de todos os detalhes. estava tão animada que, nem mesmo quando seu vestido teve que ser arrumando várias vezes por falta de peso, minha menina não se deixou abater, continuou radiante como sempre.
Eu estava anestesiado de tanta alegria, nosso casamento foi perfeito. Eu a acompanhei na festa e não a larguei nem por um minuto, por medo de que isso tudo fosse apenas um sonho. Cantei para Linda com ajuda de alguns amigos. Minha menina ficou muito emocionada, mas teve que se sentar, pois já estava muito cansada. Faria tudo de novo para rever aquele sorriso radiante. Ela estava linda com seus cabelos caramelo para frente, cobrindo seus ombros, em seu vestido tomara-que-caia... que vestido, Ual! Linda estava perfeita para mim.
Nossa Lua de mel foi mais que perfeita. Me lembro de todos os detalhes como se fosse hoje. Com minha pequena ao  meu lado, tudo ficava melhor...Linda era meu mundo. Sem ela o mundo não teria cor e nem sentido.
Antes de voltarmos, havia ligado para Nicole para pedir que arrumasse a casa onde eu e Linda iríamos morar. Sabia que Nicole iria fazer um bom trabalho, por isso deixei tudo nas mãos dela.
Quando eu e Linda chegamos no aeroporto, seguimos de limousine o resto do caminho. Linda adormeceu em meus braços, então quando chegamos, a levei para o quarto e fui ao escritório resolver algumas pendências do trabalho.
Meia hora depois fui ao quarto. Minha menina ainda estava adormecida. Decidi me juntar a ela. Tirei a roupa e me deitei na cama, puxei minha menina para meus braços e adormeci vendo-a dormir... De manhã acordei sentindo a falta do calor de Linda. Levantei assustado, fui ao banheiro e sentei-me perto do vaso sanitário chorando. Me aproximei e vi que o vaso estava cheio de sangue. Entrei em pânico, mas logo me acalmei, pois não queria ver minha menina doente. Assustado comecei a dizer que a amava e que iríamos a um médico e que não era nada com que se preocupar e peguei-a no colo para dar-lhe um banho. Coloquei-a na cama e ela adormeceu e decidi não a incomodar, queria que Linda se acalmasse primeiro... e dormi vendo-a dormir.
Duas semanas se passaram, Linda ainda não tinha procurado um médico, estava estranha e não havia melhorado. As coisas estavam ficando cada vez piores. Linda não estava comendo direito e isso só estava fazendo-a perder peso. Vomitava sangue, acordava de madrugada e não conseguia dormir mais. Então abordei-a e perguntei o que estava havendo e por que estava se afastando de mim, logo de mim, que a amava mais que a mim mesmo e me arrependi logo de cara da minha pergunta: Linda começou a chorar. 
Meu Deus! Meu coração se quebrou. Eu não sabia o que fazer. Puxei-a para meus braços e percebi que Linda estava tensa, mas logo se acalmou e decidi tentar perguntar novamente com mais calma: Segurei seu rosto, acariciei-o, limpei suas lágrimas e perguntei novamente. Linda olhou em meus olhos e disse que havia procurado um médico às escondidas e me disse em lágrimas.
Meu Deus! Eu a puxei novamente em meus braços e beijei seus cabelos. Levei-a a um sofá e coloquei-a para dormir em meu colo, depois coloquei-a na cama e sentei na beirada, olhando para meu anjo, acariciei seu rosto: minha menina, minha vida...
Meu Deus! Como pode fazer isso comigo? E percebi que pela primeira vez eu estava sendo amaldiçoado e me vi chorando. Como pode? Quando me apaixono pela primeira vez, Deus leva meu amor para longe? Como pode haver um Deus que justamente comigo não é justo e está levando minha menina para longe de meus braços? Naquela tarde não consegui dormir.
A primeira semana passou... Linda já havia procurado um médico. Um nês depois minha menina havia voltado a ser a mulher que eu amo tanto... Após uma semana, Linda veio em lágrimas me pedindo para cortar seus lindos cabelos. Eu hesitei, mas minha menina insistiu, então cedi. Nos momentos que caíram os primeiros fios de cabelo, Linda havia ficado imóvel, mas depois caiu em um rio de lágrimas. Segurei seu rosto em minhas mãos e disse que isso não iria mudar em nada sobre o que eu sentia por ela e que ela sempre iria ser minha menina, minha vida.
Três semanas depois Linda estava internada, pois teve hemorragia. 
Fiquei aflito... Deus, proteja minha menina! Meu peito doía de tanta angústia, minhas mãos suavam, de repente, sinto alguém apertando meu ombro direito, olho pra cima e vejo que era o doutor Lucas que estava atendendo minha esposa. Me levanto depressa. Ele sorri... Suspiro de alívio pois percebo que a cirurgia correu tudo bem, mas o médico me puxa para um longo abraço e fico confuso no começo, mas percebo que ali havia perdido a mulher de minha vida, minha pequena, meu amor, meu tudo... Minha voz não saía, não conseguia enxergar direito. 
Depois de um tempo sou acordado de minhas lembranças por um aperto no ombro direito.
Um menino de cabelos loiros, parecido com um anjinho, me olha e se senta ao meu lado e começa a brincar com uma vareta e de repente ouço uma voz suave me dizendo:
- A alma é eterna, e nem tudo está perdido!
Fico confuso com suas palavras, olho para perguntar, mas vejo que o jovem garoto já havia ido embora, mas que havia deixado um pequeno envelope sem remetente na grama. Peguei-o e senti que o vento tinha um cheiro familiar. Espantado olho para os lados, mas não havia ninguém na praça. Decidi ler a carta. 
Na carta dizia...

"O verdadeiro amor não tem fim. Não existe um ponto final, porque o que Deus uni e abençoa, ninguém separa!
Podemos estar separados fisicamente, mas o nosso amor é como o vento, não posso tocá-lo, mas posso senti-lo. Não posso vê-lo, mas sinto-o.
Atenciosamente
Sua menina"

Seu coração se regojizou e ali percebeu que nem tudo estava perdido, porque no fim, tudo vai dar certo. Se não deu certo, é porque ainda não chegou ao fim.








E então, o que acharam? Emocionante, não? Parabéns, Aninha! Vejo um futuro brilhante diante de você!!!
Boas Leituras a todos!


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Livros Novos! Uhuuuuuuuuuu!!!!!

Nem vou falar sobre meu sumiço, pois vocês devem imaginar, né? 
Tá bom, vou falar um pouquinho pra justificar minha feiura: Minha diretora saiu de férias e além das aulas de português, inglês, projetos literários, casa, 3 filhos, marido, religião, cachorros, gatos tartaruga, também tive que assumir a direção da escola por 15 dias. 
Mas tudo bem, pois o melhor de toda essa correria foi a NÃO remuneração do papel duplo na escola. Dizem que é a crise, mas no meu ponto de vista, é a opressão eterna e sem vergonha duma máquina pública avariada cuja população se acostumou com seu barulho e produtos toscamente manufaturados, mas enfim... 
Deixemos as mazelas de canto, pois imaginem o que mais poderia me fazer retornar com as postagens? Claro!!!! A chegada de meus títulos novos!!!

Pense numa pessoa alegre ao checar a caixa de correios e perceber que, ao menos uma vez no mês, ela não está transbordando de contas, mas sim de livros!!!
Uhuuuuuuuuuuuuu!!!!
Parece loucura tanta alegria?
Tá, tudo bem, pode ser... mas não pense você que é uma loucura localizada. Não.... Pense numa família louca. Pronto, visualizou a cena de uma mulher e três crianças saltitantes em volta de uma caixa.
... Mesmo depois de alguns percalços: foi a primeira vez que comprei pelo submarino. É, pago mais caro, mas gosto de ir em lojas físicas, folhear o livro, cheirá-lo, as vezes só isso só me é o suficiente e consigo segurar mais algum tempo sem aumentar minha pilha de leitura - ops, olha eu revelando meus vícios capitais. 
A experiência com o submarino primeiramente me deixou muito satisfeita, pois os preços estavam ridiculamente bons, porém, a entrega... foi péssima.
 E além da longa espera, eles vêm entregar nuns horários surreais... Quem, as 10 da manhã de uma terça-feira está em casa esperando seus livros chegarem, criando um ritual de espera de entrega de livros por 14 dias? Eles tiveram que entregar no mercadinho do bairro, pois lógico, não havia nenhum vizinho em casa no raio de pelo menos 1 km.
Mas enfim, chegaram!
Quem acompanha o blog deve ter percebido que leio muita literatura infantil e juvenil. A desculpa é que meus meninos adoram ler, mas na verdade, eu também gosto muito desse gênero e ando estudando-o e praticando-o um pouco também, por isso dos títulos que vou apresentar-lhes:

Muncle Trogg - o menor gigante do mundo, de Janet Foxley.
Mestre Gil de Ham, do maravilhoso J.R.R. Tolkien
O Torreão, de Jennifer Egan.
O segredo de Jasper Jones, de Craig Silvey.

Os motivos que me levaram a escolha dos títulos? Primeiramente, autores. Em segundo lugar, resenhas que li sobre eles e em terceiro, os preços.
Tenho uma pilha de coisas para ler, inclusive algumas que são empréstimos e preciso dar conta do término, mas estou, obviamente, muito ansiosa para o início da leitura das novas aventuras que adentraram minha caixa de correios. 
E vocês? Alguém conhece algum desses títulos? Algo para comentar?
Pois é, chega de escrever então e vamos ler!
Boas Leituras!