domingo, 31 de janeiro de 2016

Roda de Leitura 31/01/2016

Oie, povo!!!

Hoje foi um maravilhoso domingo de Sol! E o que é melhor de se fazer aos domingos de Sol se não ir ao parque com a família pra escutar uma boa roda de leitura entre amigos?


Esse é um projeto que acontece todo último domingo do mês, entre as 10 e 12 horas, aqui no Parque Ecológico de Piracaia. è um encontro idealizado e coordenado pelo Marcos Maida e pela Amanda que também coordenam outro projeto bem bacana aqui da cidade que é o "Piracaia na leitura" que em breve apresentarei aqui no blog.



Estiveram presentes muitas pessoas legais e que, assim como eu, adoram ler; entre eles estavam o Carlão, dono da bicicletaria aqui da cidade, mas, mais do que isso, um super poeta regional que recita poesia e conta causos como ninguém; a contadora de estórias Kelly Orasi (maravilhosa, gente! Ela consegue hipnotizar a todos), o fotógrafo Felipe Stein que tem uma visão maravilhosa através das lentes fotográficas e lógico, a intrometida aqui que foi lá ler o conto "O Gigante Adormecido" que postei há alguns dias atrás.

A emoção maior é ver a criançada deitada pelo parque, lendo, escutando as estórias com os olhinhos brilhantes, gargalhando das interpretações das leituras... 

É, não adianta, sou apaixonada por Literatura e acredito, com todas as minhas forças, que ela pode salvar vidas!

Quem sabe no próximo encontro a gente não se tromba lá no parque, em?

Boas Leituras!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Terça de Carnaval - conto (Jornal Sintonia)

Oie, povo!!!

Há algumas postagens atrás, eu trouxe minha coluna de contos do Jornal Sintonia pra que conhecessem. Quem ainda não viu o Sintonia de Dezembro, basta acessar Jornal Sintonia .
Hoje eu quero mostrar a edição de Janeiro do Jornal Sintonia, onde minha coluna está na página 8.


Nem preciso dizer que estou mega feliz com essa parceria e orgulhosa pelo sucesso do Sintonia, né? Obrigada Aline a Caio que são os redatores do jornal!
Bjks e Boas Leituras!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Saga "A maldição do Tigre" de Colleen Houck

Oi, povo leitor!!!

Há dias que estou de ressaca por essa saga que me acompanhou do final do ano até os primeiros dias de janeiro, e que só agora me sinto recuperada suficientemente para comentar sobre ela sem fofocar demais sobre o enredo.
Essa não é uma saga desconhecida e está razoavelmente na moda, passando nas mãos, principalmente do público mais jovem há alguns anos. Tá bom, vou confessar! A minha desculpa é que preciso me inteirar sobre o que os meus alunos estão lendo, mas o meu real segredo é de que ADORO literatura fantástica e romances adolescentes! Espero que me perdoem por isso! :D e para o meu prazer, esta saga está repleta desses dois itens!
A Saga foi lançada por volta de 6 anos atrás e trata de um trio romântico, Kelsey e seus dois príncipes tigres Ren e Kishan. Os irmãso estão amaldiçoados há séculos e Kelsey foi a escolhida pela deusa Durga para quebrar o feitiço. Para isso o enredo dos quatro livros trazem muita intriga e principalmente muita aventura ficcional, regado a romance e poesia Shakespeariana e indiana, assim como mitologia dessa mesma região, que nos leva a ir buscar mais conhecimento sobre a cultura, religião e literatura do local do enredo.
 
Os príncipes são maravilhosos e egocêntricos, e a mocinha é uma retardada, como sempre, assim como a Bella do Crepúsculo, já que toda a estória é narrada em primeira pessoa pela visão da protagonista que se auto menospreza e coloca suas dúvidas amorosas diretamente para o leitor.
Tenho que concordar que algumas vezes a ficção dava uma forçada na bola, mas é aquilo, ou o leitor entra de cabeça no mundo paralelo da maldição ou vai achar tudo uma grande bobagem.
Pesquisando um pouco mais sobre os livros, descobri que já existe o filme do primeiro livro. Achei o trailler lindo!!! Acho que terei que assistir! :D
Falando em primeiro livro, tenho que dizer que é o meu favorito, pois Ren conquista Kelsey e todos os leitores propositalmente, só para nos lançarmos estantaneamente ao próximo volume, mas no segundo livro ele se torna um chatão! E é aí que Kishan se destaca, e para sabermos o que vai dar entre Kishan e Ren, lemos o terceiro livro, que termina nos deixando com vontade de saber se a maldição será quebrada ou não, portanto, lá vamos nós hipnoticamente ler o quarto livro. E quando terminamos a saga, ficamos assim, de ressaca... 
Tudo bem, eu sou dominada capitalmente por essa literatura massificante! Comprei o primeiro livro por ter visto essa capa tão linda por aí nas redes sociais e o segundo quando estava em promoção. Demorei mais de ano pra iniciar a leitura, mas quando comecei, já comprei os dois últimos pois tinha certeza que iria ler compulsivamente. Próxima etapa, assistir ao filme!

 
 Bons Tigres, ops, Boas Leituras!


sábado, 23 de janeiro de 2016

1 ano sem João Ubaldo Ribeiro

Oie, povo!




Eu costumo dizer que existem pessoas que nunca morrerão. Uma dessas pessoas é João Ubaldo Ribeiro, que há um ano atrás, dizem por aí, que ele morreu. Mentira! Ele continua na minha estante e nós dois sempre damos muitas risadas com suas crônicas moles e íntimas, que sempre me levam lá pra Ilha, junto com seus amigos e familiares. Estou falando do "Arte e Ciência de Roubar Galinhas".

Para fechar a matraca desse povo intrigueiro, vou contar aqui o que aconteceu lá em 14/04/85, na página 103.




O quê? Vocês não tem um cágado em casa? 

Foi Luiz Cuiúba quem me chamou a atenção para as virtudes do cágado. Estávamos conversando na praça a respeito de ope­rações de hérnia (ele se entusiasmou com a primeira, me disse que ficou viciadinho, agora quer fazer para as outras duas hér­nias) e ele me disse que agradecia sua boa saúde e resistência a seu cágado. Se o Dr. Tancredo tivesse um cágado, nada daquilo haveria acontecido, não sabia como um homem daqueles não tinha um cágado  tinha que ter um no palácio, ali na sala de trabalho dele e, se possível, outro em casa, atémais de dois, quanto mais melhor. Era ou não era?
 Cágado? Como, cágado? Cágado, cágado mesmo?
 Cágado, cágado, cágado! Tem alguma outra coisa que se chame cágado e não seja cágado? Às vezes eu olho assim para você e acho que o estudo demais abestalha um pouco. Quantos livros você já leu?
 Ah, não sei, perdi a conta.
 Perdeu a conta? O que é que você está me dizendo? Tá falando sério?
 Claro, Luiz, isto nãé nada demais. Tem muita gente que leu muito mais.
 Não acredito. Entãé por isso que você não entendeu o negócio de cágado. A pessoa estuda demais nos livros e aínão tem tempo de aprender as coisas.
 Bem...
 É isso mesmo. Você, com mulher e dois meninos em casa, não tem um cágado? Se não fosse você mesmo que estáme dizendo, eu não acreditava. Seu pai e seu avô não, sempre tiveram um cágado em casa. Eu mesmo me lembro do de seu avô, se chamava Aquiles, um belo cágado, de muita confian­ça. Você não se lembra?
 É, me lembro. Um cágado enorme, com umas bolo-tas no casco.
 Pois é, seu pai e seu avô também estudaram, mas não perderam a razão da realidade. Você perdeu a razão da realidade, venho notando que não sabe mais nem pescar.
 Como não sei pescar? Não tenho culpa se seus pes­queiros não dão peixe. Eu...
 Bote um cágado em casa, rapaz, se oriente! Aquele cágado de seu avô tinha para mais de quatrocentos anos, cá­gado ótimo. Mas você pode arranjar um cágado novo, não faz muita diferença. O melhor é o cágado vermelho, da cabe­ça e das patas pintadinhas de vermelho, que não morde e é o mais verdadeiro mesmo, da cabeça preta também quebra o galho, mas nãé cem por cento.
 Cuiúba, vá devagar, eu não estou entendendo nada.
 Viu o que estou lhe dizendo? Qualquer um entendia o que eu falei e você, um homem desses, que diz que é escritor, não entende. Que é que você quer que eu explique?
 Vamos por partes. Você disse que o Aquiles tinha quatrocentos anos. Como é que você sabe?
 O cágado não morre, a não ser de morte matada. Não há caso de cágado morto de morte morrida. Mostre aí na ciência um caso de cágado morto de morte morrida, não hácaso, ninguém nunca viu.
 Se fosse assim, o Aquiles devia ainda estar por aí.
 E não está? Depois que seu avô morreu, ele deve ter ido para outra casa, é que muita gente não gosta de falar sobre seu cágado.
 Está certo, mas por que que eu tenho de ter um cága­do em casa?
 Todo mundo sabe que o cágado protege o homem. Só não protege o mau-olhado, mas, se o olhado for para dar doença, ele não deixa a doença pegar, o cágado chupa qual­quer doença da casa e, como doença nenhuma faz mal a ele, a doença fica por ali com cara de besta, sem conseguir pegar ninguém. E, de qualquer forma, para o olhado você planta um pé de pinhão roxo na porta e... Vai me dizer também que não tem um pinhão roxo em sua casa?
 Tenho, tenho.
 Ah, bem, então só falta o cágado. Ainda mais com duas crianças na casa. Criança vive pegando gripe, dor de garganta, dor de barriga, dor de ouvido, dor disso e daquilo. Essas doencinhas, então, o cágado tira de letra. Principalmen­te se você não acostumar ele mal, deixando comer demais. Aliás, o melhor é não dar comida a ele.
 Como assim, aí o bicho morre de fome.
 O cágado se vira sozinho no quintal. Mas, se você quiser, assim de dois em dois dias pode dar um quiabinho, uma alfacinha, um tomatinho a ele, mas nada de exagero, nãé da natureza do bicho a comilança. E água, nem pensar, mesmo que você dê, ele não bebe. Só bebe água de chuva e, assim mesmo, de anos em anos, uma lambidinha só. Se nun­ca chover, ele nunca bebe água, ele nunca muda de idéia. Se você viajar e largar ele dentro de casa, ele nem liga para a falta de comida, se encolhe ali e espera você voltar e se, quando você voltar, ainda demorar de dar comida a ele, ele não reclama, fica esperando ali com a maior calma. É o melhor bicho do mundo para ter. O cágado que você der a seu filho pode acom­panhar ele para a casa dele quando ele casar, pode acompa­nhar o filho dele, o filho do filho e assim por diante, até a pes­soa querer. É o melhor bicho do mundo para ter e o bicho que todo mundo tem que ter em casa.
Fiquei impressionado. Cheguei em casa, contei tudo à mulher, comuniquei que providenciaria imediatamente um cágado, embora não soubesse como.
 Se é contra dor de ouvido nos meninos, aceito até um elefante  disse ela.  Eu gostaria de dormir pelo menos uma noite por ano.
Telefonei para meu pai, ele certamente me daria algu­ma ajuda, afinal, como Cuiúba havia antecipado, ele de fato tinha em casa não só um cágado, mas uns seis ou sete, num cercadinho do quintal.
 Você não tem um cágado em casa?  gritou ele, as­sim que eu comecei a falar.  Eu nunca soube disso! Quer dizer que os meninos estão sem cágado? Isto é uma irres­ponsabilidade!
 Mas, meu pai, eu não sabia.
 Ignorante! Todo mundo sabe disso, não sei onde vocêtem vivido, assim sem saber das coisas mais elementares. Envie um portador imediatamente, vou mandar um cágado para meus netos, é preciso corrigir essa sua irresponsabilidade!
Vavá Paparrão, bondosamente, foi a Salvador buscar o cágado. Voltou já de noite. Nãé um cágado, é uma cágada, muito engraçadinha, carinha rosada, patinhas pintadas de encarnado, maneiras gentis. Jovem, muito jovem, não deveráter mais de 50 ou 60 anos  imagino que Cuiúba diria. Ficamos encantados, Bentão deu vários beijos no casco dela, decidiu que o nome dela era Lili, comunicou que tinha ficado bom da dor de garganta. Lili, como se vêé uma cágada de efeito rápido e agora, numa casa esplendorosamente sadia, játem seu cantinho favorito e fez amizade em toda a vizinhan­ça. Não sei como vocês não têm um cágado em casa, a igno­rância de vocêé um espanto.

Quer conversar mais com o João Ubaldo? Então...
Boas Leituras!

A Arte e Ciência de Roubar Galinhas: crônicas.
João Ubaldo Ribeiro
Editora Códice
264 páginas

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

"Respeite o medo" de Ana Cris Soares

Oie, povo!!!!!

Esses dias, matando tempo no twitter, tive a sorte de conhecer a super simpática Ana Cris Soares. Começamos a conversar e ela me contou um pouco sobre o trabalho dela. De cara achei o máximo e resolvi trazê-la aqui pro Língua e Literatura para apresentá-la também a vocês.
Ana Cristina Soares é carioca, 42 anos, engenheira mecânica, moradora de Resende. Contista e romancista, publicou seu primeiro livro, Morrer é melhor do que nada, em 2013.  
No último dia 16 ela lançou seu segundo livro pela Editora Chiado, Respeite o medo, lá em Resende, na Maria Claudia Patisserie. E lógico que foi um sucesso! 
Pedi o meu exemplar, que já está a caminho e, assim que chegar, conto pra vocês sobre minhas impressões de leitura, mas tenho certeza que será maravilhoso, pois a Ana tem como inspiração Nelson Rodrigues, por aí já podemos ter uma ideia da qualidade de suas leituras e de sua literatura.
Mas enquanto não chegam nossos livros, fiz uma entrevista com ela para que possamos matar um pouco de nossa curiosidade:


Quando começou a escrever artisticamente e por quê? Quais foram suas primeiras escritas literárias?

Desde os 15 anos as ideias estão na minha cabeça, mas pensava que não tinha jeito para escrever. Gosto de escrever, gosto de criar situações, imaginar a reação dos personagens, conhecê-los.  
Lá pelos 18 comecei a escrever minha primeira estória, muito simples, mas parei. De novo por falta de jeito. Aos vinte e poucos, quando fazia mestrado, tive uma ideia de um romance, “O mundo ficou pequeno” e escrevi. Depois veio outro, “Os sete erros” um pouco mais elaborado. Parei mais uma vez, pois romances consomem muito tempo e energia. Mais ou menos em 2012, ou seja, aos 38 anos eu comecei a escrever contos: é mais fácil, rápido e não demanda tanta energia. Comecei a mostrar os contos para os amigos, que gostaram e então, deslanchei. Escrevi “Morrer é melhor do que nada” e “Respeite o Medo”. Atualmente, estou finalizando “O Mal que você me fez”, um romance.


Quem é o autor inspiração pra você? 

Nélson Rodrigues, pois acho que minha obra se assemelha a dele: traições, intrigas, mentiras.., o pior do ser humano. Entretanto, eu não escrevo tanto sobre sexo quanto NR;  
Mas, gosto muito de Gabriel Garcia Marques também.



Fale sobre "Respeite o medo".

É meu segundo livro de contos, eu me sinto aprimorada em relação ao primeiro. São estórias do dia-a-dia, cheias de surpresas, traições, falsidades e… as consequências disso. Os contos são um pouco maiores, os personagens são mais desenvolvidos.


Quais são seus planos literários para o futuro? 

Quero continuar escrevendo, já estou finalizando um romance muito lindo chamado “O mal que você me fez”. Meus planos são divulgar o “Respeite o Medo”, para torná-lo acessível ao maior número de pessoas possível. E, continuar escrevendo, pois adoro!

E então, não é de ficar curioso pra ler logo toda a obra da autora? Sem contar que ela é super acessível e simpática. Quem quiser comprar o Respeite o medo, basta acessar o site da editora ou achá-lo no Mercado Livre. Quem quiser falar com a autora, também pode encontrá-la no twitter @AnnaCissy ou ler um pouco de sua obra lá em seu blog Morrer é melhor do que nada.

Boas Leituras!


sábado, 16 de janeiro de 2016

Segundo Café Literário

Oi Galera!

Segundo Café Literário? Mas e o primeiro? 
Tá então, vou contar desde o início: Nas férias de janeiro de 2014, eu, uma outra colega professora e umas alunas, vencidas pelo tédio e pelo calor, resolvemos, numa tarde, nos reunir com bolos, sucos e livros para trocarmos e indicarmos umas as outras algumas leituras. Foi uma tarde realmente maravilhosa! 

 Passou-se o tempo, as alunas se formaram, cada uma foi para uma escola diferente, a minha colega casou-se e teve bebê, ou seja, a vida deu sua continuidade, e nunca mais nos reunimos.

Dia desses de férias de janeiro de 2016, vejo uma foto no ig de uma dessas minhas ex-alunas na rede, lendo, de pernas para o ar. Na hora me estalou a cabeça e comentei em sua foto: "Débora!!! Vamos fazer outro café literário?" A aceitação foi imediata. Ela criou um grupo no face, outro no whatsapp, e fomos assim, reunindo virtualmente, pessoas que conhecíamos e que de alguma forma são apaixonadas por livros e leitura. 

Marcamos o café para dalí 4 dias, sexta-feira dia 15 de Janeiro de 2015, no Pq. Ecológico de Piracaia.
Logo montamos uma maratona literária: cada um estipulou sua própria mega meta de leitura para 4 dias. A minha eram de 370 páginas: Terminar o último livro da saga dos Tigres e terminar "A cidade Sitiada" de Clarice Lispector.

Fizemos um evento no face e convidamos a cidade inteira, o Jornal Sintonia confirmou presença e o Maida, do projeto das bibliotecas nos pontos de ônibus também. Entrei em contato com amizades antigas, ex-alunos que agora já estão formados e com livros publicados, ou seja, foi uma semana muito legal, de leitura e muito bate-papo e reencontros.

Eis que chega dia 15. E chove. E chove. E não para de chover.
Alguns me contataram dizendo que não iriam mais: O Jornal, o Maida, alguns amigos, alguns ex-alunos... 
Pensei em alguns momentos que não aconteceria, mas mesmo assim fui, e deixei o recado no whats que eu estava indo para o Parque com meus livros para troca e meu caderno de anotações e escrivinhações.

Abri a Clarice, já que me faltavam 50 páginas de seu livro para cumprir a meta e comecei a ler... e esqueci o que estava fazendo ali, no quiosque do parque, sozinha, embaixo de uma tempestade.... E assim fiquei, por uma meia hora, vivendo a vida de Lucrécia Neves, solitária, na cidade de São Geraldo.

Até que estaciona um carro, e chega a Judite e o Lucas, que me despertam do meu torpor. 
Logo em seguida, todas molhadas, com os livros empacotados em sacolas plásticas chegam a Débora e a Dholma. 
Para minha surpresa, a Silvana, sua filhinha e a Rosângela, as quais eu não via há séculos, também chegaram.
Debaixo de chuva, meus meninos largam o video game em casa e vem se encontrar comigo também para ouvir estórias no Parque (diz o Henrique que, na verdade, ele foi atrás dos lanchinhos gostosos).

Drummond nos acompanhou, junto com "O fantasma da ópera", Jorge Amado com "Suor" também estava presente, assim como muitos outros. Li meu conto do "Gigante Adormecido". A Sil leu um conto antigo que ela havia escrito há 9 anos atrás, a Judite leu um trecho de seu livro cujo nome de autor e título obviamente não lembrarei, mas tem como enredo gatos e biblioteca (imaginem se não me encantei pelo livro), o qual ela, por puro destino, encontrou nas férias, numa feirinha literária perdida na  praia com preços super baixos (ai que invejinha...). Mas o destaque foi para a crônica que o Lucas leu "Urina" de uma autora brasileira atual que claro, não vou me lembrar o nome também (juro que procurei na internet e não achei, se alguém tiver, por favor, linka nos comentários" ;) ), e rimos demais com tal leitura!

Tudo terminou quando os meus meninos resolveram ficar debaixo da chuva definitivamente. Então empacotei os livros em sacolas e os filhos em guarda-chuvas, nos despedimos da tarde maravilhosa que tivemos e corremos para o banho para espantarmos a possível pneumonia.
Ai, ai, já tô com vontade de organizar outro, só que no próximo também vou convidar o Sol! ;)

Boas Leituras!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O gigante adormecido (conto)

Hoje venho trazer um conto que acabei de escrever para nos inspirarmos no início desse ano de eleições!

O gigante adormecido


Era uma vez, num reino distante e desigual, uma rainha má que há oito anos comandava o seu povo com falsa solidariedade, dando mal e porcamente pão e circo ao povo que sofria com os seus desmandos. Fome, sede e tragédias naturais e humanas eram o que faziam a plebe lutar pela sobrevivência. A briga hierárquica do castelo parecia, para os plebeus, uma novela distante ou um reality a ser acompanhado por mera diversão.
Não havia esperanças de melhora ou mudança.
Mas, naquele reino, havia um mistério que poucos sabiam. Apenas alguns magos de duas escolas de magia conheciam: os magos das universidades e os bruxos da publicidade. O rumor que se ouvia era sobre um tal gigante. Um gigante com poder de destruir a rainha e seu conselho, assim como toda sua linhagem, trazendo finalmente fartura e felicidade ao povo.
Então, certo dia, os magos e bruxos espalharam a notícia que o gigante acordaria com os gritos de que o aumento dos tributos às carruagens aumentaria. Os gritos foram se espalhando e do meio dos manifestos ele começou a se erguer, forte, majestoso, imponente.
A rainha começou a se amedrontar e o povo a gritar mais alto, e vendo a força do gigante manifestar-se, também gritaram pelos trolls, ogros, elfos, grifos, unicórnios, pensando que acumular um exército mágico contra a rainha seria a vitória.
E seria, se a rainha má, juntamente ao seu conselho, não tivesse comprado os magos e bruxos, fazendo com que os mesmos dispersassem os gritos do povo transformando a gritaria num leve sussurro de desapontamento.
Os entes mágicos retornaram para suas cavernas e o pior: o gigante voltou a dormir, e junto com seu sono, a rainha voltou a sentar-se em seu trono e nem impeachment de magos comprados poderia destruir mais os seus desmandos.
O gigante ainda está lá, esperando o clamor para se tornar herói. Diz a lenda que um dia o povo aprenderá a cantar bem alto, uma linda canção que despertará o gigante adormecido e só assim, haverá um final feliz.

Bom 2016! Boas Leituras!




terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Retrospectiva de leituras 2015

Oi galera!

Sei que esta retrospectiva está um tanto quanto atrasada, mas devido problemas técnicos (vide meu provedor de internet), estou conseguindo retomar minhas atividades virtuais nesta semana.
Bom, a lista de leitura de 2015 já está feita há tempos. Na verdade, não costumo fazer nada muito complexo, gostaria de montar um diário de leituras, mas na verdade, falta-me tempo, então costumo controlar minhas leituras no skoob e aqui no blog: no skoob registro todas as leituras, tanto as concluídas quanto as abandonadas e aqui no blog registro um ou outro comentário sobre as mesmas (é pretensão falar que são resenhas, pois a resenha é uma obra analítica literária profunda, na verdade o que faço aqui são recomendações, pequenas críticas e impressões de leituras), mas enfim, chega de blábláblá e vamos aos resultados que estão citados pela ordem cronológica de minhas leituras:

1. O Teorema do Papagaio - Denis Guedji (501 ps.)
2. O Monge e o Passarinho - Angela Lago (40 ps.)
3. Fazendo meu Filme 1 - Paula Pimenta (335 ps.)
4. Guia Politicamente Incorreto da Filosofia - Luiz Felipe Pondé (224 ps.)
5. Nove Plantas do Desejo e a Flor de Estufa - Margot Berwin (248 ps.)
6. Guia de uma Ciclista em Kashgar - Suzanne Joinson (272 ps.)
7. Aqualtune e as Historias da África _ Ana Cristina Massa (164 ps.)
8. Otolina e a Gata Amarela - Chris Riddell (176 ps.)
9. Um Menino e um Urso em um Barco - Dave Shelton (224 ps.)
10. Como Falar com um Viúvo - Jonathan Tropper - (272 ps.)
11. Nova York - Will Eisner  (440 ps.)
12. Crônicas de Gelo e Fogo : A Guerra dos Tronos - Martin (587 ps.)
13. Como Água para Elefantes - SAra Gruen (272 ps.)
14. O Chamado do Monstro - Patrick Ness (216 ps.)
15. Aura Negra - Richelle Mead (304 ps.)
16. O Espelho dos Nomes - Marcos Bagno (183 ps.)
17. O mágico de Oz - L. Frank Baun (224 ps.)
18. A Lenda dos Guardiões: A Captura - Katryn Lasky (175 ps.)
19. Diário de uma Paixão - Ulisses Tavares (156 ps.)
20. Saga Animal -Índigo (191 ps.)
21. Rangers: Ordem dos Arqueiros - Jonh Flanagan (240 ps.)
22 Um Começo Depois do Fim - Marina Ramos (46 ps.)
23. Como Treinar o seu Dragão: livro 1 - Cressida Cowell (288 ps.)
24. A Arte de Escrever Histórias - Esther Proença Soares (152 ps.)
25. Anne de Green Gables - L. M. Montgomery (480 ps.)
26. Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil - Leandro Marloch (319 ps.)
27. Muncle Trog: O Menor Gigante do Mundo - Janet Foxley (224 ps.)
28. O Guia do Mochileiro das Galáxias 1 - Douglas Adams (156 ps)
29. Veneno - Sarah Penborough (224 ps.)
30. Feitiço - ________________. (223 ps.)
31. Poder - _________________ ( 224 ps.)
32. A Maldição do Tigre - Colleen Houck (311 ps.)
33. O Resgate do Tigre - ___________. ( 432 ps.)
34. A Viagem do Tigre - ___________. (496 ps.)
35. Mestre Gil de Ham - J. R. R. Tolkien (104 ps.)
36. Antes do Baile Verde - Lygia Fagundes Telles (208 ps.)
37. Animais Fantásticos e Onde Habitam - J. K Rowling. (64 ps.)
38. O Presente do meu Grande Amor - Stephanie Perkins (org.) (352ps.)

Bom, na verdade, esta listagem é apenas dos livros lidos, não contabilizei pequenos textos, apostilas, revistas, matérias soltas, textos de alunos, postagens, nem nada disso; vamos nos deter apenas aos livros, ok?
De todos os 38 livros e das 9.687 páginas, posso destacar alguns títulos - lógico que os destaques são referentes ao meu gosto pessoal e ideias malucas, você, leitor, pode discordar absolutamente de mim e, inclusive, vou adorar ver sua discórdia nos comentários -, separando-os da seguinte forma:

Livros preferidos: O Teorema do Papagaio, Como Falar com um Viúvo, A Guerra dos Tronos, O Espelho dos Nomes, O Mágico de Oz, A Arte de Escrever Histórias, Saga Encantada, Saga do Tigre, Antes do Baile Verde.
Livros que decepcionaram: Guia Politicamente incorreto da Filosofia, Animais Fantásticos e Onde Habitam
Autores que não conhecia e adorei conhecer: Jonathan Tropper, Marcos Bagno, Marina Ramos, Collen Houck.
Quero ler mais em 2016: autores nacionais, clássicos, teoria sobre educação e literatura.

Análise tosca e curta, mas é sempre bom olhar para trás para podermos planejar o que vem pela frente, portanto, 2016, aqui vamos nós!

Boas Leituras!