terça-feira, 30 de junho de 2020

Leituras do primeiro semestre de 2020 - Lu Rabello

 

Como já chegamos no meio do ano, vim trazer na postagem desse mês um resumo de leituras que fiz nesse primeiro semestre de 2020

 


Até o momento foi um total de 27 livros lidos.

E estou conseguindo manter o desafio de um livro por semana conforme comentei por aqui em janeiro desse ano

Livros lidos nos 6 primeiros meses desse ano:

Apenas um Olhar - Harlan Coben

A escola dos saboresn- Erica Bauermeister

O cozinheiro do Rei D. João VI

Um lugar a Beira Mar - Debbie Macomber

Laurie - conto de Stephen King

O dia em que o Presidente Desapareceu - James Patterson e Bill Clinton

O caso da Borboleta Atiria - Lucia Machado

Acabadora - Michela Murgia

A pousada Rose Harbor -Debbie Macomber

Bordados - HQ - Marjane Satrapi

Nove desconhecidos - Liane Moriarty

A moreninha - Joaquim Manuel de Macedo

A lista dos meus desejos - Gregoire Delacourt

O vilarejo - Raphael Montes

A história de Santa Rita de Cássia

A cabana - William Paul Youn

Cleopatra - Margaret George

Diário das Aventuras de Ellie

Quando Nietzsche Chorou - Irvin D. Yalom

Casa de bonecas - Henrik Ibsen

O bracelete misterioso de Arthur Pepper - Phaedra Patrick

A casa da Floresta - Marion Zimmer Bradley

Eva Luna - Isabel Allende

Maze Runner - James Dashner

Cem noites Tapuias - Ofelia e Narbal Fontes

Arvorada - HQ

Epopéia de Gilgamesh - Sin-léqi-unninni

27 livros (hq´s tambem entraram na contagem) sendo que:


Os melhores foram: Cleópatra, Acabadora e a Lista dos Meus Desejos


Os mais fracos: A Moreninha e Um lugar a beira mar


Abandonos:


O Escafandro e a Borboleta

Lendo de cabeça para baixo

Paris apaixonada

O dia em que o Presidente Desapareceu

Arrume sua cama


Pois é...não ando com paciência para ler algo que não está mais me dando alegria. Por isso esse tanto de leituras abandonadas. Algumas passei da metade como O dia em que o presidente desapareceu, outros não me prenderam logo nas 20 primeiras páginas como o último abandonado: Arrume sua cama.

E o 27º livro é o que estou lendo essa semana: A mulher na Janela



O livro ficou tão famoso que virou filme. Acredito que por conta da pandemia que enfrentamos ainda não tenha chegado aos cinemas. Estou gostando e posso dizer que para quem gosta de livros e filmes, essa obra é um prato cheio. A protagonista da estória recomenda uma série de filmes antigos (os meus preferidos). Ainda estou na metade do livro e já me rendeu essa listinha:




Vou deixar os links das leituras comentadas nesse periodo, aqui embaixo. Nelas você poderá ler sobre a maioria dos livros citados acima

Janeiro

https://www.linguaeliteratura.com.br/2020/01/leituras-de-janeiro-de-2020-lu-rabello.html

Fevereiro

https://www.linguaeliteratura.com.br/2020/03/leituras-de-fevereiro-de-2020-lu-rabello.html

Março

https://www.linguaeliteratura.com.br/2020/04/leituras-de-marco-de-2020-lu-rabello.html

Abril

https://www.linguaeliteratura.com.br/2020/05/leituras-de-abril-de-2020-lu-rabello.html

Maio

https://www.linguaeliteratura.com.br/2020/06/leituras-de-maio-de-2020-lu-rabello.html



Desejo ótimas leituras nesse segundo semestre. Me contem o que mais gostaram e o que não foi tão legal aqui.

Até a próxima
Lu


segunda-feira, 29 de junho de 2020

Desafio de escrita: O bom menino - por Leila Jacob

Caro leitor,
Se todos fossemos iguais certamente o mundo não teria graça, cada um tem um jeitinho de ser e isso que torna tudo tão bom e também turbulento.
O tema da semana é seja uma pessoa totalmente diferente de você, achei bem fácil, mas vamos descobrir juntos nessa leitura.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Desafio de escrita "Lucy" - por Fabi Sanchez

Olá, caros leitores!

        O desafio de escrita desta semana, pra mim, é extremamente difícil, pois acredito que só conseguimos escrever aquilo que somos, mesmo que seja inventado, mas em algum momento, mesmo que seja naquele momento de bum criativo, aquela ideia fez parte de nós.
        Porem, colocar-se no lugar do outro, mesmo que seja um outro inventado, é algo extremamente importante no papel de construção de personagem. É preciso pensar em como seria tal pessoa, com todos os detalhes, assim como se fosse descrever você mesmo. 
        Como vocês sabem, meu primeiro livro está para sair dentro de um mês, mas já estou escrevendo o segundo, pois é, vida de quem escreve assim, é um turbilhão de ideias sem fim querendo ir pro papel, então resolvi trazer pra esse desafio um trechinho que apresenta a protagonista do romance que estou escrevendo: Lucy.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Desafio de escrita criativa: O poder da conquista - por Leila Jacob

Caro leitor,
Meu primeiro animal de estimação ainda está entre nós, uma gata bem independente e metida que tem 5 aninhos.
Eu fui mãe de pet bem tarde e descobri esse amor a pouco tempo. O tema da semana é escrever sobre animais, poderia falar de diversos animais que habitam nosso planeta, mas os que acompanham o nosso dia a dia sempre serão os mais marcantes.
Vamos então a outro amor que descobri a pouco tempo.



quarta-feira, 17 de junho de 2020

Desafio de escrita - "Um caso de inclusão" - por Fabi Sanchez

Olá, caro leitores!

O desafio dessa semana veio bem a calhar, pois há tempos queria contar esta história que aconteceu há alguns anos atrás, e já que o tema é "escreva sobre animais", lá vou eu escrever mais uma crônica.

Nomes para gatos PRETOS - 145 ideias originais e engraçadas

Um caso de inclusão

    Seria uma noite como qualquer outra, após um longo dia de serviço, cansada, não via a hora de chegar em casa, abraçar as crianças, tomar um banho e dormir, mas assim que abro a porta da sala me deparo com meu filho de onze anos com carinha de cachorro abandonado me implorando:
    - Mãe, promete que não vai brigar comigo?
    Espantada e já preocupada:
    - O que aconteceu, menino? Pelo amor de Deus, você está bem? - perguntei olhando para ele e o apalpando para ver se estava inteiro.
    - Mãe, preciso te mostrar uma coisa, mas jura que não briga comigo?
    - Você vai me matar de angústia, o que aconteceu? Me mostre logo de uma vez!
    Ele saiu correndo pelo corredor adentro voltando rapidamente com um volume debaixo da blusa.
    - O que você tem aí, rapazinho?
    - Antes promete que não vai brigar.
    - Tudo bem, não vou brigar, seja lá o que for - respondi a ele já com certo arrependimento.
    Então, debaixo da blusa de seu moletom, me aparece um minúsculo gatinho preto envolto em seu colo.
    -Ah não, outro gato não! Há um mês você trouxe o último dizendo ser seu presente de aniversário, porque você... - Ele me interrompe abruptamente:
    - Mãe, a senhora prometeu que não brigaria.
    Parei já arrependida de ter prometido:
     - Mas filho, já temos 3 gatos e...
    -  Mãe, calma, deixa eu te contar a história. 
    E com todo amor num abraço felino começou a relatar.
    - Eu estava voltando da escola e ouvi vindo do terreno baldio lá no começo da rua um barulho que parecia um miado bem fininho vindo de uma caixa. Fui explorar o que era e quando vi era esse gatinho, mas logo que o reconheci, ouvi um sibilo e há um metro mais pra frente, vi uma cobra chegando pra dar o bote. Rapidamente resgatei o gatinho e o trouxe pra casa.
    - Mas filho, esse é o ciclo da natureza: os mais fortes comem os mais fracos. Se você for salvar toda comida de cobra, você causará um desequilíbrio natural e nossa casa viverá lotada de gatos!
    - Mas mãe, veja só, ele é um caso de inclusão!
    Puxando o gatinho totalmente para fora do zíper da blusa percebi que o bichinho tinha no lugar de umas das pernas de traz, um cotoco.
    Aquilo me emocionou, não pelo caso do cotoco, mas pela atitude do meu moleque. Meu olho se encheu de lágrima, abracei filho e gato:
    - Tá bom, ele fica"
    - Eba!!!!
    - Mas apenas como lar provisório! Vamos fazer um mutirão para que o adotem.
    -Tá bom, obrigado. Hoje ele não vai virar comida de cobra.
-----------------
    No dia seguinte, enquanto observávamos como o cotoco era super adaptado ao mundo, pulando de um sofá para o outro e dando várias piruetas no ar caçando um cadarço, divulgamos nas redes sociais a adoção do bichano. Na mesma tarde, uma amiga minha viu a foto e entrou em contato comigo pelo telefone:
     - Oi. Fabiana, esse gatinho preto, é um sem perna?
    - Oi, Daiana, é sim!
    - Esse gatinho é meu! Que bom que você o achou, ele tem 3 irmãozinhos e antes de ontem tive que sair e deixei a mãe com a cria no banheiro, com a janela de cima aberta. Quando voltei, não havia mais nenhum gato no banheiro. Daí achei na rua, em uma caixa, apenas os 3 irmãos dele, pensei que tivesse morrido.
    - Meu Deus, meu menino o encontrou numa caixa jogado na beira da rua aqui no meu bairro, há 6 quilometros de distancia de você. Como tem gente sem coração no mundo.
    - Sim, mas estou tão feliz por tê-lo achado!
    - Amanhã o levo pra você.
    - Obrigada.
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    -Meninos, achei a dona do cotoco.
    Um olhar de tristeza e alegria brilhou no rostinho de cada um dos meus três meninos.
    - Que bom, mãe - disse o Henrique - a pessoa quis adotar?
    - Não, já era dela.
    - E ela reconheceu pelo cotoco?
    - Foi.
    - É um caso de inclusão feliz então!
    - É nada - disse meu filho mais novo - seria feliz se pudessemos incluí-lo em nossa família.
    - Mas enquanto nos lembrarmos dessa história, ele estará incluso em nossas vidas.
------------
    E assim andamos, adotando, e incluindo os bichinhos em nossas vidas. Hoje temos uma cachorra que estava abandonada  numa gaiola da veterinária e cuidamos de mais dois cachorros que "moram no bairro", três gatas resgatadas de lugares diversos (essas são outras novelas), um jabuti que estava  perdido na rua, oito galinhas e um galo doados e só as 44 codornas que foram compradas... agora estamos olhando para os cantos para vermos se encontramos alguns patos que queiram ser inclusos nessa família de duas pernas, quatro pernas, pelos e penas.


E vocês, tem bichinhos?
Bjks e Boas Leituras!



    




segunda-feira, 15 de junho de 2020

Desafio de escrita criativa: Encontro marcado - por Leila Jacob

Caro leitor,
O tema da semana é bem polêmico, se no caso for tratar de uma pessoa em si. O tema é "descreva um lugar ou alguém que não goste". Penso em diversas situações desagradáveis que passei na vida e por essas razões eu "odeio" certos lugares e tipos de pessoas, então creio que um evento isolado será pouco pra esse desafio.
Vamos então ver a série de fatores que não gosto.


Encontro marcado

Se tinha uma coisa que me incomodava profundamente eram os dias quentes na cidade de São Paulo, ar seco e poluição com certeza não eram a combinação perfeita. Mas nada que um vestido leve, garrafa de água e uma sombrinha não resolvessem.
Besta fui eu quando decidi aceitar o encontro que nem queria tanto ir. Lugar de encontro: o shopping Aricanduva. Além de longe de casa era um labirinto sem fim, mas eu iria achar o ponto de encontro com certeza, já havia trabalhado lá e sabia onde ficavam alguns lugares.
Depois de quase duas horas de viagem, desci da lotação recebendo uma massa de ar quente que me deixou esbaforida.
Recuperando as forças me reergui bela e tropicana no meu vestido floral, correndo para encontrar a porta do shopping e receber o vento imundo, mas fresco, do ar condicionado.
O shopping foi o inferno da minha vida no tempo de estágio pois trabalhava de domingo a domingo para o lazer de pessoas consumistas que levantavam cada vez mais a sobrevivência do capitalismo(Que aliás gosto!).
Mas deixando de pensar nos dias de lutas, voltemos os pensamentos para os atuais dias de glória.
Andei por milhares de corredores, subi e desci escadas rolantes e parei para beber uma amostra grátis de suco em um quiosque. Até que acho o local marcado, fiquei feliz da vida por aquela façanha, até por que aquele shopping era um labirinto sem fim.
Sentei e saquei o celular da bolsa: ainda faltavam 10 minutos para o encontro.
Ansiosa como sou, já senti os piripaques daquele calor insuportável e daquela movimentação. Mães puxando crianças choronas pelo braço, amigas comprando sapatos e casais agarrados olhando vitrines de lojas de alianças.
Dei um gole na água da minha garrafinha, que estava quente e com gosto ruim, até porque cozinhou na lotação, para passar o tempo e de repente, meu telefone toca e vejo que é o cara com quem ia me encontrar, finalmente!
Passo o dedo para o lado mas o touchscreen não responde a dedos suados, limpo a mão no vestido e atendo o telefone.
- Sim!
- Oi, onde você está? Estou esperando você aqui faz meia hora!
- Ué estou no local que marcou, de frente a loja de sapatos, perto do cinema!
- Claro que não, ou está invisível, pois não a vejo, deve está perdida ou nem veio!!!
Meu sangue ferveu de ouvir tal barbaridade, depois de passar todos os perrengues odiosos possíveis eu ainda teria que passar por isso!
- Veja bem, aproveite seu passeio com a mulher invisível, seu nojento!
Desliguei na força do ódio na cara do canalha, pois outra coisa que tenho como odiosa para mim são comentários bobos que me fazem perder tempo.
Ah, uma coisa que valeu a pena neste dia: o quiosque do sorvete!

Shoppings são o terror da minha vida, qual lugar que vocês não gostam?
Deixe nos comentários!
Até quinta!


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segunda-feira, 8 de junho de 2020

Desafio de escrita - "Culpa do Bob" - por Fabi SAnchez

Olá, queridos leitores!

Esta semana, mais uma vez, o desafio de escrita me deixou incomodada, pois acho que ainda não sou uma escritora boa o suficiente para "perder meu tempo" falando de pessoas as quais eu não gosto. Simplesmente, se não gosto, as afasto de minha vida e pronto. Minha sorte é a de que além de falar sobre pessoas que eu não gosto, também tinha a opção de falar sobre um lugar o qual eu não gosto. Bom, muitos de nós não gostam de hospitais, portanto, os descartei, já que seria muito banal, assim como os cemitérios, então pensei em algo que realmente me irrita e resolvi contar um fato real sobre ele: o trânsito de São Paulo.

Veículo pega fogo na região central de Curitiba

Culpa do Bob!

    Há mais ou menos 18 anos atrás, estava eu, como sempre, atrasada para a faculdade, portanto vinha pela marginal Pinheiros na faixa da esquerda, tentando driblar o trânsito. 
    "Que inferno! Como odeio trânsito! Quanta perca de tempo, quanta vida empacada!"
     Toda vez era a mesma coisa! E olha que eu pegava o contra-fluxo, pois ia de Santo Amaro para a USP às dezoito horas, tentava chegar às dezenove para o início das aulas, mas sempre me atrasava, graças ao trânsito! Se tem algo que me deixa fora do controle é o ficar parada dentro do carro, nas ruas de São paulo, não tenho paciência! Muitas vezes chegava na faculdade tão nervosa que, até eu me acalmar para começar os estudos, já havia perdido meia hora da aula. Mas naquela noite, eu não assistiria à aula.
    Como eu ia dizendo, estava eu buscando velocidade pela faixa da esquerda quando começo a sentir um cheiro de queimado vindo do painel do meu Escort vermelho. O que seria? Eu havia colocado água? Sim! Óleo? Acho que estava no nível também... não devia ser nada, afinal de contas, o Escort era um velho guerreiro e aquele mês já havíamos visitado o mecânico. 
    Continuei acelerando.
    Mas então, uma fumaça branca começou a sair do respiro do capô do meu velho Bob (ai gente, eu dou nome pros meus carros, vocês não? O atual é o Tom, por ser cinza de diversas tonalidades, o apelidei assim remetendo ao livro indecente "Cinquenta tons de cinza") e subitamente o motor parou de funcionar. Tentei faze-lo pegar no tranco, já que ele vinha embalado na velocidade (claro que sei fazer o carro pegar no tranco, que mulher não sabe?) mas nada dele ligar. Me bateu o desespero. 
    "Essa merda vai quebrar aqui no meio da marginal e eu tô atrasada pra facu".     
   O pensamento ia se multiplicando cada vez mais em nervosismo e olhando para os retrovisores traseiro e do passageiro, vi aquele mar de carros vindo atrás de mim e ao meu lado direito. O acostamento estava há uns 300 metros de terminar e eu precisava chegar até ele. Fui cruzando a marginal Pinheiros, de cabo a rabo, da esquerda para o acostamento com a seta ligada, e milagrosamente consegui com que as pessoas deixassem eu passar, não sei se foi pela seta que lembrei de acionar ou será que teria sido pela fumaça q tomava toda a pista? Bom, eu já não via quase mais nada a minha frente, mas assim q freei o escort, uma labareda começou a sair do respiro.
    - Caralho!
    Eu tentava pegar o extintor de incêndio e não o encontrava. 
    "Onde ficava a merda do extintor que não tava debaixo do banco? Ah, eu tenho a merda do kit de primeiros socorros obrigatório no porta-luvas, mas pra que quero luvas? Preciso do extintor! Cadê a porra do extintor?" 
    No meio de tanta fumaça e desespero consegui ver que havia parado debaixo de muitas árvores que separavam a via expressa da local.
    "Essa porra vai explodir e vai botar fogo nessas árvores e na marginal toda!"
    Parei de procurar o extintor.
    Ainda consegui me lembrar de pegar minha bolsa, meu fichário e minha pasta com todos os meus textos xerocados de estudos:
    "Que exploda, eu vou cair fora, dane-se o extintor! Adeus Bob!"
    Saí correndo do carro. E quando me vi em segurança, um caminhoneiro já havia parado seu imenso caminhão baú e manejando um extintor gigante, branqueava todo o capô do Escort. 
    "Uau! De onde esse cara saiu? Ele está salvando o Bob?"
    - Nossa moço, obrigada - falei toda descabelada, com o material da faculdade caindo do meu colo - Eu bem que tentei pegar meu extintor, mas não o achava debaixo do banco.
    - É que nos Escorts o extintor não fica debaixo do banco, fica debaixo do painel! - falava comigo calmamente, terminando de apagar o fogo.
     -Ahhh! - que constrangimento!
    -Mas não precisa me agradecer, na verdade os extintores dos carros só servem para socorrer a um outro, nunca a ele próprio, pois se precisar do extintor, é porque já está pegando fogo, e entre salvar o carro e se salvar, melhor salvar a vida. A senhora agiu certo.
    -Ahhh... obrigada! - como eu poderia me constranger mais do que já estava? Agradeci, pois o moço mal sabia quanto tempo eu gastara procurando o maldito extintor.
    - Bom, o fogo já está sobre controle, precisa de ajuda? Uma carona?
    - Não, não, obrigada novamente!
    É, aquela noite eu não iria pra faculdade, não porque o trânsito havia me impedido, mas sim porque eu tivera sido a causadora do trânsito, bom, eu não, a culpa foi toda do Bob!

Ai que nervo, gente! Odeio trânsito! Aposto que vocês também! Deixem seus comentários aí abaixo.
Bjks e Boas Leituras!


quinta-feira, 4 de junho de 2020

Desafio de escrita criativa: Seja o personagem do seu livro favorito - por Leila Jacob

Caro leitor,
O desafio dessa semana fez minha imaginação voar longe. Não vou mentir que toda vez que leio um livro me coloco diversas vezes no lugar do personagem me perguntando até o que eu faria naquelas situações, poderia mudar o enredo de vários livros já lidos. E hoje com a ajuda desse desafio farei isso, espero que gostem.


A raiva consumia não só o corpo como a alma de Léa Delmas, a jovem não conseguia acreditar como o mal consumiu sua vida por só uma tarde.
Não bastasse o amor de sua vida anunciar o casamento com a própria prima tola e franzina, o rádio também acabara de comunicar a notícia prevista por todos, a maldita guerra estava por vir.
Léa queria correr, mas ali não era Montillac e muito menos momento apropriado para dar vexame ao seu pai. No salão de festas todos abraçavam Laurent e Camille pelo imprevisto noivado. Tolos. Aquele enlace não duraria por muito tempo, pensava Léa.
Com sutileza a moça saiu do recinto para chorar as mágoas na estufa de Roches-blanches, sentou no chão úmido para chorar por não saber o que o futuro lhe guardava.
Passos pesados a seguiam e lá estava o bruto Tavernier a olhando com dó.
- Não preciso de sua pena, patife! - E realmente ela não precisava, não havia orgulho ali, só falta de conhecimento.
- Ora criança, chora por esse tolo enquanto naquele salão há diversos rapagões atrás da senhorita.
- Sabe que o detesto, não é hora de tentar ser gentil quando nunca se foi!
- Detesta hoje, sim...mas amanhã...
- Espero que a guerra lhe arrebente na primeira batalha, seu patife!
François Tavernier sabia que aquela cena de adolescente mal amada seria por pouco tempo e que Léa um dia cairia em seus braços, saberia essa garota que um dia ela iria viver aventuras ao seu lado?
Ele sim, retornou para buscar a jovem, corajosa e selvagem Léa Delmas com seus dezesseis anos. Ela haveria de continuar a luta.
- Vamos criança, não há tempo pra se perder nessa época.
Léa o encarou com seus olhos violetas cheios de lágrimas e o homem pegou em sua mão e a puxou, a moça sentiu uma tontura e caiu em profundo sono.
Léa acordou em um quarto estranho com móveis diferentes e luzes elétricas fortes, ao seu lado, na cama, estava François. Ela estava confusa mas um flash de memória abriu sua mente.
Fim da guerra, caça aos nazistas, casamento, guerra fria, Cuba, filhos, resistência, mortes, traições e lutas.
Era 2010 e François havia buscado seu corpo jovem em 1939, o filho da mãe havia conseguido.
- Acorde!!! Você conseguiu! Não acredito que conseguiu! - gritava feliz e pulando.
- Mulher, fale mais baixo!!! Mas o que vejo? Uma criança de 87 anos, com corpo de 16.
Léa se lembrou de sua morte, era incrível poder estar de volta, mas era impossível saber quanto iria durar, François estava igual a 1939, porém ainda vivo nas duas eras.
-Onde estão meus filhos?
- Eles não sabem que você está de volta...só a trouxe pra conseguimos cumprir o plano com êxito, sabe que um cadáver e um velho não podem mudar o mundo.
A mulher sabia que o marido estava certo, se aconchegou nos braços dele, ela o amava profundamente.
- Sabe François, eles ficarão de queixo caído...como eles nos chamam mesmo? Comunistas...
- Pode ter certeza, mas não podemos garantir nada ainda...
- Ora não seja um Pati...
- Eu sei, Patife, ainda lhe falta vocabulário mulher.
E os dois riram.


O personagem que escolhi ser foi a Léa, da série de livros "A bicicleta azul". Ela sempre teve um gênio parecido com o meu, mas fazia diversas burradas e esse texto não deixou de fazer mais coisas burras.
Às vezes não se muda a natureza de um grande personagem, ele é o que é.
Nesse livro a autora conta a história de uma jovem que está se descobrindo na época da segunda guerra mundial, sua inocência se quebra aos poucos, até ela se infiltrar na resistência francesa.
E a viagem no tempo... é culpa da Diana Galbardon, lendo seus livros me deu vontade de encaixar viagens pelo tempo em várias histórias.

Espero que tenham gostado, até semana que vem!


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terça-feira, 2 de junho de 2020

Desafio de escrita: Seja o personagem de seu livro favorito - por Fabi Sanchez

Olá, queridos leitores!!!

Vamos a mais um desafio de escrita?
Esta semana o desafio de escrita é lindo: "seja o protagonista de seu livro favorito". Bom, o desafio começa quando tenho um número sem igual de livros favoritos e continua quando entendo que minha memória péssima nunca lembra dos enredos dos livros, mesmo daqueles que tanto amo, portanto, tive que reler e estudar um dos livros que escolhi com dificuldade, no caso escolhi um dos meus favoritos da saga Os Bridgertons, de Julia Quinn "Para Sr. Phillip, com amor", pois sempre pensei como seria viver nessa época e posição social européia, pode ser ingenuo e imaturo, mas enfim, cada um com suas esquisitices literárias. Levem em consideração como invencionisses tudo o que não se assemelhar com o enredo original.
Livro - Para Sir Phillip, com amor no Submarino.com

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Leituras de Maio de 2020 - Lu Rabello


Maio, que mês mais lindo! Mês das mães, das noivas e da minha filhota! 10 anos de muita bagunça.
Só por tudo isso já teria sido um mês feliz, mas as leituras vieram para coroar. Só coisas boas! Vem ver


Casa de Bonecas – Henrik Ibsen

Já conhecia a peça de teatro homônima mas foi minha estreia na literatura norueguesa de Ibsen.
Esse dramaturgo escreveu diversas peças e essa é sua grande obra escrita no século 19.



Nora é uma jovem mãe de 3 filhos, casada com Torvald, um banqueiro que acaba de receber uma promoção na época do Natal. Ele a provê financeiramente financiando seus luxos e caprichos e fazendo todas as suas vontades…uma família quase perfeita.
Mas todo esse cenário aparentemente normal encobre muitas inconstâncias.
Logo de início notamos que a personagem Nora é um tanto fútil, irritante...porém, com o desenrolar da trama notamos que sua frivolidade esconde um segredo.
O marido de Nora é extremamente machista e a trata como a uma “boneca” - daí a relação com o título do livro. Toda a futilidade dela começa a entrar numa espiral de desespero ao ser confrontada por um credor que vem cobrar uma antiga dívida.

Essa peça de Ibsen (como outras) chocou as plateias da época por mostrar a verdade de muitas relações familiares escondidas em uma máscara de normalidade.




A estória já virou filme (bastante fiel ao livro) e já virou peça de teatro com inúmeras adaptações na Noruega e até aqui em terras tupiniquins. Ana Paula Arósio fez o papel da desesperada Nora aqui no Brasil.
Uma estória cheia de nuances psicológicas e reviravoltas.

Ainda falando sobre problemas psicológicos, li um outro livro que vai a fundo nessa questão

Havia começado, Quando Nietzsche Chorou em abril, mas finalizei somente em Maio.
Um livro que me deixou a sensação de que para melhor compreende-lo, deveria ser lido mais de uma vez.




O grande filósofo Nietzsche (na época, final do século19, não era conhecido como hoje) tem além de problemas de saúde, conflitos mentais que o estão enlouquecendo.
Por intermédio de uma amiga, ele conhecerá o Dr. Josef Breuer um renomado médico
que usará uma terapia “alternativa” para tratar seu mais famoso paciente.
A dita terapia, nada mais era do que um bate-papo. Hoje tão comum, a psicanálise na época estava apenas começando a ser estudada como uma possibilidade de tratamento, aliada a hipnose que Nietzsche também estava desenvolvendo. Nossos psicanalistas eram chamados de “médicos de angústia” por ele naqueles tempos. Um visionário que só foi compreendido anos após sua morte. Como ele mesmo dizia, suas ideias nasceram cedo demais, numa época em que tortura era método de cura para histeria e outros males.
Não só Nietzsche mas também o próprio Josef, tinha seus conflitos. E foi com a ajuda do filósofo que ele enxergou suas falhas.
Todos os personagens são reais mas não há indicios de que a história tenha se passado dessa forma como descrita no livro. Mas vale como uma introdução à ciência da psicanálise. E nos mostra um lado muito humano, demasiadamente humano*, com o perdão do trocadilho, de um grande filósofo. 
O autor, Irvin D. Yalom, reuniu essas grandes mentes em uma história ficcional mesclada com a realidade.
Por tambem ser psiquiatra, o autor imprime um tom de veracidade ao apresentar problemas que poderiam ser enfrentados por qualquer um de nós o que nos faz refletir sobre questões da nossa própria vida.
Um livro que vale (quase) por uma consulta médica

Como dito acima, pra ser melhor absorvido, o livro deve passar por uma boa releitura. Um prato cheio para estudantes de psicologia, mas também para o leitor interessado em uma história muito bem contada, recheado de pérolas filosóficas como essa:






Por fim, escolhi uma leitura mais leve para descansar a mente.

Nessa quarentena, a Amazon tem feito a festa de nós leitores com muitos títulos gratuitos para leitura no Kindle.
Entre os (muitos) que baixei, está esse:

O Bracelete Misterioso de Arthur Pepper





O livro começa de forma melancólica contando a vida de Arthur, um senhor de 69 anos que fica viuvo após 40 anos de casamento.
Depois de um ano de luto, ele arregaça as mangas e decide mexer nos pertences de sua esposa.
No meio de roupas e fotos, ele encontra um bracelete cheio de belos pingentes.
Intrigado, por nunca tê-lo visto com sua mulher ele passa a ficar curioso com o artefato e é ao ver uma belíssima esmeralda incrustada em um elefante que ele vai buscar saber mais sobre a joia e uma vida que ele não sabia que sua falecida Miriam viveu.

Ele vai descobrir uma vida anterior de sua esposa que sequer imaginava que ela pudesse ter vivido.

O quanto será que a gente conhece do outro? Ou melhorando a pergunta: o quanto nós permitimos que o outro conheça da gente?




Ás vezes, uma experiência não tão boa faz ver o mundo com outros olhos. Foi isso que fez o personagem chacoalhar sua vida infeliz. De Paris até a India, Arthur conheceu mais de sua esposa e ainda teve a chance de  sair do lugar comum e conhecer novas pessoas e lugares.
No fim, fica a mensagem de que nunca é tarde para nos aventurarmos.




Esse é o livro de estreia da autora inglesa Phaedra Patrick. Procurei mais a respeito dela e vi que somente esse livro foi traduzido no Brasil.
Uma estória gostosa, que li super rapido e posso dizer que mais uma capa bonita me entreteu  por horas. Um bom passatempo. Espero que a editora "Fábrica 231" traga outros  livros dessa escritora.

Parando aqui para pensar, parece que todos os livros lidos esse mês tiveram essa carga psicologica de uma forma ou de outra.
E foi tudo sem querer ou procurar temas similares. Coincidências da vida. Ou melhor, coincidências literárias.

Maio, um mês de boas leituras. Estou pronta para as de Junho e você?

Até a próxima
Lu

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* Humano, demasiadamente humano é o título de um livro de Friedrich Nietzsche