Gente, desculpem-me, mas hoje vim falar de algo suuuuuper
fora de moda a qual eu ADORO!
Epístola, correspondência, missiva, bilhete, carta...
Tá bom, eu sou antiga mesmo, fiz 40 esse ano (ops, isso acho
que eu não precisava ter falado), mas na minha infância eu lia “Turma da Mônica”
e me correspondia com outras crianças na coluna de correspondentes que tinha na
parte de passatempo. Além disso, escrevia para o meu avô paterno que morava em
Peruíbe-SP. Meus pais e avós maternos, quinzenalmente, recebiam correspondência
dos parentes espanhóis. Esperar o carteiro era algo que dava um comichão por
dentro, uma ansiedade tremenda, e ver o envelope na caixinha do correio
endereçado ao seu nome, dava a sensação de frio na barriga como despencar de
uma montanha russa (hoje o carteiro só traz boletos, que decepção).
Vivi no meio das cartas, por isso sempre as adorei!
Mas daí o uso do telefone começou a se tornar algo regular e
meu avô começou a ligar para meus pais e me mandar beijos por recado (porque
afinal de contas, telefone não era coisa de criança). Na adolescência comecei a
ter liberdade com o telefone e na faculdade começou a era da internet, a qual tínhamos
que esperar virar a 0h. para pagar um único pulso durante toda a madrugada
(usar a internet pelo dia era coisa pra rico), e os primeiros celulares eram um
luxo digital. Hoje, os telefones são quase parte do nosso corpo conectado instantaneamente
com tudo e todos. A maioria das pessoas não sabe mais como preencher um envelope ou qual é a função do selo (gente, eu coleciono selos, ah, e também coleciono papéis de carta desde a adolescência).
E daí lhes pergunto: E as cartas? Onde ficaram nessa
história? E eu lhes respondo: Nas páginas dos livros e na memória daqueles acima dos 40 anos. Vide
como está a situação atual dos correios: em frangalhos!
Mas antes de falar sobre os correios, estou aqui para
revelar mais uma coisa a vocês: Eu ainda escrevo cartas!!! E as recebo também!!!!
Sim, gente, as cartas ainda existem! Escrevo para amigos que
hoje estão morando longe, escrevo para amigos virtuais, para trocar livros, escrevo para meus filhos
e marido e entrego estas cartinhas em mãos e também faço parte de um círculo de
mulheres de todo o Brasil apaixonadas por romances de época e que se
correspondem (O "Carta das Ladies", aliás, um grande beijo a todas vocês, meninas. Vocês são um espetáculo!), assim como as mocinhas desses romances faziam com seus grandes
heróis. Inclusive, vou aproveitar para deixar a dica de um livro de uma série
que amo “Os Bridgertons” da Julia Quinn, mas em especial, o livro número 5, “Para
Sr. Phillip, com carinho”, onde a protagonista, uma das irmãs Bridgertons,
Eloíse, conhece seu amado através de cartas. Não preciso dizer que me apaixonei por esse enredo, né?
E pensando nisso, tive aqui com meus botões, uma ideia: Você
que, como eu é um romântico e gosta de escrever cartas, ou que nunca escreveu/recebeu
e quer sentir a sensação de se
corresponder com alguém, o que acha de formarmos um círculo de correspondentes?
Tá gente, eu sei que os Correios estão indo a falência, num rumo sem volta
para a privatização, mas sejamos utópicos, vamos nos corresponder! Vai funcionar assim, se você se
interessar, deixe aqui abaixo nos
comentários o seu interesse e um dos meios para que eu possa entrar em contato
contigo (facebook, email, skoob, instagran, whatsapp). Farei uma lista de endereço
dos correspondentes, a qual sempre será atualizada, e divulgada apenas entre nós,
correspondentes.
Vamos lá pessoal, ânimo! Vocês vão perceber o quão
empolgante é a troca de cartas.
Espero seu comentário!
Bjks e Boas Leituras!
Fabi