segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

W. B Yeats em "O presente do meu grande amor"

Oi, povo bonito que gosta de ler!!!
Essa postagem vai em especial pra você que, assim como eu, ao ler um livro, muitas vezes destaca coisas secundárias que leitores comuns nem perderiam tempo em observar e, pior, fica achando que, por estar em segundo plano no enredo, deve ter alguma mensagem subliminar... coisa meio psicótica, né? :D
Quem me acompanha no Instagran ou no Skoob sabe que minha leitura atual é "O presente do meu grande amor: doze histórias de Natal"; um livro que comprei há poucos dias numa mega promoção numa loja física das Americanas por puro impulso capital. Mas esses segredos compulsórios devem ser mantidos sigilosos, portanto mudemos de assunto. 
Esse livro de capa fofa, na verdade, agora que percebi que a capa ilustra doze casais numa pista de gelo, ou seja, os doze pares românticos protagonistas, é composto por doze contos de autores diversos, todos desenrolados em torno das festividades de fim de ano, com jovens que se encontram das formas mais inusitadas possíveis. A organização é de Stephanie Perkins, mas, na verdade, lembra que o começo de meu texto fala sobre detalhes inusitados? Pois então, não vou resenhar o livro, mas sim falar de uma observação que fiz no conto "Que diabo você fez, Sophie Roth?" de Gayle Forman. Nesse conto, em um momento, os dois protagonistas falam de uma aula horrorosa que tiveram na faculdade com a matéria de "poesia". Pronto! Me indignei! Acho que por pior que seja o professor, nunca uma aula de poesia pode ser ruim. O Poema em questão na aula era um tal de Yeats, e a poesia chamava-se "Quando fores velha".
Calma lá! Como assim eu não conheço esse tal de Yeats que inspira aulas ruins de poesia e fala da velhice das mulheres?! Deve ser o pior dos piores dos poetas do mundo! Fui buscá-lo na internet e achei-o nesse link: www.culturapara.art.br .
Quebrei a cara! 
Pra começar, o cara foi bonitão, sejamos sinceros! E daí comecei a ler os paranauês do rapaz... Wow!!!! A metáfora em pessoa! Sensual, muitos de seus poemas fala sobre a futilidade do tempo humano... Tem uma poesia que se chamam "Leda e o Cisne"... o que que é aquilo? Deveria ter uma tarja de restrição de idade para leitura!!! E por fim cheguei ao poema citado no conto:

Quando fores velha

Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,

Dormitando junto à lareira, toma este livro,
Lê-o devagar, e sonha com o doce olhar
Que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas;


Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto,

Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor,
Mas apenas um homem amou tua alma peregrina,
E amou as mágoas do teu rosto que mudava;


Inclinada sobre o ferro incandescente,

Murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou
E em largos passos galgou as montanhas
Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas.


Pronto! Soco na cara!!! E lá se foi por água abaixo minha teoria de que nunca uma aula de poesia poderia ser ruim, por pior que fosse o professor. Não, me desculpem, eu estava errada! Um professor pode ser ruim e estragar uma aula de poesia, pois o poeta aqui, não teve culpa nenhuma, já que ele é arrebatador! Portanto, professores, mesmo que ficcionais, se não for por amor a poesia, que seja ao menos em amor ao título do livro de contos: NÃO MATEM A POESIA!!!!
E querem saber o que mais? A citação desse poema e dessa poesia no conto não tinha nenhuma mensagem subliminar, a não ser a de me fazer pesquisá-lo e colocá-lo como um poeta o qual preciso conhecer mais a fundo!

Boas Leituras!


sábado, 26 de dezembro de 2015

Antes do Baile Verde, Lygia Fagundes Telles.


Uma de minhas leituras recentes foi a reunião de contos de Lygia Fagundes Telles "Antes do Baile Verde". Tenho que admitir: A Lygia sempre me deixa profundamente de ressaca!

O livro é constituído por 18 contos onde a exploração psicológica dos personagens é constante, e o desenvolvimento dos mesmos acontece juntamente com o desenrolar das estórias através de diálogos entre os personagens e o olhar da narradora onisciente que adentra as mentes dos envolvidos da trama, inclusive nas nossas, meros leitores que diante a tão bem amarrado trabalho, sentimo-nos fantoches dos enredos e caímos em questionamentos profundos diante de nossas próprias atitudes e ações como seres humanos reais.
Dou destaque a 2 contos que me nocautearam mais que os outros: 

1. "Antes do baile Verde": é o conto que dá origem ao livro, onde a futilidade pelo prazer da vida sobressai-se diante do próprio estar vivo. Mexe com relações familiares e psicológicas de forma profunda e intimista com as dúvidas da protagonista em paradoxo constante.

2. "A caçada": Logo eu que tenho um gosto pelo surreal, me identifiquei totalmente com o protagonista que vive realidade e ficção num mesmo instante e local. Para mim esse conto é tão tanto,  que fiz a leitura dele lá no meu canal (como foi um dos meus primeiros videos, ainda está bem caseiro, espero que vocês consigam se deter a contação e não as tosquices da gravação! :D)


Particularmente, eu prefiro os livros físicos, mas se você não se incomodar em ler pela tela e ficou instigado a ler Lygia, aí vai o link do livro que já está em domínio público.

Antes do Baile Verde

Boas Leituras!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Milagre de Natal



As vésperas de Natal uma das coelhas da criação está prestes a parir. O ninho já está pronto, como uma manjedoura para acolher a ninhada.
A noite chega. Todos dormem.
Ao amanhecer, não é Natal, mas sim Páscoa! Sofrimento! Amanhecem mortos mãe e um filhote. 
Porém, ao canto da manjedoura, uma bolinha rosa respira ofegante: uma vida restou! 
A comoção domina o sítio e todos se mobilizam para aquecer e tentar alimentar a pequena vida resistente.
Orações são feitas.
Uma seringa é adaptada para a amamentação.
O almoço de Natal foi esquecido entre todos, a única alimentação a que se remetia era láctea.
De meia em meia hora um dos membros da família se responsabilizava em amamentar o pequeno sopro de vida, que, com dificuldade além do que se possa imaginar lutava: molhava-se, leite saia pelo nariz, parecia não conseguir absorver o que provía-se, não conseguiam dar-lhe o suficiente ou o necessário.
As horas se passavam e a vida minguava-se por entre os dedos, cada vez mais rapidamente. Quase não havia esperança.
E foi assim, numa última tentativa, a seringa se fez maior do que o necessário, o leite foi muito e tanto que respirou-se a si próprio. Esvaiu-se. Findou-se. Finou-se.
A notícia foi dada.
Trovejou. A chuva grossa de verão caiu sobre as cabeças. 
Quando foi procurado o pequeno corpinho para que se juntasse ao restante da família, fez-se o milagre!
Alegremente respirava, aquecido e dizendo ao mundo:
Feliz Natal!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Lançamentos de dezembro da Draco


AS NOVIDADES DO DRAGÃO!

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O Despertar da Fúria, Eduardo Kasse

Doença, sofrimento e morte. Com a peste negra assolando a Europa, os poderosos da Igreja e da nobreza têm de encontrar alguém para acusar, fazendo o povo odiar um mal em comum. Só assim conseguirão manter o controle. E claro, os culpados sempre são os demônios. Os culpados somos nós.
O Despertar da Fúria é o quarto romance da Série Tempos de Sangue, de Eduardo Kasse, e narra como a terrível doença foi a causadora de histeria e milhares de mortes pela Europa medieval.
Vinda do continente pelo mar, a praga se espalha rapidamente pela Inglaterra, assim como as pilhas de corpos retirados dos casebres, das catedrais e dos castelos. A morte não faz distinção: ceifa a vida de jovens saudáveis e de velhos decrépitos com o mesmo ímpeto. Ricos ou pobres, não importa.
E, em meio ao medo e à descrença, Harold Stonecross continua seu caminho pelas sombras, sedento pelo cada vez mais escasso sangue fresco e puro. Contudo as trevas também se abaterão sobre o imortal, não pela doença, mas pelas mãos dos seus algozes, enquanto poderes ancestrais se reúnem na Inglaterra a fim de traçar o destino deles e da humanidade.
Autor: Eduardo Kasse
ISBN: 978-85-8243-128-3
eISBN: 978-85-8243-127-6
Gênero: Fantasia sombria, horror
Formato: 14 cm x 21 cm
Páginas: 232
Preço: R$ 39,90
R$ 19,90 (e-book)
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O Esplendor, Alexey Dodsworth

A luz esconde. A escuridão revela.
Aphriké é o nome de um planeta fadado à luz interminável. Um planeta considerado o único do universo, e habitado por uma raça telepática que desconhece o sono, o sonho e a privacidade. Convictos da eternidade de seu mundo, os aphrikeianos não desconfiam que tudo foi criado por R’av, um ser com poderes cósmicos e obcecado pela ideia de perfeição.
Mas mesmo um deus pode errar. Sobretudo se for um deus aprendiz e que desconhece o que realmente é.
Aprisionados a uma maldição alardeada por bárbaros liderados pela feroz Lah-Ura, os aphrikeianos nem desconfiam que seu paraíso está prestes a ser arruinado. Até que nasce uma aberração: um menino capaz de dormir. Uma pessoa capaz de, através dos sonhos, entrar em contato com Outromundo, um planeta como Aphriké, mas iluminado por um único sol amarelo. Considerado deficiente, este menino precisará se unir à letal Lah-Ura para, juntos, revelarem a verdade oculta da criação de Aphriké. Uma verdade que a luz esconde, mas que a escuridão revelará.
O Esplendor é um romance imaginativo e envolvente de Alexey Dodsworth. Quando a luz oculta a verdade, só um mergulho aos sonhos pode iluminar o mundo que nunca se apaga.
Autor: Alexey Dodsworth
ISBN: 978-85-8243-170-2
Gênero: Ficção científica
Formato: 14 cm x 21 cm
Páginas: 404
Preço: R$ 59,90
R$ 24,90 (e-book)

DRACOMICS, OS QUADRINHOS DO DRAGÃO

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Zikas – v. 1, Alessio Esteves, Raphael Fernandes e Junior Ferreira

Rolezinho, periferia e… fantasia medieval?!
Em um mundo habitado por elfos, orcs, anões, gnomos e outras criaturas fantásticas, o reino de San Paolo é repleto de problemas. A Milícia Pública combate o crime e tenta manter a ordem, mas quando alguém precisa resolver algo para valer, é melhor chamar um zika!
Conheça Barone, um orc cansado de ser apenas um ajudante geral de um boteco na periferia e pretende ser o maior zika que o reino já viu. Para isso, conta com a ajuda do anão hipster Muralha, da orc cabeleireira Latiffa e do gnomo mal-humorado Jay.
Zikas é escrito por Alessio Esteves e Raphael Fernandes, e ilustrado por Junior Ferreira. Uma verdadeira paródia da vida nas grandes metrópoles brasileiras, com raças e classes sociais que seriam cômicas se não fossem trágicas.
Vivencie batalhas épicas ao som de funk ostentação, explore masmorras que são shoppings e aprenda a lidar com as autoridades. Humor, aventura e muito jeitinho brasileiro!
Roteiro: Alessio Esteves e Raphael Fernandes
Desenhos: Junior Ferreira
ISBN: 978-85-8243-165-8
Gênero: mangá, comédia, aventura
Formato: 14cm x 20cm
Páginas: 96 PB
Preço de capa: R$ 19,90 (papel)
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Boys Love em Quadrinhos – v. 1

Porque o verdadeiro amor precisa ser visto
Boy’s Love ou yaoi são apenas formas de descrever o fenômeno que surgiu no Japão e conquistou o mundo. Histórias cheias de sensibilidade e afeto, protagonizadas por rapazes em relações homoafetivas, um universo onde as sensações são intensas e a paixão fala mais alto a cada frase. E depois do sucesso da coleção Boy’s Love, agora com a imersão visual que só os mangás permitem.
Neste primeiro volume de Boy’s Love em Quadrinhos, prepare‑se para testemunhar esses casos que podem ser aconchegantes como um abraço esperado ou quentes como um beijo roubado. Amores que vêm do espaço ou fantasias que são mais palpáveis que as palavras podem expressar. A tensão de não entender o coração daquela pessoa especial, mesmo que ela não exista mais.
Organizada por Tanko Chan, que também participa ilustrando uma história, essa antologia traz lindas HQs por Rita Portugal, Talles Rodrigues, Márcio Moreira, Kurama-Chan, Yuu, F. Steffens, M. Steffens, Guilherme Smee, Ju Loyola, Blanxe e Raquel Sumeragi.
Prepare-se para experimentar sensíveis e inesquecíveis casos de amor. Narrados com a magia dos mangás, mas sempre com o mistério nas entrelinhas das palavras.
Organização: Tanko Chan
ISBN: 978-85-8243-171-9
Gênero: Romance, yaoi, bl
Formato: 17cm x 24cm
Páginas: 128(pb)
Preço de capa: R$ 34,90 (papel)

LANÇAMENTOS CONTOS DO DRAGÃO

MENINA

A menina que se alimentava de dor (Tempos de Sangue), Eduardo Kasse

Conto da série Tempos de Sangue de Eduardo Kasse, autor brasileiro que vem despontando pelo trabalho de ficção histórica misturada ao mito dos vampiros.
Não há vencedores numa guerra: a dor e o sofrimento permanecem mesmo depois que as batalhas acabam. Essa é a história de como as trevas dominaram Amalina, uma jovem esforçada e de bom coração, na época em que a França começava a ser delineada.
Preço: R$ 2,99
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O beijo de Rudra (Tempos de Sangue), Ana Lúcia Merege

Conto de Ana Lúcia Merege, autora de O Castelo das Águias. Uma participação especial para a série Tempos de Sangue de Eduardo Kasse, autor brasileiro que vem despontando pelo trabalho de ficção histórica misturada ao mito dos vampiros.
No Vale do Indo, há 4.000 anos, a jovem Gauri recebe de um deus a incumbência de salvar sua cidade. No entanto, a intolerância dos anciãos pode obrigá-la a um perigoso jogo entre a morte e a vida eterna.
Preço: R$ 2,99

CONHEÇA OUTRAS OBRAS DO DRAGÃO

capa castelo

O Castelo das Águias, Ana Lúcia Merege

O Castelo das Águias, romance fantástico de Ana Lúcia Merege, é um lugar especial. Localizado nas Terras Férteis de Athelgard, região habitada por homens e elfos, abriga uma surpreendente Escola de Magia, onde os aprendizes devem se iniciar nas artes dos bardos e dos saltimbancos antes de qualquer encanto ou ritual.
Apesar de sua juventude, Anna de Bryke aceita o desafio de se tornar a nova Mestra de Sagas do Castelo. Aprende os princípios da Magia da Forma e do Pensamento e tem a oportunidade de conhecer pessoas como o idealizador da Escola, Mestre Camdell; Urien, o professor de Música; Lara, uma maga frágil e enigmática, e o austero Kieran de Scyllix, o guardião das águias que mantêm um forte elo místico com os moradores do Castelo.
Enquanto se habitua à nova vida e descobre em Kieran um poço de sentimentos confusos e turbulentos, uma exigência do Conselho de Guerra das Terras Férteis põe em risco a vida e a liberdade das águias. Com o apoio de Kieran, Anna lutará para preservá-las, desvendando uma trama de conspiração e segredos que envolvem importantes magos do Castelo.
Autor: Ana Lúcia Merege
ISBN: 978-85-62942-20-4
Gênero: Literatura Fantástica – infantojuvenil
Formato: 14cm x 21cm
Páginas: 196
Preço de capa: R$35,90 (papel)
R$ 19,90 (e-book)
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Boy’s Love – Sem preconceitos, sem limites

Para amar e ser livre. Sem limites.
Boy’s Love ou yaoi são apenas formas de descrever o fenômeno que surgiu no Japão e conquistou o mundo. Histórias cheias de sensibilidade e afeto, protagonizadas por rapazes em relações homoafetivas, uma maneira de ver a vida que abre as portas da fantasia e se aprofunda no questionamento sobre o que é certo ou errado. Viaje para o mundo dos mortos ou descubra lindos seres que só poderiam sair dos tomos da mitologia. Nessas páginas o terror e a ternura serão apenas preliminares para o que não pode mais esperar.
Em Boy’s Love – Sem preconceitos, sem limites, a paixão fala mais alto e é a tônica nesses encontros. Lemon é um termo que virou sinônimo de ficção cheia de cenas picantes e sem restrições para o prazer. E nessa edição, é também o nosso tempero para experimentarmos sem pudores o que as palavras podem expressar.
Organizada e ilustrada por Tanko Chan, que também participa com um conto, essa antologia traz deliciosas histórias por Dana Guedes, Claudia Dugim, Nuno Almeida, Márcia Souza, Priscilla Matsumoto, Karen Alvares, Vikram Raj e Blanxe.
Quando as primeiras peças de roupa caírem no chão, beijos e carícias guiarão a existência dos amantes. Não haverão mais barreiras para esse amor. Isso já ficou para trás.
Contos
Daruma – Dana Guedes
Lolipop – Claudia Dugim
No Amor e na Guerra – Nuno Almeida
O Colar de Scheherazade – Márcia Souza
O reflexo do dokkaebi – Priscilla Matsumoto
O Sentimento – Karen Alvares
O Palácio dos Rakshasas – Vikram Raj
Perfect Mistake – Blanxe
Maçã – Tanko Chan
Organização: Tanko Chan
ISBN: 978-85-8243-125-2
Gênero: Boy’s Love, lemon, yaoi, romance
Formato: 14 cm x 21 cm
Páginas: 176
Preço: R$ 35,90
R$ 19,90 (e-book)
Boas Leituras!

Um Natal bem brasileiro

Uma das novidades desse mês que justifica meu sumiço (ou não), foi a coluna que "ganhei de presente de Natal" do Jornal Sintonia. Estou super feliz com essa novidade, mega satisfeita em ter o privilégio de divulgar nesse canal de comunicação tão importante da minha região, minhas ideias malucas. Ainda não saiu o link virtual, mas ontem já foram distribuídos os impressos. Espero que gostem!

Boas Leituras!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A 5a. Onda

Quem aí já ouviu falar dessa trilogia? Gente, conheci-a através do site da Editora Fundamento, e lógico que já estou esperando os correios chegarem, mesmo porque quero ler a trilogia antes do lançamento do filme que será dia 21 de janeiro.
Dá uma olhada na sinopse do filme:
A Terra repentinamente sofre uma série de ataques alienígenas.
Na primeira onda de ataques, um pulso eletromagnético retira a eletricidade do planeta. Na segunda onda, um tsunami gigantesco mata 40% da população. Na terceira onda, os pássaros passam a transmitir um vírus que mata 97% das pessoas que resistiram aos ataques anteriores. Na quarta onda, os próprios alienígenas se infiltram entre os humanos restantes, espalhando a dúvida entre todos.
Com a proximidade cada vez maior da quinta onda, que promete exterminar de vez a raça humana, a adolescente Cassie Sullivan (Chloe Grace Moretz) precisa proteger seu irmão mais novo e descobrir em quem pode confiar.

Que medo, né? Gostou? Então dá uma espiada no trailler:


Tudo bem, eu deixo você me imitar!! Entra lá no site pra ver a promoção da trilogia, comprar, se encher de coragem e ler os livros antes do lançamento do filme: Trilogia a 5a. Onda

Boas Leituras!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Voltando ao mundo virtual em 3, 2, 1...



Caros seguidores, venho por meio desta avisar-lhes que: EU ESTOU VIVA!!!!
Desculpem-me o sumiço enorme. Sinto-me na obrigação de justificar-me:

1) Final de ano: Prepara prova, aplica prova, corrige prova, tira média, prepara recuperação, aplica recuperação, corrige, tira média, faz conselho de classe, reunião de pais, reunião de APM, enfrenta cara feia de aluno repetente, formatura e enfim... FÉRIAS! Hoje ainda é meu último dia na escola.
2) Mudei-me de residência, quem me acompanha no instagran, percebeu a dificuldade desses últimos dias quando postei algumas fotos das mudanças com wi fi alheio... Ufa! Cansei de caixas!
3) Devido a mudança, ainda estou sem internet em casa, pois a operadora é muito eficiente e em 15 dias ainda não conseguiu prestar seus maravilhosos serviços, por isso estou dependendo de lan houses para sobreviver.
4) Tenho 1 milhão de coisas para contar, mas sejam pacientes, pois em breve estarei de volta para contar-lhes tudo!

Grandes abraços e Boas Leituras!

domingo, 8 de novembro de 2015

Língua e Literatura no Youtube

Ficamos eu e o Alexandre levando uma surra hoje durante todo o dia para trazer essa novidade aos seguidores: Meu canal no Youtube.

Fabiana Perez Sanchez



Podem dar risada, não tem problema, tá tosco mesmo... :D Mas é um novo desafio. Na verdade ainda tenho bastante resistência com o canal, mas sabendo do apelo visual atual, estou me rendendo aos poucos, porem, aqueles que me conhecem, sabem o quanto sou teimosa, ou seja, é um mundo das incertezas quando o assunto é esse canal.
Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos para ver no que dá.
Espero que gostem e acompanhem por lá também
Bjks e Boas Leituras.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Raigor Ferreira e "O príncipe congelado"

Sabem uma das coisas mais legais que vêem acontecendo desde que voltei com o blog? Conhecer pessoas legais, criativas, talentosas e inteligentes! 
Conheci tanta gente boa... A Marina com o Projeto Aperte a tecla, a Ana com o Projeto Lendo Clarice, o Rafa com o Projeto ALira, e tantos outros, e entre eles, essa semana, o Raigor entrou em contato comigo, muito gentilmente, pedindo para que lesse o seu primeiro conto O príncipe congelado.


"Nas terras longínquas do Reino de Arvoredo, os habitantes já estavam acostumados com um príncipe fora do tradicional. Phelipe, o herdeiro superestimado do trono tinha uma condição exótica e que fazia os moradores do Reino se perguntarem: “Como alguém pode ser tão gelado?”. A resposta para a pergunta não era simples e esmerada. Na verdade, era muito complexo entender o que tornara a majestade, um homem tão frio e indiferente."

Esse é só o comecinho da estória do Raigor, que por sua vez, adora Literatura Infantil, assim como eu, e que escreveu esse conto em umas férias no interior de SP, pra uma parenta dele de 10 anos que não curtia muito ler. O resultado foi que ela gostou tanto que nas férias seguintes ainda tinha guardado o manuscrito, então ele resolveu publicar. 
Quando recebi o conto, disse ao Raigor que faria um comentário de leitura aqui no blog, mas dessa vez o comentário não será meu.
Ontem li "O Príncipe Congelado" para meus filhos Henrique (9), Miguel (7) e Raul (4). Então vou dispor aqui os comentários e apontamentos deles:

"Nossa, mãe! O que aconteceu com o braço dele? O que é dilacerado? Coitadinho!" (Henrique)
"O rei é o do mal e a rainha é a do bem?" (Miguel)
"É a mesma princesa do Hora de Aventura?" (Miguel)
"Se ele derrete ele vive uma vida nova?" (Henrique)
"Eu gosto de batata frita também" (Raul)

Os comentários dos meninos deixaram alguém curioso? Então baixa o conto lá no Amazon! Nós por aqui curtimos muito! Parabéns Raigor e sucesso na nova carreira!

Boas Leituras!

domingo, 1 de novembro de 2015

Rafael Clodomiro na escola (23 de outubro)


Pois é, me apaixonei tanto pelo trabalho do Rafael Clodomiro que levei o Projeto ALira pra sala de aula.
Assistimos aos videos do Drummond, do Mario Quintana.... e lógico, a criançada amou e não deu outra: convidamos o Rafa pra se apresentar em nossa escola.


Foi um show!


As meninas então, deliraram...


O autógrafo rolou solto...


E as palmas concorreram com a poesia!
Obrigada, mais uma vez, Rafa, pela simpatia e amistosidade e parabéns pelo projeto! Muito sucesso!


Boas Leituras!

Projeto Lendo Clarice (21 de outubro)

Continuamos lendo Clarice!!!
Agora estou lendo o "A Cidade Sitiada", e como toda Clarice, dói. Mas na verdade não estou vindo aqui falar sobre o livro e nem sobre a leitura dele, deixemos esse assunto pra quando eu terminar de lê-lo.
Na verdade, hoje eu estou vindo aqui pra falar que esse projeto que surgiu lá no blog da Ana, está se espalhando de um jeito... Outro dia mesmo a Bárbara me lincou lá no blog dela falando que também está lendo, mas o que mais me deixou de boca aberta é que a criançada e as escolas aqui da região também estão lendo Clarice.
Essa semana recebi um convite da minha amiga Flávia lá da sala de leitura da Escola Elza para ler e palestrar um pouquinho sobre Clarice.
Quase pirei, né? Foi maravilhoso! As crianças todas quietinhas, escutando... E no final me vem um rapazinho do 6o. ano, que diz a Judite ser terrível, me perguntar: 

"-Nossa, Dona, a senhora é amiga dela?
- Eu sou!
- Você sempre a vê? Se encontra com ela?
- Não, ela morreu um ano antes de eu nascer!
- Nossa, então você é amiga dela porque você lê os pensamentos dela nos livros?
- Sim, isso mesmo! E se você quiser, ela também pode ser sua amiga!"

Diz se não é fofo demais escutar isso!
O conto lido foi "Felicidade Clandestina". Vamos ao conto:

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. 
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”. 
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. 
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim um tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. 
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. 
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. 
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. 
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo. 
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. 
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. 
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! 
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. 
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. 
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. 
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. 
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.

Pra mim, ler Clarice é sempre um prazer! Mas espalhar Clarice, é muito melhor, Meu cinegrafista de 9 anos, Henrique (filhote lindo do meu coração), registrou a hora da leitura do conto. Atente para as duas garotas na frente da câmara, o interesse delas... Isso não tem o que pague...


Além do conto, também me apoiei na biografia escrita pela talentosa Nadia Batella Gotlib para fazer a palestra.
Me apaixonei! Saí de lá radiante, mais viva! Espero que vocês também!

LISPECTOR. Clarice. Felicidade Clandestina. In: Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro, Rocco, 1998.
GOTLIB, Nadia Batella. Clarice: Uma vida que se conta. São Paulo: Edusp, 2013.

Boas Leituras!

Projeto Currículo em sala de aula (19 de outubro)

Como eu havia dito no começo do semestre aqui no blog, fiz muitos planos de aula para estimular os alunos a escreverem e lerem mais, e no ia 19 de outubro, houve a primeira culminância: a finalização do Projeto Currículo. 
 
O projeto foi realizado através das seguintes etapas:

1. Proposta de parceria com a empresa SatControl para que o RH da mesma analisasse alguns currículos de alunos para uma vaga de estagiário fictícia e que ao final de todo o processo, a empresa fizesse uma palestra aos alunos sobre a importância de ler e escrever bem para conquistar espaço no mercado de trabalho.

2. Foi proposto aos alunos que fizessem um currículo para a SatControl pleiteando uma vaga para estagiário. Não dei mais informações além dessas.

3. Li os currículos sem devolutiva, apenas para confirmar que a grande maioria dos alunos não faziam a mínima ideia de como construir um currículo.

4.  Apresentação e explanação de um currículo real.

5. Comparação com o currículo em estudo e o currículo dos alunos, fazendo com que os mesmos consigam avaliar aquilo que fosse necessário corrigir.

6. Reelaboração dos currículos.

7. Correção dos textos e escolha dos melhores para envio à empresa.

8. Análise dos currículos pelo RH da SatControl.

9. Dia da entrevista. Todos os alunos que tiveram seus currículos enviados (um total de 6 alunos), foram chamados para fazer uma entrevista real na empresa que consistiu num teste matemático, a formulação de uma redação, uma entrevista oral, um teste de conhecimentos de informática e específicos.

10. No dia 19 de outubro o RH da empresa veio até à escola fazer uma palestra para todos os alunos, falando sobre a importância dos estudos para se destacar em âmbito profissional, estimulando a garotada a levar os ensinamentos escolares a sério e aproveitar para parabenizar e presentear as duas alunas que se sobressaíram na entrevista. Além disso também foi feito um teste rápido de atenção e raciocínio entre os alunos, que participaram com entusiasmo.

Conclusões: No início muitos alunos nem se interessaram pelo projeto, nem escreveram o currículo, mesmo sabendo que valeria uma nota para o bimestre, outros fizeram de qualquer jeito só para entregar; mas conforme o projeto ia se desenvolvendo, os alunos iam sendo tocados: alguns ficaram arrependidos de não terem participado, outros ficaram com "dor de cotovelo", outros ficaram bravos, outros decepcionados consigo mesmos por não terem sido escolhidos e outros empolgados para os próximos projetos, ou seja, de alguma forma, a maioria dos alunos foram tocados, e era esse o objeto. A ideia era fazer com que eles percebessem que o ler, o escrever, o ir em busca do conhecimento, o se autoavaliar é algo que tem fazer parte do cotidiano, não para adquirir notas escolares, mas sim para conseguir êxito na vida.

Agradecimentos: Obrigada à minha diretora Andrea que sempre me apoia em minhas ideias malucas, e a empresa SatControl em especial ao João, a Alexsandra, ao Denner, ao Fabrício e a Rita que abraçou a causa tão simpaticamente!

Espero que o projeto inspire e traga novas ideias!
Boas Leituras!