segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Desafio de escrita criativa "Visita ao pediatra" - por Fabi Sanchez

 Olá, povo que lê!

Vamos ao tema do nosso Desafio de Escrita Criativa?

"Escrava algo engraçado"

Sim, meus caros, esta semana tentaremos fazê-los rir. Dizem que a comédia é uma das artes mais difíceis, portanto tenho que assumir que estou um tanto quanto ansiosa para saber se terei êxito na empreitada. Pensando nisso, busquei na memória algo que, particularmente, me faz rir bastante e imediatamente me veio a mente: meus filhos. Mas Fabi, de novo você vai escrever sobre os meninos? Vou, gente, desculpa, podem me julgar, mas este exercício de desafio de escrita semanal só tem vindo pra me provar que, por mais que inventemos mil mundos e personagens, nós só conseguimos escrever sobre aquilo que somos e temos de conhecimento, e meus filhos, como vocês devem imaginar, são uma das minhas maiores fontes inspiradoras, portanto espero que deem tanta risada com eles quanto eu rio diariamente.





domingo, 27 de setembro de 2020

Desafio de escrita criativa: Um ano difícil - por Leila Jacob

Caro leitor, 
Tenho diversas lembranças da minha infância, algumas boas, outras ruins e algumas que aparecem involuntariamente para se incluir na minha biografia mental.
O desafio da semana é escrever algo infantil com base na experiência dessa época, vamos lá então. 
Um ano difícil
Deito devagarinho no travesseiro e fecho os meus olhos lentamente, sono profundo.
Acordo com as mãos de mamãe batendo em meus braços e vejo a luz do abajur iluminado seu rosto.

- Acorda menina, já é hora de ir pra escola.

Levanto com sono e sem vontade de fazer nada a não ser dormir. Mas não falo nada, nunca falo só deixo que ela conduza a minha rotina. Ela me veste, me coloca pra escovar os dentes enquanto faz o café. Meu pai já preparado para o trabalho, espreme a laranja para fazer o delicioso suco de laranja, beterraba e cenoura que tanto amo.
Depois do café fico mais animada e já começo a tagarelar sobre ficar em casa e não querer ir pra escola, sobre ser mais útil em casa, sobre o cheiro do incenso da professora me deixar tonta e sobre todas as dificuldades.
Meu pai fingindo que não escutava as reclamações preenchia a lancheira de biscoito água e sal e suco de laranja.
Rapidamente em sua bicicleta me deixava na escola e ia trabalhar.
Entrando no pátio as professoras já iam organizando as filas de cada turma para entoarmos juntos o hino da independência e o hino nacional.
Depois em fileira seguimos para sala e a professora sem mais demora acende o incenso fedido que doía a cabeça.

Abrindo a embalagem de um chiclete que iria durar até o fim do dia ela começa a aula:

-Como o dia está lindo hoje, já deixei um cheirinho bom aqui pra gente ficar mais feliz.

Sorri e enche a lousa de lição.

Em minha mente as letras se embaralham e as linhas do cadernos se contorcem.
O cheiro do incenso fica mais forte e eu fico repetindo em mente para que o incenso queime rápido.

Letras, números, linhas pautadas, giz, incenso, recreio e o chiclete sendo mascado incansavelmente.
E eu só queria poder ler, se eu soubesse.

Quando o sino da igreja badala doze vezes meu coração acelera e fico feliz em arrumar meus matéria na bolsa.
O sinal soa e corro até o portão para ver minha mãe acenando e me chamando para o conforto do lar.

Acabei escrevendo algo que acontecia diariamente no ano de 2004 quando eu estava na primeira série em uma escola considerada uma das piores em ensino fundamental, poderia escrever algo mais leve com o humor de criança, mas sempre lembro dessa época e vejo que a vida de uma criança pode ser bem cruel em alguns aspectos. Foi um desperdício de ano pois não aprendi nada e ainda morria de dor de cabeça por conta de incensos com as portas fechadas.(Ainda me aprovaram para a segunda série).
Pais prestem atenção no que os professores fazem na sala de aula com seus filhos, sejam os melhores professores para seus filhos!
Ainda bem que no ano seguinte eu mudei de escola e conheci uma professora maravilhosa que me ensinou a ler, somar e diminuir (Espero que esteja bem professora Claudete ❣️).

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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Desafio de escrita criativa: "Gato mia" - por Fabi Sanchez

Olá, povo que lê!

Esta semana do nosso "Desafio de escrita" tem o tema: Escreva algo infantil, baseado em experiências de sua infância.

O tema na verdade, para mim, não é um desafio, pois já escrevi outras coisas para o público infantil e tenho muitos momentos bons para recordar da infância. O desafio, na verdade, foi escrever no dia de hoje, um dia em que estou me sentindo extremamente ansiosa, mais do que o normal. Então resolvi falar de algum momento da minha infância em que a ansiedade esteve presente e percebi que a ansiedade é algo nato em mim. Hoje em dia consideram a ansiedade algo a ser tratado, uma doença. Não sou médica para dar nenhum veredito, só posso falar como escritora e como eu, reles vivente do mundo: a ansiedade é uma característica minha, assim como são meus longos cabelos castanhos avermelhados, se eu os cortar ou pintar, se tornam falsos e não combinam comigo, eu assumo minha ansiedade como adjetivo, controlando-a para que não se substantive, então dona ansiedade, o desafio hoje foi para você: segue o texto escrito.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Desafio de escrita: Hotel Lua - por Leila Jacob

Caro leitor,
Estava com saudades de postar aqui no L&L, como a Fabi disse no post anterior o mês de agosto foi bem atarefado, mas estava o tempo todo lembrando da escrita e anotando ideias que me vinham dentro do ônibus, lavando a louça, assistindo e até mesmo no banho.

O desafio da semana é algo que achei até mesmo bobo quando li, vejam bem, pegue o livro mais próximo e abra na pagina 27, leia o primeiro parágrafo e escreva algo baseado nisso.  
O livro que peguei é um xodó da minha vida literária "A carne dos anjos" de Siobhan Dowd, comprei esse livro em um extinto sebo aqui do bairro.

O primeiro paragrafo é:

"O modo como ele disse seu nome foi como uma benção"

Então vamos voltar com tudo, começando o desafio da semana.


A multidão de pessoas saindo do metrô com casacos e botas era uma visão que Léa gostava, o clima de outono era o seu preferido. As pessoas passavam com pressa e esbarrando nela, mas Léa não se importava de ser lentidão no caos da cidade, há um ano e pouco era ela quem corria para chegar no trabalho mesmo com o horário adiantado, hoje em dia não valia mais a pena.

Depois da morte do marido a moça tinha saído do trabalho para ir ao interior passar um tempo curando as feridas com o ar das montanhas, isso tinha ajudado muito, mas a sede por trabalho tinha voltado há algumas semanas. Sem nem mesmo pensar, ligou para o antigo trabalho pedindo um emprego e ali estava ela, iria como temporária, por alguns dias.

O hotel Lua era o lugar onde Léa queria estar sempre, antes de conhecer o falecido marido. Trabalhava sem querer parar por dias e dormia entre um lençol e outro da lavanderia.
Amava o seu emprego e queria sempre estar à disposição das pessoas, mesmo havendo umas maçãs podres como cliente. Ela os servia com toda hospitalidade do mundo.

Chegando na porta do Hotel, ela sentiu um friozinho na barriga como se nunca tivesse entrado naquele lugar. Com toda a coragem do mundo empurrou a porta giratória e foi direto à recepção. Pessoas novas estavam no atendimento, o que era esperado, já que o grupo M havia comprado o hotel naquele ano. Com certeza muita coisa havia mudado.

-Bom dia, senhora, como posso ajudá-la?

-Bom dia, o gerente está à minha espera, sou a subgerente nova.

A recepcionista mediu a mulher dos pés à cabeça, achando-a bem estranha para o cargo, mas ela sabia que não iria durar muito, achou que seria o desespero do chefe por não achar alguém à altura, qualquer um ficaria por uns dias.

- Ah, acho que ele te espera na entrada de funcionários que é pelos fundos.- apontou com desdém para um corredor lateral que Léa desconhecia até então.

Percebendo a falta de empatia da moça, Léa agradeceu e seguiu pelo corredor, entrou na sala onde os funcionários entravam e percebeu que a equipe estava toda reunida. Na mesma hora viu as colegas de trabalho de sua época, Bianca e Luzia, que lhe ofereceram olhares e sorrisos reluzentes.

Bianca correu ao seu encontro e deu um grande abraço, ela era amável e muito engraçada. Mesmo não sendo amigas Léa se sentiu feliz por ter alguns rostos conhecidos por ali.

- Léa, o que está fazendo aqui? Que saudade de você mandando em mim. Sinto muito pelo o que aconteceu com seu marido, espero que esteja bem. Ah, espera, você é a nova...

Antes da moça terminar a frase um homem alto entrou no recinto e todos que estavam ali se calaram. Ele usava um terno com uma medalhinha pequena presa do lado esquerdo do peito.
Léa olhou ao redor e percebeu que os funcionários estavam receosos com a chegada do homem. O grande homem olhou para todos os funcionários uniformizados exceto uma mulher que usava um enorme sobretudo caramelo com grandes botões que roubava toda a atenção daquela sala.

Ele estranhamente chegou perto de Léa devagar e perguntou num tom baixinho que só ela conseguiu ouvir.

- A senhora é quem eu estou esperando às 9H00?

Ela olhou para medalha com o nome e cargo do homem, Jean Lima, gerente. Ela o encarou e balançou a cabeça afirmando. Ele, elegantemente, voltou ao seu lugar e respirou fundo se preparando para as novidades que iria contar.

- Bom dia, espero que todos estejam bem. Convoquei todos aqui para uma breve reunião pois quero deixar algumas informações importantes com todos. Alguns de vocês são funcionários novos, alguns já estavam aqui e outros vieram de outras localidades, esses últimos já me conhecem. Sou o novo gerente do Hotel Lua, Jean Lima.
Creio que o treinamento dado no ultimo mês já deixou todos aqui capacitados, acreditem, se não fossem não estariam aqui hoje.
Então, quero que deem o melhor para que nosso hotel seja um dos melhores como sempre tem sido. E na falta de um subgerente, estamos com uma temporária que irá comandar vocês e me auxiliar nessa nova jornada, que é a senhora Léa Maia. Venha até a frente para todos verem a senhora melhor.

Léa sentiu uma pontada no peito, já não usava o sobrenome do marido alguns meses e ninguém a chamava pelo nome e sobrenome onde estava e muito menos a chamavam de senhora. Os olhos queimaram querendo soltar lagrimas, mas ali não era lugar e nem hora de chorar. Indo em direção ao gerente viu que era seu dever corrigir.

-Bom dia a todos, espero que sejam dias produtivos para todos nós, e senhor Jean, uma correção, meu nome é Almeida, Léa Almeida.

Ele a encarou com uma expressão estranha mas logo suavizou o semblante. Nesse momento ela percebeu que ele era peculiarmente bonito, logo a moça olhou para outro canto da sala com o rosto corado. O homem engoliu a saliva observando a atitude da mulher ao seu lado, não era algo que ele esperava.

- Desculpe-me pelo erro então, corrigindo, a subgerente chama-se Léa Almeida. Todos estão dispensados para continuar o trabalho.

A sala foi se esvaziando e os gerentes do hotel Lua ficaram a sós, ele a encarava sem piscar nem mesmo por um segundo. Léa estava sem saber como agir, os anos de experiência na hotelaria pareciam ter sumido em poucos meses, como agir com um superior? Tomando coragem quebrou o gelo.

- O senhor tem alguma recomendação? Onde eu devo começar?

- Hoje você vai passar o dia comigo, e Léa Almeida é um bonito nome.

E saiu da sala sem nem mesmo orientá-la. Bianca que estava na porta da sala entrou com um grande sorriso no rosto.

- Nossa, mas que tipo, hein? Você viu como ele falou com você, o modo como ele disse seu nome foi como uma benção. Serão dias cheios de novidades.- disse a moça dando alguns tapinhas nas costas de Léa.

Pela primeira vez naquele dia Léa sentiu medo de verdade, mas já estava na chuva então iria se encharcar. 






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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

A Lua e o Licor (trecho de "Lucy") Desafio de escrita - por Fabi Sanchez

Olá, povo que lê!

Vamos nós de novo começando com aquele pedido de desculpas por estarmos sumidas? Gente, eu e a Leila, neste agosto, estivemos com compromissos pelas tampas, por mim, digo que o lançamento de "Causos de açúcar" me consumiu bastante energia, mas o feedback do meus leitores tem sido algo extremamente prazeroso, mais do que o próprio açúcar inclusive, pausa aqui para agradecer a cada um dos meus leitores queridos... mas chega de desculpinhas, né? Vamos voltar ao foco de escrita de nossos desafios semanais?

Pois bem! Eu e a Leila muito conversamos sobre o desafio dessa semana e achamos que seria uma chatice sem fim, mas minha gente, quando peguei o mote inspirador para escrever, já meio que a cena veio em minha mente: vou adorar escrever isso. O famigerado desafio então, é o seguinte:  Pegue o livro mais próximo de você, abra na página 27, leia o primeiro parágrafo e escreva algo baseado nisso.

Peguei "Um cavalheiro a bordo", que é o terceiro livro da melhor trilogia, no meu ponto de vista, da Julia Quinn, e vejam só o parágrafo com o qual me deparei:

"Ele se sentou na beirada da cama, sua proximidade a deixando desconcertada"

Já pensou malícia, né? Então vamos ver no que dá com mais um trechinho de Lucy pra vocês.

MAKTUB | Bela lua, Fotos da lua, Imagens de lua


- Querido, chega, vou me deitar.

Lucy disse aquela frase com tanta precisão, afirmando cada uma das palavras de forma tão incisiva, que Robert ficou olhando-a virar-se daquela sua forma repentina e delicada, batendo a enorme saia no vento, levantando todo pensamento da mente de qualquer ser.

-Lucy! - Mas como pode ser tão intensa e teimosa?

Ela olhou por cima dos ombros, como se fosse uma última chance para que ele explicasse seus pensamentos. Os olhos dela eram penetrantes como adagas venenosas e flamejantes. Ele firmou-se de pé, medindo forças em seu olhar castanho e poderoso e preencheu sua boca de uisque para não preencher de palavras sem fundamentos. Pensou em uma fração de segundos como encaminhá-la diante da força que ela estava descobrindo dentro de si sem fazer com que se perdesse.

- Minha cara...

- Robert, vou me recolher.

E sem mais oportunidades, virou-se e bateu a porta atrás de si, deixando-o com que o álcool evaporasse seus pensamentos naquela noite quente e abafada de verão.

Ele sabia que a magia que sentira nela logo que olhara pela primeira vez em seus olhos, estava se aflorando em sua mente e corpo. Era preciso iniciá-la, mas como? Tão teimosa, um espírito tão singular, mas afinal, todos são singulares. Ele pressentia que ela já o influenciava de alguma forma, e isso precisaria estar muito bem delimitado. Era necessário que os sentimentos não interferissem nos ensinamentos a serem definidos entre eles. Mas um ensinamento só pode ser tomado por aquele que quer aprender, e ela estaria disposta? Seria necessário usar a arma mais poderosa que ela tinha contra ela mesma, ele precisaria deixar que ela o seduzisse, que ela se sentisse no comando da situação.

Naquela noite, ele fumou seu charuto, analisando o que a fumaça o aconselhava, vez por outra, jogava uma ou outra pitada de cinzas no fundo do copo e observava o que o destino lhe dizia... usou da ciência magística simples da fumaça, do álcool e da borra para ser orientado no balanço da cadeira de palhinha que o entorpeceu até o logo amanhecer que fez evaporar o álcool por suas narinas.

Levantou-se para começar o dia.

***


Ela fechou a porta, educadamente. Não queria mais se expor, falar sobre o que ela estava sentindo. Como poderia explicar o poder que emanava de suas entranhas?

Pegou o licor de amoras silvestres que estava sobre sua mesinha, e serviu uma taça. Despetalou uma das rosas que enchia o vaso ao lado da garrafa e juntou o ingrediente ao licor. Cheirou a essência que havia acabado de elaborar no recipiente finíssimo.  Foi até a janela. A noite estava quente e a Lua cheia já havia cruzado mais da metade da noite, a madrugada ia alta, mas a luz que penetrou no quarto ao abrir as cortinas foi forte o suficiente para tornar seus longos cabelos lunarmente prateados. Pousou o copo sobre o batente, desamarrou seu corpete e deixou o vestido pesado cair ao chão, despiu sua combinação e vestiu-se de Lua, sentindo a frieza feminina adentrar seus poros, prateando-se de mulher. Tomou a taça em suas mãos, sorveu um pequeno gole e banhou-se de Licor de Lua e flor.

Dormiu um sono negro e profundo.

Acordou sentindo o cheiro de homem. Era Robert. "Ele se sentou na beirada da cama, sua proximidade a deixando desconcertada". Lentamente abriu seus olhos e o viu sério e certo, olhando-a fixamente.

- Preciso de você, Lucy!

Ela o entendeu, e soube, naquele momento, que ela também precisava dele, não mais pela estrutura material, mas fundamentalmente, pela estrutura espiritual. Eles estavam ligados de alguma forma e ela precisava descobrir como.


Aha! Pensaram que eles iriam ter outro tipo de relação com esse sentar na cama, né? kkkk, seus maliciosos! Mas quem sabe mais pra frente, ou mais pra trás da história, não sei, vocês possam se deparar com algo mais quente, heim?

Vamos aguardar o que a Lucy vai nos revelar, certo?

Até semana que vem, pessoal!

Bjks e Boas leituras!


sábado, 5 de setembro de 2020

Leituras de Agosto de 2020 por Lu Rabello

 

Agosto

O infinito mês do ano chegou ao fim com algumas boas leituras. Pegue um chá ou um café e vem descobrir o que andei lendo


O Café da Praia

Autora: Lucy Diamond

Editora Arqueiro

336 páginas



Que livro gostoso! (livros com comida no título tem como ser ruins?)

Esse faz parte da série Romances de Agora da Editora Arqueiro. Quem se lembra dos famosos romances das séries Bianca, Júlia, Sabrina? Romances melosos, feitos para suspirar e com a certeza de um final feliz. Atualmente, os tais “Romances de Agora”, seguem a linha romântica mas suas protagonistas são jovens modernas, antenadas e que não sofrem (tanto) por amor como as heroínas das estórias antigas. E nem pense que é um livro bobinho, e sem sal – no caso desse, açúcar 

O Café da Praia, é um livro divertido, tem uma estória bacana e bem redondinha.

A atrapalhada Evie recebe o “café da praia” de herança de sua falecida tia Jo .Além de não entender nada de negócios, não sabe também como manejar as panelas...

No meio de atritos profissionais e familiares, problemas no imóvel adquirido e um coração recém partido, ela aprenderá a trazer mais doçura à sua vida com a ajuda de novos amigos.

Ao ler essa estória, me veio a música a seguir na cabeça. Vou pedir para você ouvi-la antes de continuar o texto.

https://www.youtube.com/watch?v=9AEoUa0Hlso&ab_channel=KTTunstallVEVO

Ouviu? Pois então, é esse o clima que senti no livro. E essa foi apenas uma das que se seguiram nesse clima divertido.

Sugiro também as próximas para acompanhar sua leitura. Músicas alto astral, que tem tudo a ver com o clima do livro.

https://www.youtube.com/watch?v=rjOhZZyn30k&ab_channel=CorinneBaileyRaeVEVO

https://www.youtube.com/watch?v=E0oyglKjbFQ&ab_channel=ColbieCaillatVEVO

Daqueles livros para sonhar, desestressar e viajar pra uma praia bem gostosa com amigos ou quem sabe, um amor quente, assim como um bom café deve ser.

Depois dessa leitura fofíssima, mergulhei num clássico mais que conhecido:


Admirável mundo novo

Aldous Huxley

Editora Globo

309 páginas



A Ju, que já escreveu aqui com a gente, tem um grupo de leituras muito bacana no whatsapp  que discute um livro a cada mês. E o escolhido de Agosto foi o Admirável Mundo Novo

Uma distopia clássica  que levei muito tempo para ler. Podemos encaixá-la nessa categoria de clássicos consagrados já que foi uma das primeiras a entrar nesse mundo distópico e por ter influenciado tantas outras como Jogos Vorazes, Divergente e Maze Runner.

No início achei que levaria muito tempo para a leitura deslanchar, tinha um “pré-conceito” de que deveria ser dificil, ou até mesmo chata.

O resultado foi que li em uns 3 dias. Dizia que ia parar logo após tal capitulo e quando via mais 30 páginas tinham voado.

Bem...tudo o que eu disser será pouco. Um livro mais que conhecido e badalado dispensa apresentações mas se você ainda não o leu, segue uma breve discrição:

Uma sociedade futura vive em um mundo perfeito. Sem dores, sem infelicidade. Tudo isso graças a manipulação genética.

Pai e mãe não existem mais. As crianças nascem em laboratório e são criadas tanto para ser mega inteligentes quanto para serem trabalhadores braçais. As pessoas agora são divididas em castas: Alfas, Betas e Ipsilons, entre outros.

Repetições no período do sono como "Nunca deixe para amanhã o prazer que puder gozar hoje" são feitas nesses seres humanos desde muito pequenos para que se acostumem a determinados padrões sem contestações

Tudo isso para evitar frustrações e tristeza. A ordem é ser feliz!

Mas será que isso é bom?

Se você começou a “pensar muito na vida” e sentir deprimido, é só tomar 1g de SOMA que tudo volta a ficar cor de rosa. SOMA é a droga da felicidade. Viver entorpecido faz com que não se reaja negativamente a nada.

Pra que ter somente um parceiro amoroso, se você puder ter todos?

Ser monogamico é um absurdo. Ter sentimentos é um grave erro…E tudo isso apoiado é pelo governo, que não quer que a população sinta. Sentimentos...eles não existem.

Quanto mais eu lia, mas eu percebia que um livro escrito ha quase 100 anos, não poderia ser mais atual.

Altas taxas de depressão, separativismo social, menosprezo às castas mais baixas, tudo isso não parece matéria do jornal que você vê hoje na tv?

Pois é, um livro escrito há quase um século, permanece atualíssimo. Aldous Huxley foi um verdadeiro gênio.

Acima, eu disse que O café da Praia me lembrou determinadas músicas. Esse também me lembrou uma.

Me veio à cabeça a música Jaded, do Aerosmith, em determinado momento de entorpecimento de um personagem.  

Revi o clipe após muitos anos e ao prestar atenção à letra, percebi que fala justamente sobre o encobrir a vida real. Se tem tudo, mas nada satisfaz, nada traz felicidade real. Em determinada cena do clipe, uma moça ao se olhar no espelho se depara com uma pergunta: What do you want?* E ela responde: I want to feel*

(O que você quer? Eu quero sentir)*

Música ótima, cenas de encher os os olhos e um final lindo. Assista aqui

Em resumo, livro imperdível. Ao lado de outra distopia, Fahreinheit 451*, está na lista de livros a serem lidos por todos. Clássicos atemporais.


Por último li 

O Silêncio das Montanhas

Autor Khlaed Hoissein

Editora Globo Livros

350 páginas




Se os dois livros acima me fizeram viajar por mundos musicais, esse trouxe nada mais, nada menos que um profundo vácuo.

É o segundo livro que leio do autor de O Caçador de Pipas. Além de O silêncio, li também A cidade do Sol

Após a leitura desse último – o qual adorei – fui com altas expectativas para uma nova estória se passando pelas terras tão sofridas de Cabul.

Mas se A Cidade do Sol, me conquistou com suas persoangens, O silêncio não me trouxe nenhuma emoção.

Estória truncada, muitos personagens e ao fim, a sensação de que o autor se perdeu e o que tinha para ser desenvolvido, não cumpriu o que devia

A estória começa quando dois irmãos são separados na infância.

Ao invés de o autor focar no seguimento da estória de ambos, ele começa a inserir novos personagens. Alguns – eu não entendi até agora – nem precisavam existir, pois não acrescentaram nada à trama principal!

Tinha tudo para ser um lindo livro, triste sim, como tudo o que envolve o Afeganistão, mas esse não tem personagens carismáticos, a trama não envolve e a vida futura desses irmãos não tem brilho.

Grande decepção mas ainda darei uma chance ao Caçador de Pipas, qualquer hora dessas.

E você, o que andou lendo? Me conta

Espero que tenham gostado das dicas. Te vejo no final de Setembro

Um beijo

Lu

*Veja aqui a postagem referente a Fahreinheit 451