Oi, povo bonito que gosta de ler!!!
Essa postagem vai em especial pra você que, assim como eu, ao ler um livro, muitas vezes destaca coisas secundárias que leitores comuns nem perderiam tempo em observar e, pior, fica achando que, por estar em segundo plano no enredo, deve ter alguma mensagem subliminar... coisa meio psicótica, né? :D
Quem me acompanha no Instagran ou no Skoob sabe que minha leitura atual é "O presente do meu grande amor: doze histórias de Natal"; um livro que comprei há poucos dias numa mega promoção numa loja física das Americanas por puro impulso capital. Mas esses segredos compulsórios devem ser mantidos sigilosos, portanto mudemos de assunto.
Esse livro de capa fofa, na verdade, agora que percebi que a capa ilustra doze casais numa pista de gelo, ou seja, os doze pares românticos protagonistas, é composto por doze contos de autores diversos, todos desenrolados em torno das festividades de fim de ano, com jovens que se encontram das formas mais inusitadas possíveis. A organização é de Stephanie Perkins, mas, na verdade, lembra que o começo de meu texto fala sobre detalhes inusitados? Pois então, não vou resenhar o livro, mas sim falar de uma observação que fiz no conto "Que diabo você fez, Sophie Roth?" de Gayle Forman. Nesse conto, em um momento, os dois protagonistas falam de uma aula horrorosa que tiveram na faculdade com a matéria de "poesia". Pronto! Me indignei! Acho que por pior que seja o professor, nunca uma aula de poesia pode ser ruim. O Poema em questão na aula era um tal de Yeats, e a poesia chamava-se "Quando fores velha".
Calma lá! Como assim eu não conheço esse tal de Yeats que inspira aulas ruins de poesia e fala da velhice das mulheres?! Deve ser o pior dos piores dos poetas do mundo! Fui buscá-lo na internet e achei-o nesse link: www.culturapara.art.br .
Quebrei a cara!
Pra começar, o cara foi bonitão, sejamos sinceros! E daí comecei a ler os paranauês do rapaz... Wow!!!! A metáfora em pessoa! Sensual, muitos de seus poemas fala sobre a futilidade do tempo humano... Tem uma poesia que se chamam "Leda e o Cisne"... o que que é aquilo? Deveria ter uma tarja de restrição de idade para leitura!!! E por fim cheguei ao poema citado no conto:
Quando fores velha
Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,
Dormitando junto à lareira, toma este livro,
Lê-o devagar, e sonha com o doce olhar
Que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas;
Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto,
Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor,
Mas apenas um homem amou tua alma peregrina,
E amou as mágoas do teu rosto que mudava;
Inclinada sobre o ferro incandescente,
Murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou
E em largos passos galgou as montanhas
Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas.
Pronto! Soco na cara!!! E lá se foi por água abaixo minha teoria de que nunca uma aula de poesia poderia ser ruim, por pior que fosse o professor. Não, me desculpem, eu estava errada! Um professor pode ser ruim e estragar uma aula de poesia, pois o poeta aqui, não teve culpa nenhuma, já que ele é arrebatador! Portanto, professores, mesmo que ficcionais, se não for por amor a poesia, que seja ao menos em amor ao título do livro de contos: NÃO MATEM A POESIA!!!!
E querem saber o que mais? A citação desse poema e dessa poesia no conto não tinha nenhuma mensagem subliminar, a não ser a de me fazer pesquisá-lo e colocá-lo como um poeta o qual preciso conhecer mais a fundo!
Boas Leituras!