quarta-feira, 24 de junho de 2015

Joaquim Manoel de Macedo (195 anos)




Hoje comemoramos o aniversário de vida de Joaquim Manoel de Macedo que nasceu em 1820, inaugurando o Romantismo brasileiro com o romance romântico "A Moreninha", que fez muito sucesso, especialmente entre as jovens adolescentes e burguesas, que passavam seus dias esperando o príncipe encantando chegar.
Costumo falar para meus alunos que "A Moreninha" era a "Malhação" da época, e esse videozinho que achei no youtube, comprova a comparação e mostra que os séculos passam, mas adolescentes, sempre serão adolescentes...

https://www.youtube.com/watch?v=CKJ_YIMpc_I

E pra quem quiser saber um pouco mais sobre a biografia do autor, que tal passear pelo site da Academia Brasileira de Letras?

http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=905&sid=218

Boas leituras!

terça-feira, 23 de junho de 2015

As crônicas de Nárnia: A cadeira de Prata.


Aslan e Meg


Há alguns anos que li "As crônicas de Nárnia" e me apaixonei. 
Aparentemente inocente "Ah, é apenas livro de criança!" (como tenho raiva desse preconceito com a Literatura Infantil). Surpreendentemente adulto!
Intrínseco.
Platônico.
Histórico.
Místico.
Maravilhoso!!!!
Na verdade é um dos meus livros favoritos, leitura extremamente envolvente, assim como seus personagens.
Qual não foi minha surpresa, nesta semana, quando soube que a adaptação de "A cadeira de Prata", para o cinema, já está pronta. Feita pelo mesmo roteirista de "As aventuras de Pi", David Magee, o filme seguirá a sequência dos outros 3 filmes já estrelados, com a narrativa protagonizada por Lucia e seus irmãos e primos, mesmo o livro não seguindo esta sequencia cronológica que se passa em nosso mundo, mas sim uma paralela e narniana, com contos de protagonistas diferentes, mas isso em nada muda a alegria ao receber a notícia maravilhosa que me fará esperar com ansiedade pela concretização na telona.
Enquanto isso, acho uma ótima ideia reler o livro...
Pra quem ainda não leu:

Lewis, C. S. 
As Crônicas de Nárnia.
Editora: Martins Fontes.
Ano: 2005.
Páginas: 751.



 Ache-se nessa aventura. Boas Leituras!


Prova de química e Literatura: Giselle, a amante do inquisidor

Bimestre chegando ao final, semana de provas. 
Na escola onde trabalho, neste período do ano, é feita a aplicação de uma prova bimestral de matérias diferentes a cada dia, e isso faz com que, todos os professores, involuntariamente, apliquem os testes de seus colegas. Acontece que hoje, a prova era de ciências, em todas as salas, e eu estaria com a oitava série na avaliação de química.
Ligações iônicas.
Passava os olhos por aquelas tabelas periódicas sobre as mesas, os lápis rosnando no papel, os elementos químicos cercados de bolinhas e aros por todos os lados... 
Comecei a ficar meio tonta... 
Parecia ouvir o ranger dos cérebros das crianças... 
Até que algo me faz retornar a minha fantástica realidade: um enorme farol vermelho sobre a mesa de uma de minhas alunas: Um livro de aproximadamente 400 páginas, chamado "Giselle: a amante do inquisidor". Não sei do que se trata a história do livro, mas apenas sei que ele estava ali, bem no cantinho da mesa, como que espiando aquela lógica irracional, esperando como âncora de salvação para a pobre da aluna que tinha a expressão facial mais dolorida que uma prova de química pode provocar (ainda bem que não existem provas de química todos os dias, se não a coitadinha teria marcas de expressão vincadas já aos 14 anos como uma mulher de 40 as tem). 
Ela me viu olhando para aquele quadro o qual ela era apenas uma co-adjuvante entre a arte literária e a racionalidade material. 
E me sorriu. 
Olhei em seus olhos, olhei par a capa do livro, para a prova e de novo fixei-me em seus olhos e a pobre me entendeu: Ainda haveria vida após a prova de química!



domingo, 21 de junho de 2015

Vid´água (poesia)

Vid´água

O que há acima de tudo?
Filosofia, ciência, religião.
Olho ao alto: fico mudo,
Sem ação.

Apenas sei, que haja o que houver
PINGA
e
CAI

E desabrocha o viver
Que fica
e
Que sai.

VID´ÁGUA

Que nós
Em corda enroscada
Fazemos pó
E transformamos em nada.

(21 de junho de 2015)


Boas Leituras!

sábado, 20 de junho de 2015

"Agora aqui ninguém precisa de si" Arnaldo Antunes

Arnaldo Antunes. Pra mim esse nome já basta.
Há quase 30 anos atrás, eu crescia escutando "Comida", ou "Bichos Escrotos" do Titãs. Não entendia muito bem aquele monte de substantivos e imagens tão sonoras, mas ADORAVA!
No início da minha carreira, exatamente em 1997, conheci, pela primeira vez, um livro de Arnaldo Antunes, que diga-se de passagem, já tinha 5 nos de publicação "As coisas". E depois disso... apaixonei-me!
O concretismo, a sonoridade, as artes visuais, tudo. Arnaldo Antunes, no meu ponto de vista, é, atualmente, um dos artistas mais completos, criativos e originais que temos no meio artístico.
No último dia dos namorados (12 de junho de 2015), houve a estreia de seu novo trabalho literário "Agora aqui ninguém precisa de si" pela Companhia das Letras. Ainda não o li, mas já está na minha lista de MUITO desejados.




Pra quem quer conhecer um pouco mais sobre Arnaldo Antunes e sua obra, visite os sites abaixo.

Boas Leituras!

http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=13965

http://www.arnaldoantunes.com.br/new/

http://www.vagalume.com.br/titas/discografia/cabeca-dinossauro.html

Minha vida fora de série 3 (Paula Pimenta)

Fãs de Paula Pimenta: é amanhã!!!
Para quem acompanhou a saga de "Fazendo meu filme" e iniciou a leitura da segunda saga da escritora Paula Pimenta, lendo o segundo livro e ficando com um gostinho de quero mais, chegou o grande dia!
Amanhã será a estréia do 3° livro da "Minha vida fora de série", na Livraria Leitura, localizada no Shopping Del Rey em BH.
Pra quem está em SP, vai ter que esperar mais alguns dias, pois o lançamento será dia 26 de junho na Livraria Saraiva do Shopping Pátio Paulista.
Se a ideia é ter seu livro autografado, cheguem cedo, pois os dois eventos iniciarão as 15hs. e serão entregues apenas 500 números para poder falar com a autora e ter seu livro autografado.



Para quem ainda não leu nenhum livro da escritora e gostaria de conhecê-los, podem escolher por qual começar. Todos os livros, como a própria protagonista de "Fazendo meu filme" diz, tem aquele tom de "amorzinho" teen, bem ao gosto do público feminino jovem, de leitura dinâmica e leve.



Abaixo os convites para as estreias e o site oficial da escritora.

Boas leituras!

https://www.facebook.com/events/439500146216921/

https://www.facebook.com/events/359433240931452/

http://www.paulapimenta.com.br/#!minha-vida-fora-de-srie/c1whr

quinta-feira, 18 de junho de 2015

"Apenas a cultura salva!" Gabi e Karol e seus autores favoritos

É fácil ser professor! Ganha por hora, não faz esforço físico, pode trabalhar meio período e ainda por cima tem duas férias no ano: é o que a geral grita.
Dentro de mim tento me convencer dos argumentos acima, mas a sala de aula continua claustrofóbica, áspera e cheia de pó (de giz).
Mas...
Tenho uma máxima: "Apenas a cultura salva!"
E em minhas aulas ensino muito mais o gosto pelas artes, principalmente pela literatura, do que outra coisa; e acredito fortemente que é este o ponto de partida para o aprendizado intrínseco da língua, da escrita perfeita e elaborada, da boa leitura, do raciocínio lógico e rápido, das escolhas corretas para a vida, a argumentação convincente de suas ideias, a construção de novos pensamentos... enfim, acredito que as artes num geral, mas em específico a literatura, é o início para o verdadeiro desenvolvimento humano.
Me sinto responsável nessa missão, todos os anos, por centenas de alunos.
E, de repente, ao abrir meu facebook no fim do dia (dou mais uma tossida, tentando tentando arrancar o pó de giz dos meus pulmões) me deparo com a foto abaixo.
Gabi e Karol (que, junto com seus responsáveis me autorizaram a foto e a citação de seus nomes nesse texto) eram duas alunas da 7a. série no ano passado, introspectivas e muito unidas, que manifestavam-se apenas para gritar o quanto ler era um tédio.
Insisti: mostrei, li em voz alta, resenhei, aconselhei, indiquei, empurrei e...
...Hoje, na oitava série, as duas são devoradoras da Coleção Vagalume, que destaca autores como Marcos Rey, Afonso Machado, Aristides Fraga Lima, entre outros.
Mas quando vi essa foto com a capa do "A culpa é das estrelas" do John Green na cabeceira da cama da Gabi, esqueci meu hollerith, sacudi o pó de giz do avental e lembrei da minha máxima "Apenas a cultura salva!".
Gabi e Karol, sentirei falta de vocês ano que vem!
E pra quem quer conhecer os autores preferidos dessas minhas duas alunas, visite os sites abaixo.



http://www.atica.com.br/SitePages/autores.aspx?Autor=1036
http://www.atica.com.br/SitePages/ResultadoBusca.aspx
http://www.johngreen.com.br/

Boas Leituras!

A mariposa (conto da semana)

A MARIPOSA

Mas quem é o sujeito da oração?
Sintaticamente falando é muito fácil de responder, muito fácil de achar, muito fácil de analisar.
Eis que no meio da aula, me apontam, lá, bem acima, na beira do abismo da sala, ela: A Mariposa!
Enorme, escura, em forma de um triangulo desamoroso, com as pontas inferiores partidas em duas enormes fendas, como se asas fossem, antigamente, uma só, e alguém arrancou-lhe o meio, deixando dois pedaços de lâmina, um em cada ponta de asa. E lá em cima, isolada e inalcançável, permanecia.
A pergunta foi feita, mas ninguém sabia o porquê dela estar exposta na sala mais barulhenta da escola, bem no meio de uma manhã ensolarada e fria.
Fui buscar o celular para tirar uma foto, tentar levar um flash de luz para a escuridão.
Como sou prepotente!
Quando retornei, ela já havia se jogado do canyon da vida: estava entre o chão e o rodapé.
As crianças se agitaram com a foto e eu apenas pedi a elas, olhando para o sujeito simples que destinava-se:
- Respeitem a morte!



Boas Leituras!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Não é fácil manter um blog atualizado!

Como todos sabem sou nova nesse mundo de blogs e ainda estou apanhando, andando pelo caminho das pedras pra descobrir todos os tramites, massetes, nichos... mas como se não bastasse, ainda tenho que dividir o tempo com alguns ciumentos e concorrentes de atenção: apresento-lhes Meg: A gata que deita sobre o teclado, esfrega-se na capa do livro quando leio na cama, põe a cabeça entre eu e o livro e, como na foto, senta-se bem diante do monitor.
E quem disse que seria fácil manter um blog?



E se sua gata não atrapalhar, tenha Boas Leituras!

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Dia dos namorados: Camões e Legião Urbana

Hoje, dia 12 de junho de 2015, falemos de amor, leitura e releitura sobre o tema através dos olhos de Camões e Legião Urbana:


Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor? 


quinta-feira, 11 de junho de 2015

Podem falar de quem e como quiser: biografias liberadas!

Ontem, conforme a notícia de muitos jornais, o Supremo Tribunal condenou, por unanimidade, a censura prévia sobre biografias. A ANEL (Associação Nacional de Editores de Livros), está lutando por esse direito desde 2012, e agora se vê democraticamente favorecida, com a possibilidade de liberar várias biografias que estavam vetadas por pedido de familiares dos famosos retratados, como é o caso do livro "Estrela solitária - um brasileiro chamado Garrincha" de Ruy Castro, ou a biografia de Raul Seixas que está sendo escrita por Edmundo Leite.
Até agora, os autores de biografias dependiam da permissão dos parentes para a publicação da obra. Hoje, com a liberação, não mais:
Pode-se falar de quem quiser e como quiser!!!!
Viva a democracia!!!
Parabéns aos historiadores de vidas alheias que agora podem expor no ventilador todo o podre que não seja seu!!!
Biografia: (do latim) Bio - vida, grafia - escrita. Escrever sobre a vida, mas porque necessariamente da vida do outro? Oras! Porque vende muito mais! Falemos de Raul Seixas, de Roberto Carlos, livremente e legalmente, sem medir as palavras ou o limite de respeito aos que estiveram mais próximo de quem se fala!!! O importante é falar... e vender.
Nunca gostei de biografias, principalmente aquelas que não são escritas pela própria pessoa, mas mesmo assim, as de própria autoria, acho-as de um narcisismo incomum.
Falar sobre a obra, sobre os feitos, sobre os estudos, isto é uma coisa, apesar de também esses episódios fazerem parte da vida dos biografados, mas saber de suas intimidades, como se fosse um grande Big Brother, é mesquinho e capital.
Salvo algumas poucas boas biografias que existem por aí, sinto muito, mas a lei não me compra como leitora!
Boas escritas pra quem é de bem escrever! Boas leituras para quem é de bem ler!

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A cidade da Lua de Walter Júnior

Acabei de receber o primeiro capítulo de "A cidade da Lua" de Walter Júnior para apreciação.
Parece-me bem misterioso, assim como uma leva de literatura sobrenatural que vem sendo editado, bem ao gosto adolescente, porem, com um delicioso sabor nordestino brasileiro.
Uma boa dica de leitura do autor.

http://livroacidadedalua.blogspot.com.br/p/primeiro-capitulo_49.html

https://twitter.com/__ACidadeDaLua

Boa Leitura!

terça-feira, 9 de junho de 2015

Grafite: O texto iconográfico!

Como alguns sabem, nasci e fui criada em São Paulo e "fugi" para a tranquilidade do interior para não ser mais tão assaltada e nem passar metade do meu dia dentro de um carro.
Mesmo assim, a megalópole, muitas vezes, ainda me causa admirações positivas, e por isso, quando ando pelas ruas da mesma, consigo apreciar as transmutações textualmente artísitcas dos grandes muros da cidade.
Um caminho muito frequente que faço é Avenida Tiradentes, 23 de Maio e Washingtom Luís.
Propositalmente, os artistas sabem que nós, reles mortais condutores de carros, ficamos horas parados por essas vias, e por pura caridade mental, nos privilegiam com tais murais, já que, creio eu, eles não ganhem nada dos órgãos públicos ou particulares para pintar viadutos e muros de jardins. Posso estar errada, mas esse tipo de arte, até onde eu sei, existe por mera expressão e deleite artístico, portanto, leiamos um pouco desses textos paulistas tão coloridos e expressivos, os quais admiro tanto.















Boa Leitura!
# grafite  #literatura #arte

sábado, 6 de junho de 2015

Microcontos: A literatura na agilidade do twitter.

Vivemos num mundo onde as comunicações rápidas se fazem a qualquer momento e em qualquer lugar. Todos sabem onde você está e o que você está fazendo neste exato momento. Mas ao mesmo tempo, há quanto tempo você não senta para um café longo com uma boa conversa ao pé do fogão?
Na velocidade do twitter, escuto muito a pergunta:
"Mas como você consegue ler tanto? Eu não tenho tempo para ler!"
Não há mistério, eu arranjo o tempo da leitura:
Primeiramente, levo meu livro de leitura atual para todos os cantos que vou - vai que tem uma fila de espera onde eu possa ler, né?
Depois, na escola onde dou aula, sempre deixo uma leitura fácil a disposição, como um livro de poesias, por exemplo.
O livro de leitura mais complexa deixo na cabeceira da cama com um lápis para marcar as partes mais intrínsecas.
Mas se mesmo assim, você não conseguirá um tempo para ler, que tal entranhar-se no mundo dos micro contos?
O micro conto é um gênero que já era escrito por Allan Poe, mas que atualmente, nesse mundo de comunicação por 140 twitters está muito em alta.
Que tal conhecer um pouco mais sobre esse gênero lendo alguns micro contos?

“Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.”
(Augusto Monterroso)

“70 anos, algumas lágrimas, orelhas peludas.”
(Bill Querengesser)


“Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás.”
(Cíntia Moscovich)


“A velha insônia tossiu três da manhã.”
(Dalton Trevisan)


“Uma gaiola saiu à procura de um pássaro.”
(Franz Kafka)


“O homem estava invisível, mas ninguém percebeu.”
(José María Merino)


Gostou? Então que tal passear por outros sites e conhecer mais sobre esse gênero?

http://microcontos.com.br/

Boa leitura!

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Macau: Uma cidade que fala português

Como a postagem sobre  "Países que falam português", deu o que falar, resolvi por um pouquinho das diferentes manifestações dessa língua mundialmente falada por culturas distintas, expressando visões de mundo tão diversas. Comecemos por Macau:
Macau é uma cidade da China, na verdade a única onde fala-se português, já que há 400 anos foi colonizada por Portugal. Próxima a Hong Kong, onde fala-se inglês, pois esta cidade foi colonizada pelos ingleses. Em ambas, o mandarim, também conhecido como chinês tradicional, que nada mais é do que um conjunto de muitos dialetos chineses, é a língua oficial. Apenas 5% da população macaense fala português. O português é muito mais utilizado nas expressões escritas do que nas expressões orais.



A colonização portuguesa causou não apenas influência na língua, como também na culinária - pode-se facilmente encontrar pasteizinhos de belém nas padarias de Macau -, na arquitetura, e na religião. 



Veja como Wang Hao Han vê sua cidade em típica poesia regional:


Cidadezinha
Os raios solares decorando a cidadezinha no Outono
Mesmo as ruelas partilham da sombra do sol
A trepadeira verde sobe janelas desbotadas
e as aldrabas da porta ferrugenta fecham o silêncio.
[...]
Em todos as ruas apenas olhos estranhos

Eu deixo repousar a saudade nas acácias
e aguardo secretamente que Maio floresça rubro
[...] (p. 194)

Luís Gonzaga Gomes, Deolinda da Conceição e Adé são outros escritores que valem a pena serem lidos. visualize-os na Revista Macau e saiba mais sobre os escritores de Macau


Boas leituras!

Resenha: Guia politicamente incorreto da filosofia: Ensaio de ironia

Arduamente terminei a leitura de Pondé, não por ter uma linguagem de difícil acesso, ao contrário, muitas vezes me deparei com gírias e um linguajar simples, por vezes até mesmo simplório.Não, a questão da dificuldade não foi a linguagem.
Também não foi a dificuldade de raciocínio ou rebuscagem de ideias profundas que muitos livros e autores filosóficos nos levam a ter. Não, o raciocínio filosófico deste livre é de fácil compreensão, não há raciocínio muito profundo ou rebuscado, tudo é muito claro e as vezes superficial, arranhando apenas as ideias mais profundas dos grandes filósofos citados durante a obra.
Bom, mas então o porquê da dificuldade da leitura?
A dificuldade é a revolta,o ódio; é aquilo que a filosofia tenta despertar de mais profundo nos seres pensantes: o abalo da estrutura racional pre-estabelecida dentro do indivíduo. 
O livro é uma crítica ao cinismo e a hipocrisia social. Até aí tudo bem, mas o que mais me incomoda é o tom de desrespeito. Acredito profundamente no questionamento dos padrões, mas não defendo o desrespeito ao pensamento e os ideais do próximo.
Já fui feminista. Hoje, depois de um diploma, uma profissão estável e em acensão, um casamento, 3 filhos, percebo que o feminismo é ingrato, pois apenas sobrecarregou as costas largas da mulher, tirou o papel do homem da sociedade e deixou as crianças crescerem na selva social, sem rumo e sem leis; porem, mesmo assim, a visão machista do autor ao dizer que beleza é fundamental numa mulher, já que o homem, coitadinho, é instintivo mesmo, só irá em busca da beleza feminina e de sua submissão, para, desta forma, gerar filhos bonitos e apenas viver para cuidar dos mesmos, assim como é na natureza (detalhe, nem todas as especies são assim na natureza). Em contrapartida, em outro momento, mais a frente de seu livro, ele diz que o homem não suporta a mulher mais velha que tenta ser bonita e produzida pra surpreender os homens, negando a idade; ou seja, ele defende a valorização das mulheres novas, bonitas e burras, e quem não segue o seu pensamento é hipócrita.
Não acho que eu seja hipócrita, só acho que não preciso de um homem como Pondé em meus relacionamentos assistindo minha vida de luta e me criticando, mas enfim...
Sei que na verdade seu texto é uma fórmula de filosofia popular e vendável, voltada ao capital para uma burguesia burra, a qual ele faz parte, com gráficos bonitos, capítulos curtos, linguagem banal e até mesmo com um cheiro de livro novo inconfundível para os aficionados a compra de livros. 
Portanto, meu caro Pondé, já que você estimula a não hipocrisia social, parabéns por explorar uma fórmula ridiculamente simplória e ganhar dinheiro com isso sobre nós, classe média idiota que tentamos sobreviver socialmente através da compra livre e do pensamento filosófico e desenvolvimento intelectual. São graças a explorações como as suas que a nossa sociedade se mantém linda como ela é!

Guia politicamente incorreto da filosofia: ensaio de ironia 
Luiz Felipe Pondé
Editora Leya
páginas:223


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Jonh Green no Brasil

Como já noticiado em diversos veículos, parece que realmente o Jonh Green estará por aqui em julho deste ano para promover o filme de seu livro "Cidade de Papel". Ainda não há confirmação de local, mas se a visita estiver programada para São Paulo, juntamente com minha colega Maria Antonia Zanotti, montarei uma excurssão para tentarmos conhecer o autor teen mais popular da atualidade. Mas enquanto tudo é muito vago e incerto, que tal lermos o livro que inspirou o filme, assim como outros livros do autor, ou até mesmo tentar falar com ele através da editora Intrínseca?

Cidade de Papel

Uma mocinha complicada que adora ser o destaque na escola, começa a envolver seu antigo e esquecido amigo de infância - com quem divide um extremo segredo - numa trama misteriosa e muito arriscada, chegando ao limite da legalidade. Muitas surpresas íntimas e pessoais envolverão esses dois personagens e o leitor durante as viagens e artimanhas de Margo.


Capa do Livro

Teorema de Katherine

Colin é um rapaz muito inteligente, mas que nos testes, sempre está na avaliação de "quase" gênio, principalmente em matemática. Cansado de ser sempre o "quase", resolve sair pelo mundo em busca de aventuras e encontra sua 19a. Katherine. Indo em busca da probabilidade matemática disto acontecer, ele vive diversas aventuras na busca do conhecimento de seus sentimentos e para surpresa de Collin, ele descobre que nem sempre a matemática pode explicar tudo.
Este foi o primeiro livro de Green publicado aqui no Brasil.

Capa do Livro

E pra quem quer tentar se corresponder com o autor, fica a dica:

http://www.johngreen.com.br/

06 bibliotecas maravilhosas em SP

Esses dias recebi um link pelo face da minha colega de trabalho Lindaura que me fez lembrar as coisas boas que Sampa tem e quanto ainda tenho para conhecer dela. Inspirada nesse link, separei o site das 6 melhores ou maiores bibliotecas de São Paulo. Vamos começar a visitá-las?


1) Museu da Língua Portuguesa
 Além do acervo, exposições temporárias de alto nível animam qualquer um.


http://www.museudalinguaportuguesa.org.br/


2) Sesc Pompeia
Tem uma revistaria aberta ao público e uma grande biblioteca.


http://www.sescsp.org.br/unidades/11_POMPEIA/#/content=programacao


3) Biblioteca de São Paulo
Tem 4.257 m², cerca de 30 mil itens.


http://bibliotecadesaopaulo.org.br/


4) Biblioteca Mario de Andrade
Apenas a segunda maior do país.


http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bma/


5) Centro Cultural São Paulo
Além de muitas bibliotecas, ainda tem gibiteca e musicoteca. Detalhe, é uma das minhas favoritas!


http://www.centrocultural.sp.gov.br/


6) Biblioteca Monteiro Lobato
Dedicada a literatura infanto-juvenil

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/monteiro_lobato/index.php?p=9