sexta-feira, 31 de julho de 2015

"Diário de uma paixão" Ulisses Tavares.







Nada como poesia  de amor para nos prepararmos para o final de semana!























Há uns dias li esse pequenino diário de Ulisses Tavares que além de ter uma diagramação forte e chamar o leitor para participar da vivência amorosa, tomando o livro como um diário real, ele divide a experiência do sentir o amor em algumas etapas, iniciando com a solidão, a busca pelo amor, a paixonite do início da convivência, a intensidade amorosa, a rotina, o desgaste, o ciúmes, as desavenças, a separação e o retorno a solidão; formando dessa forma, um ciclo, e nos levando a pensar de que na verdade, o amor, não está no próximo, mas sim em si!
Adorei, mas sou suspeita para falar sobre o autor ou sobre poesia. Na verdade, não quero falar muito. Neste post quero apenas trazer aos leitores um pouquinho mais de poesia!

Boas Leituras!

Diário de uma Paixão
Ulisses Tavares
Geração Editorial







quinta-feira, 30 de julho de 2015

TAG "Alice no País das Maravilhas"

Vi essa brincadeira em um blog e achei muito legal fazê-la, já que estamos comemorando 150 anos dessa obra tão especial, ao menos para mim, "Alice no País das Maravilhas". A brincadeira consiste em associar os personagens a livros, vejam se concordam com minhas associações:

  • Alice: um livro que te fez cair em um mundo completamente diferente.
Não havia como colocar outro livro a não ser a própria obra em questão. Quer um mundo mais diferente que o de Alice?
  • Chapeleiro Maluco: um livro com um protagonista louco.
Macunaíma, o criador do truco, o Heróis sem nenhum caráter! Mais maluco que ele ainda estou para conhecer!
  • Coelho Branco: um livro que atrasou suas leituras.
A Saga dAas Crônicas de Gelo e Fogo. Tanto desejei a coleção e quando a obtive parei tudo para ler, mas sinceramente, cansei no terceiro volume. Parei para retomar as leituras normais. Em breve voltarei à saga.
  • Gato risonho: um livro que te fez rir muito.
Os 3 livros de Bridget Jones, com certeza são muito engraçados! Adoro!
  • Lagarta azul: um livro que fez você refletir.
O primeiro livro que me despertou para a filosofia "O mundo de Sofia"
  • Tweedledee e Tweedledum: dois livros que são parecidos.
"Amor de Perdição" e "Amor de Separação". Eita romantismo sem criatividade.... vou te falar, que coisa mais chata, Sr. Camilo Castelo Branco! Me desculpe!

  • Rainha de Copas: um livro cujo autor adora matar personagens.
George R. R. Martin! O sangue escorre! Acho que por isso dei um tempo na saga! Meu estômago revira. 

Espero que tenham se divertido! Boas Leituras!

"O Mágico de Oz" de L. Frank Baum


Apesar de estar de férias, estou bastante atrasada com as resenhas da Maratona Literária de Inverno 2015. Sei que elas terminarão e eu não conseguirei resenhar todas as leituras, mas também, ninguém aqui está apostando corrida ou necessitando bater o ponto, não é mesmo? Apenas espero que meus leitores e alunos tenham paciência com minha lerdeza!
Enfim, uma das leituras que fiz na MLI2015 foi "O mágico de Oz". Quem acompanhou minha visita à biblioteca Municipal, percebeu que achei a edição da Zahar de 2013 por lá dando sopa, não que antes não havia caído em minha mão outras versões desse clássico, mas sinceramente, traumas infantis me seguravam a leitura. 
Quando eu era criança, por muitas vezes, principalmente em datas especiais, como Natal, passava na televisão o filme de Doroty e eu, morria de medo! Que tipo de seres horrorosos eram aqueles? E que papo é esse de casas que saem rodogirando com ventos? E macacos geneticamente modificados com morcegos! Que horror! Aquele filme era um pesadelo. E o pior é que minha mãe falava: "Assista, filha, é tão bonitinho!" E eu me escondia atrás da almofada!


Mas nessas férias criei coragem e venci meu trauma! E na verdade, surpreendi-me.
Esta versão tem uma apresentação que indica o quanto, na época, O Mágico de Oz foi comparado com Alice no País das Maravilhas. Na hora não entendi, já que minha referencia da obra era o filme, mas conforme eu ia lendo, a confirmação se fazia. Tudo bem que esse não é tão psicodélico quanto este, mas as semelhanças existem: A fuga da realidade de uma pré adolescente para um mundo paralelo de fantasia; personagens em busca de respostas de dilemas filosóficos ou morais, como: O que é ser generoso? o que é ser corajoso? Quem sou eu? E aventuras, claro, onde não necessariamente exista o bem e o mal, afinal, bruxas podem ser boas, e mesmo as que são más, não são tão más assim, afinal de contas, ela só está defendendo seu poder; assim como o salvador, O Mágico, não é tão poderoso assim e tem várias imperfeições como qualquer outro ser pode ter, e na verdade, não podemos depender de ninguém, a não ser de nós mesmos e, algumas vezes, das verdadeiras amizades. Ah, e os mutantes macacos geneticamente modificados, coitados, eles são apenas uma população de animais dominados por um poder maior que eles: o poder de um gorro mágico... 
Fala sério, vai, na verdade O Mágico de Oz não nos diz nada de extraordinariamente diferente daquilo que vemos todos os dias: ambições, amizades, família, busca de poder, a procura do eu... Dúvidas simples como as do leão, também são nossas dúvidas:
"-Sempre achei que eu era um animal grande e assustador. Mesmo assim, coisinhas tão miúdas como essas flores quase acabaram comigo, e bichinhos pequeninos como os ratos salvaram a minha vida. Como a vida é estranha! Mas amigos, e agora? O que fazemos?"
E agora, o que fazemos ao descobrir, todos os dias, que a grandeza da vida não está no tamanmho físico das coisas?
Cotidianamente normal! Vivemos em Oz e nem sabemos!

Sem contar que as ilustrações dessa edição são demais, já que são as originais de W. W. Denslow, mesmo em preto e branco, elas nos remetem a um mundo onde a imaginação não se limita nos traços dos desenhos, sem contar que são menos assustadores que o filme. 
E falando novamente no filme, quem sabe agora eu consiga assisti-lo novamente pra acabar, definitivamente, com esse tabu infantil? :D
Boas Leituras !



O Mágico de Oz
L Frank Baum
W. W. Denslow (il.)
Sérgio Flaksman (tr)
Editora Zahar
2013
223 páginas

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Luana Lua


O chão frio e duro machuca minhas costas. Levanto-me. escuto e sinto meus ossos estalarem com uma dor lancinante, como se as vértebras voltassem para o lugar que nunca estiveram, ou como se os membros se encolhessem a um tamanho que nunca tivessem.
Sentado no chão, pernas dolorosamente estendidas, apoio-me com as mãos espalmadas a uns trinta centímetros atrás de minhas costas para tentar segurar o mundo que insiste em movimentar-se ora a trinta graus, ora a sessenta, alternando direita e esquerda. Sinto um fel na garganta. Inevitavelmente vomito sobre meu ventre, e quando me recupero dos soluços corporais provocados pela ânsia, consigo fixar meus olhos em meus sapatos, ou o que parecia ter restado deles, já que estavam sem sola e ainda persistiam em meu corpo graças ao abraço que os cadarços davam em meus tornozelos. Desconheço aqueles tornozelos, aqueles pés. Para confirmar o que ( ou quem) eu estava olhando, lentamente, para não tombar, subo meu olhar pelos resquícios de uma calça rota, estraçalhada, que pronuncia pelos em uma magra e dolorida perna que dobra-se lentamente.
Dor.
Sim, as pernas eram minhas. Os restos daquela vestimenta eram meus.
Quase que involuntariamente reclino meu tronco à frente na tentativa de diminuir a dor e isto faz com que minhas mãos se apresentem aos meus olhos: dedos curtos, palma grande, unhas enormes, carcomidas e negras, como se as marteladas de minha cabeça há muito tempo já havia judiado daquelas unhas presas a mãos que assemelhavam-se tanto com uma pata.
Cada pancada de dor em minha cabeça traz um zunido agudo, como se fosse a ativação de uma máquina dentro do meu cérebro. Uma máquina que deixa minha consciência nebulosa e que, de dentro da névoa mostram-me a Lua que me faz recordar de tudo através de sua luz.

"Lua enorme. Única. Rainha da escuridão. Seu brilho cheio era como eletricidade conectando os meus nervos à escuridão noturna, arrepiando pele e pelos, transformando. 
Transformando angústia e medos em desejo e força.
Desejo e Força.
Mais forte que minha vontade, eu tinha necessidade de agradecer à Lua o que ela havia me feito: transformando-me no instinto noturno.
Gritei alto. Ao ponto de as nuvens ao seu redor e ao meu redor se afastarem com meu hálito vigoroso e meu olhar que transparecia Luas amarelas e brilhavam o caminho à minha frente como um farol.
Eu tinha que seguir o caminho em busca. A força me levava à busca. A minha virilidade me comia as entranhas.
O cheiro de fêmea acelerava meu coração que batia desesperadamente de desejo, me impulsionando à correr pelo caminho iluminado pelo meu olhar.
Mãos e pés, patas sem dor afundavam na terra me impulsionando ao desejo.
O cheiro que me enlouquecia vinha daquela casa.
Cheiro de Lua fêmea.
O último beijo do amante na porta da casa, em despedida à namorada que apaixonadamente entrava olhando o amado por cima dos ombros com meiguice do cio.
Espio em tocaia como um animal, esperando o momento certo.
A presa é fácil, não há necessidade de confronto contra um macho tão fraco, que nem chega a ser um adversário. Poupo minha energia para o abate e aguardo pacientemente que ele se vá.
Cautelosamente chego até a janela, pé ante pé, orelhas em pé e em escuta. Vejo a Lua desnudando-se toda para mim. Penetro a janela da casa, subindo pela parede. Penetro as entranhas da Lua fêmea subindo em suas costas. Gritos, unhas, garras, pelos, peles, cabelos, dentes, sangue, dor, prazer em êxtase. e grito:
Luuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuua!
Mas quando olho para baixo, para aquela cara de dor sob meu corpo rijo, tudo o que consigo sentir é ódio. Ódio!
Destroço o corpo da mentira e da ilusão com meus dentes espalhando o gosto de sangue por todo o meu ser. Largo os restos de carne, osso, sangue e esperma e corro alucinado pelo caminho sem fim em busca do cheiro de Lua Fêmea que me enlouquece.
Olho para ela, lá em cima. Onde ela está?
As nuvens: muitas!
Exausto do insucesso, busco o descanso em minha toca costumeira. Corro instintivamente ao caminho de casa quando sinto os primeiros raios mornos de sol queimarem minha nuca, minhas costas. 
Dor! Dor profunda, que transforma a dor metafísica em física. Indescritivelmente dolorido, caio."

- Rogério, Rogério! Meu Deus! O que aconteceu com você? Olhe seu estado, meu querido! Que sangue é esse? Você se feriu? Rogério, querido, por favor, me responda!
Ao abrir meus olhos, vejo bem na minha frente: Luana Lua, cheiro de fêmea.

Tag "Chocolate Literário"

Como é bom estar de férias e ter tempo livre pra fazer coisas inúteis como responder tags... 
Bobeira, na verdade aceitei essa brincadeira da Marina, blogueira de http://www.naestradadafantasia.com/ , porque não deixa de ser recomendação de leitura, né? 
O tema da brincadeira é relacionar livros com determinados chocolates, portanto, desfrutem!

"Iniciando leitura de "Saga animal quando recebi a tag"

1. Chocolate Amargo: Um livro com tópico obscuro.

Não adianta, pra mim, o mais obscuro de todos os livros, imbativelmente é "Drácula" de Bran Stocker. Na verdade, a obscuridade é tão grande que nunca consegui terminar de lê-lo. Tudo bem, sou uma medrosa nata! Desculpem-em, tá? :D

2. Chocolate Branco: Um livro leve e bem humorado.

Com certeza a saga de Bridget Jones! São três livros no total e o primeiro é o engraçadíssimo "Diário de Bridget Jones". Já existe filme para os dois primeiros livros e li boatos que já está para ser lançado, esse ano, nos cinemas, o filme do terceiro livro! Lógico que estarei lá para assistir!

3. Chocolate ao leite: Um livro que virou moda e você quer muito ler.

Na verdade não é bem um livro que quero ler, mas sim os livros de duas autoras brasileiras que estão super na moda e quero saber o porquê de terem estourado desta forma entre os leitores: Paula Pimenta e Isabela Freitas. Tudo que for delas e cair na minha mãe, tô lendo!

4. Chocolate com caramelo: Um livro muito melado.

Afffff, mais melado que "A Moreninha" não há! Costumo dizer aos meus alunos que este livro é a Malhação de dois séculos atrás! Que coisa mais melosa, credo!

5. Chocolate com waffer: Um livro que te surpreendeu.

Bom, esse tópico é difícil, pois foram vários! "Nárnia", "O crime do padre Amaro" e "A casa das Orquídeas" são alguns dos livros que me surpreenderam. Mas nesse tópico eu queria destacar dois poetas concretistas que sempre me surpreendem: Leminsky e Arnaldo Antunes. Além disso, quem sempre me surpreende é a lindíssima Clarice Lispector.

6. Chocolate com amendoim: Um livro que te fez surtar.

Mais uma vez vou apelar para o autor: Carlos Drummond de Andrade sempre me faz surtar! Ele sempre me faz ver o mundo por outros ângulos! Piro e adoro! 
Além de Drummond não posso deixar de citar aqui o surreal do "Alice no país das maravilhas": pirante!
"O prédio, o tédio e o menino cego" também é outra estória pirantemente surreal!
Alguém aqui já leu Kafka? e Nietzsche? Doidaços!

7. Chocolate quente: Um livro que te conforta.

Grande Sertão: Veredas. Ah, como amo! Toca-me tanto e tão profundamente que costumo dizer que é o livro da minha vida.

Bom, espero que tenham gostado dessa inutilidade pública. Alguém concorda com as opiniões literárias? Não? Então o melhor mesmo é comer chocolate e irmos ler qualquer coisa melhor! :D

Boas Leituras!

sábado, 25 de julho de 2015

Como nasce um escritor

Dia 25 de Julho, dia do escritor.
Comecei o dia pensando: Será que posso me considerar uma escritora? Quais os quesitos necessários para que eu me auto reconheça como tal? Se sou, quando comecei a ser?
Para tentar responder, tentei lembrar de quais foram minhas primeiras escritas. Mas antes das escritas, quais foram minhas primeiras leituras?
Por sorte, bem hoje, no dia do escritor, escrevo do teclado da casa de minha mãe, em São Paulo. Estou no campo de pesquisa de meu passado.

Essa estante é a mesma de minha infância. Ela ainda existe tanto quanto eu.
Tudo bem, naquela época morávamos em outra sala, ela tinha mais outros três módulos, e seu papel era tido como principal no cômodo central da casa. Hoje ela não exerce mais o papel de protagonista. Encontra-se na sala dos fundos, pois na sala da frente o rack com a tela plana brilha na mente da família silenciosa.
Mas naquela época, na casa velha...
Esse aparelho de som, mágico, onde apenas meu pai continha seu poder, nos remetia a outro lado do oceano, através de uma língua familiar que flutuava sobre castanholas, violões guitanos, panderetas e gaitas galegas. As vezes, aquelas enormes bolachas pretas tocavam tantos instrumentos juntos que eu não sabia como poderiam caber tantos sons num objeto tão fino. E os nomes de quem tocavam ou cantavam eram lindos e soavam pesados como as orquestras importantes: Vivaldi, Curro de Utrera, Manolo Escobar, Antonio Molina, Julio Iglesias, Cassino de Sevilla, e depois, num passado mais recente, algo mais mouro como Gipsy Kings.
E, em algumas noites, após o jantar, a mágica se fazia e a música invadia minha alma e apenas meu pai podia falar, atentando para mim e meu irmão: Escutem quantos instrumentos vocês podem identificar. Escutem e sintam o fôlego de Antonio Molina. Pare de falar, menina, aprenda a escutar.


E eu escutava, junto com meu coração que batia com o ritmo. 
Apenas meu pai podia falar.
E quando nos calávamos, ele contava. Contava para o ar, não para nós. Mas muito curiosos e sem educação que éramos, escutávamos seus pensamentos altos sobre viagens em alto mar, neve, festas nas florestas, trabalhos em minas, lobos noturnos, namoros escondidos. Num tempo onde eu não existia. E eu ia imaginando um pai que eu não conhecia, e ia reescrevendo as memórias que não eram minhas em minha mente, construindo minhas raízes através do meu antepassado mais próximo: meu pai...
Seu Manolo trabalhava muito. Saía de casa ainda à noite e chegava para jantar, e depois da janta, cama. As vezes, ele nos dava de presente, a magia do aparelho de som e suas estórias antes de dormirmos.
A ordem era: a estante não é brinquedo: O aparelho de som, não podia-se nem pensar em mexer; os discos, ficavam guardados atrás das portas da estante; as garrafas de vinho atrás da porta do barzinho no meio da estante; e os livros... Como eram lindas aquelas lombadas vermelhas, brancas, azuis escuras e douradas... Os livros nas prateleiras da estante. 
Durante o dia, eu  a olhava, cheia de segredos lindos de comer apenas com os olhos. Escutar, de vez em quando. Cheirar e tocar, nunca.
Mas quando o pai ia trabalhar....
Ai, minha mãe querida! Sempre nos protegeu e nos encobriu: Pegava um volume enorme da Conhecer, ou do livro dos Bichos e folheava para nós, mostrando-nos as ilustrações, como nos apresentando a algo sagrado. Com o dedo apontava as letras e ia lendo, decifrando palavras e imagens e expondo mundos científicos, históricos e geográficos que nem nas estórias de meu pai eu conseguia imaginar.



E eu ia escrevendo, em minha memória, mundos diferentes dentro do mundo que era meu: Dinossauros e caravelas que se misturavam numa linha do tempo incompreensível, e que agora só existiam naqueles livros de lombadas bonitas, que não podiam ser tocados, e na minha memória.
Nessa época, conforme eu distorcia as informações pela voz melodiosa de minha mãe e pelos causos duros de meu pai, eu já criava minhas próprias ficções.
A partir daí o desespero de por minhas ficções mentais no papel se deu início, e quando conheci as rimas então, só ampliou-se a angústia, mas isso já é assunto pra outra história.
O importante é que hoje, quando me deparei com essa estante, eu já podia tocá-la como quisesse: Ninguém a vigiava.
Mas com todo o respeito, apenas levantei um pouquinho a toalha do som para que ele se parecesse mais guapo na foto. Não tirei nenhuma lombada do lugar, mesmo elas já estando tão encardidas, apagadas e estropiadas. Não abri nenhum volume para mostrar seu interior, nem as portas para ver as capas dos LPs guardados na parte de baixo.
Apenas os olhei. E os registrei. E isso foi o suficiente para que as respostas das perguntas feitas no início do dia se formassem em minha mente:
Meus pais me geraram a cultura artística embrionária. A estante de meus pais me pariu culturalmente.
Feliz dia do escritor!



sexta-feira, 24 de julho de 2015

Corujas na Torre

Esses dias conheci a fofa da Marina, escritora do blog naestradadafantasia.com, onde ela fez uma proposta de produção de contos mensais, com temas específicos aos quais ela iria dispondo no decorrer do tempo. Como pouco gosto de escrever, adorei a ideia, mas quando vi o tema, tenho que confessar que desanimei: Explosão nuclear. Não gosto nem de livros e nem de filmes de guerra, combate, mortes em massa... não tenho estômago. Acho que a realidade é muito dura e a ficção, pra mim, existe pra suavizar as dores reais. Mas vi como um desafio e pronto, escrevi, Marina. Espero que gostem!

Corujas na Torre


Fazia uma manhã ensolarada, afinal, é Natsu em Hiroshima e logo os festejos do feriado de Natsu Yasumi começariam, e tudo se iluminaria como de costume de todos os agostos de todos os anos de verão.
Satisfeita e entorpecida após uma noite farta de caça, descansava a cabeça sob sua asa, uma linda Tyto Albas, lá no alto da torre da igreja, em seu ninho emplumado, em proteção à ninhada de dois ovos que logo rachariam, dando continuidade à vida.
Cara branca e redonda emoldurada de penas ocres, com um bico curvo apontado para si próprio, puxando a moldura de sua testa para baixo, como um coração. As corujas-de-Torre tem por hábito formar um único casal por toda a vida. Talvez seja a forma de seus rostos que as levem a um sentimento único de união.
O seu par deveria estar a caça da última refeição. Logo voltaria para o descanso. Logo estariam, novamente, ambos a chocar os ovos. Escondidos do sol, do calor, de tudo. Protegidos atrás da sombra da torre da igreja.
Lá embaixo a cidade já estava desperta há algumas horas. Todos correndo com seus afazeres: Indo ao trabalho, cuidando de suas famílias, indo às compras...
Um avião passou barulhento e fez com que o animal se estremecesse, mas já era de conhecimento que naquela época de festa, os fogos de artificio eram barulhentos e causavam uma luz piscante e colorida.
De repente:
LUZQUECEGA!
E nunca mais aqueles dois animais se encontraram, e a esperança de vida daqueles ovos nunca tiveram a chance de chegar a ser.
E do feriado de verão de Hiroshima, restou apenas alguns destroços da igreja.



Visita à Biblioteca: sempre com boas surpresas.


 Primeira semana de férias, curtas, de apenas duas semanas. Crianças todas na casa da avó em SP. Marido trabalhando. Casa limpa. O que me resta a fazer? Ir à biblioteca municipal, claro.
Bom, a biblioteca daqui de Piracaia é muito fofa por fora, mas apesar do acervo enorme, está super abandonada. Tem telhas quebradas e grande parte do acervo, principalmente da sala de Literatura Brasileira e da sala de Literatura Infanto-juvenil, danificou-se com vazamentos e alagamentos das chuvas, e esses acontecimentos não são de hoje, desde que me mudei pra esta cidade, a biblioteca sofre. Além disso, a biblioteca ainda não está digitalizada. Tudo é registrado manualmente ou em uma velha máquina de datilografar através do sistema Dewey de organização. Uma trabalheira só.
Mas, aqui nós temos o mitológico Seu Dito. Sem grandes sorrisos, nem grandes saudações, o Seu Dito é um senhor que manja muito sobre literatura, principalmente a quinhentista e teatral brasileira. Além disso, ele sabe onde estão todos os livros da biblioteca, quais estão emprestados, quais estão nas prateleiras, quantos volumes há do mesmo título... Para que tenham uma ideia, ao chegar disse a ele:
- Seu Dito, só consigo vir aqui nas férias mesmo! Tenho um problema: só encontrei a carteirinha dos meus meninos, não sei se estou devendo algo para a biblioteca!
- Tudo bem, Fabiana, você não deve nada pra biblioteca; já o seu filho Miguel está com um livro emprestado, mas podemos fazer outra carteirinha pra você!
:O como assim? Que meda!
Depois de fazermos a nova carteirinha, Seu Dito veio todo orgulhoso mostrando o que ele acabara de receber dos correios:


 E me explicou que ano passado, um grupo de universitários da Universidade São Judas Tadeu de São Paulo, veio até Piracaia fazer um levantamento cultural da cidade para um estudo turístico e caíram na Biblioteca Municipal, por sorte deles, pois além dos requisitos já citados, o Seu Dito também sabe muito sobre a história do município. Assim como a maioria das pessoas que adquirem sabedoria com o tempo, é um bom contador de estórias e história, relatos natos do passado e vislumbrador do futuro.
Os pesquisadores tinham o trabalho quase todo pronto com os relatos do seu Dito e mandaram a ele, o trabalho original, com a dedicatória, as correções originais e nota na página de rosto.


 Parabéns aos pesquisadores, pois o trabalho ficou super rico e completo!
 Apesar do orgulho, e saber que o presente era pra ele, e não pro município, Seu Dito disse que iria deixar o trabalho na biblioteca para futuras pesquisas.


 Olha a biblioteca aí numa das fotos do estudo! E claro, o Seu Dito, todo orgulhoso com o trabalha em mãos!

E enquanto eu escolhia minhas leituras, íamos proseando e chegando a conclusão que, ás vezes, a valorização cultural, dá-se muitas vezes por aqueles que estão de fora, e que os munícipes, muitas vezes, nem ligam praquilo que é da terra. Se for contar com a valorização dos órgãos públicos então.... Affffff! Aqui, e acho que no Brasil em geral, cultura e educação geram muita grana, mas nada que seja aplicado efetivamente à população.
A conversa ia caminhando nesse rumo desanimador da insatisfação da gestão política, quando ele me lembrou que daqui há dois anos Piracaia completará 200 anos, e que temos que fazer algo de relevância cultural. Perguntei se ele tinha alguma ideia, e claro, que ele me disse que haviam várias.
Uma delas seria escrever uma peça com a história da fundação da cidade e disse que uns 7 atos seriam o suficiente. Claro que topei na hora, me dispus a escrever as ideias dele e mobilizar as crianças do meu grupo teatral para a encenação. Uhuuuuu! Mais um projeto de escrita a vista, afinal, se nós da cultura e da educação não fizermos, quem fará?
E no meio desse papo todo (e dizem que biblioteca é lugar de silêncio, mas como apenas eu, infelizmente, estava lá como visitante...), consegui separar essa pequena TBR.


Que dúvida gigante! Nunca consigo escolher quando vou à biblioteca ou comprar algo em livrarias, não que eu não tenha passe livre na biblioteca e pudesse trazer quantos quisesse, mas sim porque sei que é muita pretensão minha propor-me a ler todo esse monte em duas semanas de férias com muita roupa pra lavar!!!

Bom, depois de folhear, ler as orelhas, as contracapas, pedir opiniões, sentir o cheiro, ver o número de páginas, a capa... Que trabalheira! Consegui separar os que estão aí ao lado, e com muita honestidade que digo que O Mágico de Oz e A Lenda dos Guardiões já estão lidos. Hoje inicio O Reino do Dragão de Ouro...
...E quando eu voltar pra devolver, quem sabe já tenha o material pra escrever a peça... e daqui uns dias, começarei a postar as resenhas do resultado das leituras de férias da biblioteca.
Não há melhor descanso de férias do que o trabalho despretensioso! Amo!

Boas Leituras!

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Aura Negra (sexta leitura da #MLI2015)

Há uns cinco anos atrás ganhei o primeiro livro da saga Academia de Vampiros intitulado O Beijo das Sombras. Tenho que admitir que achei original essa história de vampiros e dampiros, mesmo diante da onda Crepúsculo que vinha acontecendo, sem contar que também era bem sexy, assim como toda historia de vampiro deve ser. Empolguei-me em continuar a saga.
De lá pra cá tive meu terceiro filho, terminei a pós-graduação, ou seja, muita água correu por baixo da ponte, como diria minha mãe, e só agora consegui retomar a saga e o que achei?
Morno. Bastante morno.
Sabe aquele livro que se você pular parágrafos, ou até mesmo páginas, não perde nenhuma informação importante? Pois então, até o clímax do enredo a enrolação vai nessa pegada, uma chatice só, porem, lá pelas últimas 50 páginas, é que a estória começa de verdade, e no final, várias questões ficam com respostas a serem dadas no próximo livro. Tática capital, é sabido, mas... não sei se foi o suficiente para fisgar-me em direção ao terceiro livro. Se cair na minha mão, não me custa lê-lo, mas ir em busca do volume? Acho que tenho outros planos mais interessantes a serem feitos.
Porem essa é uma saga que arrebata o grande público jovem que se identifica com os conflitos amorosos e familiares da protagonista, e isso nos faz pensar o quanto as estórias tem poder diante do leitor ingênuo que não questiona o livro como obra de arte, apenas o consome como uma lata de sardinha, mas enfim, as estantes estão cheias disso e a gente está aí para ler, testar, sentir, aprender, opinar, discutir, criticar, escrever e por fim, ler novamente.
E vocês, o que acham dessa saga? E deste volume em especial?

Academia de Vampiros: Aura Negra.
Richelle Mead
Inês Cardoso (tr)
Editora Agir
2010
297 páginas.

Boas Leituras!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

O Chamado do monstro (quinta leitura da #MLI2015 e segunda da #Maratona Lit)

Peguei este livro para ler por indicação do meu filho mais velho para a terceira semana da #MLT2015, tendo como tema terror; porem, ao meu ver, o livro está mais para drama do que para terror.
Terminei de lê-lo numa das muitas madrugadas de leitura e tenho que admitir que fiquei por muito tempo pensando no livro e na importância da relação entre pais (mais especificamente mães) e filhos.
 Após ler "O chamado do monstro", fiquei com o mesmo medo do mesmo monstro de Connor, o protagonista. Não do monstro da árvore, mas do monstro do sonho. Daquele sonho mais íntimo que temos quando pensamos nos laços maternais.
Psicologicamente profundo, se me fez ficar de ressaca, imagine então para uma crianças de 9 anos como é o caso de meu filho. Pra ele o gênero é terror, com certeza, e isso me faz afirmar que as estórias bem feitas são tão mágicas que podem, inclusive, mudar de gênero, dependendo de seu leitor. Não quero contar enredo, como na maioria de minhas resenhas, já que muitas vezes, os enredos dos livros são cotidianos, mas o que os diferencia é a forma de contar e tocar o coração de cada um de nós.
Bastante intimista, psicológico e filosófico, de uma leitura rápida e de uma ressaca grande.
Assista o curta em animação de divulgação para cutucar um pouquinho mais sua curiosidade e veja as citações nas fotos, que desculpem-me não tem lá uma qualidade muito boa graças a tosquidão relacionada a fotógrafa aqui .

https://youtu.be/1423HrLfTHs









O Chamado do MOnstro.
Patrick Ness
Antonio Xerxenesky (tr)
Editora Ática
215 páginas

Boas Leituras!

sábado, 18 de julho de 2015

Ricardo Siri Liniers no Brasil




Já há algum tempo que Ricardo Siri Liniers está em exposição aqui no Brasil, mas é bom lembrar que ele estará em São Paulo apenas até 1o. de setembro deste ano na Caixa Cultura Correios, com a exposição "Macanudismo - Quadrinhos, desenhos e pintura"
.

Gosto muito deste cartunista devido o destaque que ele dá às coisas simples da vida, em como a partir do mínimo atingimos o máximo, além da visão de ruptura com a rotina através do voo ou da contemplação celestial, seja ela real ou principalmente em busca de um mundo onírico, imaginário, imagético e de alegria.


Diferente de seu conterrâneo Quino, criador de Mafalda, Liniers não critica a sociedade politicamente deturpada, mas tenta sensibilizar uma sociedade agressiva através da criação mais simples e filosófica, usando detalhes mínimos do cotidiano com a criação de seus personagens Pinguinos, Fellini. Enriqueta e La Vaca Cinefila.


Vale a pena conferir a exposição ou ao menos visitar o site do cartunista.



Boas leituras!



sexta-feira, 17 de julho de 2015

150 anos de Alice no País das Maravilhas


Esse ano, especificamente em 4 de julho, Alice no País das Maravilhas fez 150 anos de publicação. 
E daí?
E daí que se você já leu esse livro vai perceber o quão atual, ou até mesmo vanguardista ainda o é, mesmo após tantos anos.
Tão atual que foi material de uma de minhas monografias na faculdade. Tão moderno que essa minha edição da foto, está mega surradinha, pois é um dos livros mais emprestados em minha biblioteca móvel e um dos livros que mais gosto de ler para meus alunos, pois a reação de todos é silêncio absoluto e as análises e interpretações das crianças e dos adolescentes são tão surreais quanto as do próprio livro.



Falar sobre o enredo da história é desnecessário, mesmo porque a Disney martelou a estória de duas formas que foram super vendidas nos cinemas.
Arranhemos um pouco sobre a originalidade da obra. A previsão da mistura de prosa e poesia na mesma estória, algo que seria inovador mesmo 50 anos a frente de sua primeira publicação.


A desestrutura dos personagens que são além de esféricos, contextualizando com as angústias internas e o mundo onírico que estavam começando a ser estudadas pela psicanálise na mesma época.



A visão de mundo, para a época, era totalmente descabida. A literatura infantil praticamente não existia, se existia era algo moralizante e pedagógico e de repente, esse louco do Lewis Carrol mostra um mundo as avessas que não mexe apenas com as crianças, mas principalmente com os adultos.  
Porem ele deveria saber o quão perigoso isso poderia ser, pois ele era extremamente discreto, frequentando apenas círculos de amigos íntimos, casais com seus filhos, ou melhor, filhas.
Sim, Alice foi uma criança real. Dizem que era a filha do meio de um casal de amigos e que inspirou o autor a escrever a narrativa. Dizem mais coisas também, algo girando em torno de pedofilia. Se é verdade, nada e nem ninguém consegue confirmar.


Mas deixando as fofocas a parte, Lewis Carrol, no meu ponto de vista, foi um dos grandes escritores da humanidade com sua visão surreal do mundo infantil e perdido dentro de cada ser humano. 


Ainda tenho um sonho de consumo a ser realizado referente a essa obra: folhear um original ilustrado por Dali. Quem sabe um dia, não? Enquanto isso, contento-me com minha edição surradinha...



Boas leituras!

Alice no Pais das Maravilhas
Lewis Carrol
Nicolau Sevceno (tr)
Luiz Zerbini (il)
168 páginas 
Cosacnaif
2009




Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação









Está de bobeira aí no recesso escolar? É um rato de biblioteca? Que tal participar do Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação? É uma boa pedida, em?
Sabe-se o quanto é difícil divulgar cultura neste país, ainda mais literatura. Pior ainda é viver de literatura!!! E um dos motivos para isso acontecer é a falta de investimento público, tornando os investimentos privados superfaturados como tudo aquilo que é capital.
Fiquei super interessada no Congresso ainda mais ao ver a mega programação e os super nomes que estarão presentes no Congresso, mas quando vi a tabela de preços... Quase larguei mão de minhas utopias!
Como um professor de rede pública consegue participar de um evento como esse? Não consegue, né? Na verdade, provavelmente os professores das redes públicas não devam frequentar esses ambientes, pois não há a necessidade de desenvolverem o intelecto e obter informações e novidades sobre o meio acadêmico literário e espalhar o esse conhecimento entre as massas, já que as massas não tem poder capital e estão muito bem assim ignorantes, obrigada!
Triste, depressiva a situação cultural de nosso país.
Mas se você é uma pessoa de alto poder aquisitivo, que vive da cultura e da educação e existe nesse universo, bom passeio a você!

http://issuu.com/cbbd4/docs/programacbbd1
http://www.acquaviva.com.br/cbbd2015/xxvi-cbbd.php

Boas Leituras!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Sobre concursos literários e educação.


Esta é a poesia concreta que enviei para o concurso de poesias do Vale do Jequitinhonha há alguns dias atrás. Também fiz uma poesia com o mesmo título, só que em versos, para concorrer.
Resultado saiu ontem: meus textos não foram escolhidos entre os 10 melhores.
É fácil viver de literatura? Sim, pois ela é a seiva de minhas entranhas.
É fácil ganhar dinheiro com literatura? Não. E ponto.
É fácil viver de educação? Não, pois ela é a utopia que me consome.
É fácil ganhar dinheiro com educação? Sim, pois hoje qualquer um é profissional da educação que deseduca. E isso deprime, porém põe comida na minha mesa.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Água para elefantes: quarta resenha da #MLI2015 e primeira da #Maratona Lit



Tudo bem que estou fazendo parte de duas maratonas literárias nessas férias (férias que diga-se de passagem, só começarão na quinta desta semana), e por essa razão estou lendo descontroladamente. Mas mesmo se estivesse lendo descomprometidamente, tenho absoluta certeza de que devoraria este livro da mesma forma.
Eu o estava lendo na sala de aula, na aula de leitura, quando uma aluna disse que já havia visto o filme e se o livro estava legal, mesmo ainda estando no começo. Eu respondi que sim, pois já no primeiro capítulo tem morte e desejos sexuais. A aluna me olhou com cara de "o que?". Mas a verdade é que a insegurança passada pela narrativa do protagonista nos leva a curiosidade extrema, a ponto de não conseguirmos parar de ler.
O cenário pouco conhecido, o circo, remete a todos nós um ambiente alegre, amistoso, de relações familiares... mas em Água para Elefantes, este encanto é quebrado rapidamente, através da exposição de uma realidade de intrigas, hostilidade, ganancia, ciúmes, rancor e ódio.
O triangulo amoroso é o centro da narrativa, deixando a elefanta Rosie como coadjuvante da estória, e só entenderemos sua importância no final da trama.
O narrador em primeira pessoa conta toda sua saga circense através de flashbacks, já com seus, como ele mesmo diz, 90 ou 93 anos.
Ninguém gosta que lhes contem o final dos livros e dos filmes, mas tenho q admitir que ao terminar este livro e fechá-lo, a reação automática foi: "Ohhhhhhh, que lindo!"
Boas Leituras!

Água para Elefante
Sara Gruen
Editora Sextante
272 páginas


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Maratona Literária 4.0 - Sem férias dos livros


Participando de mais uma Maratona Literária em 3,2,1... 
E para essa maratona que irá de 11/07 até 17/07 seguem os livros abaixo:
"Água para elefante" de Sara Gruen
"O espelho dos nomes" de Marcos Bagno
"Aura Negra" de Richelle Mead
"O chamado do monstro" de Patrick Ness.
Será um total de 964 páginas (agora, somando o total, tô achando pouco), mas enfim, nada que não pode haver modificações pelo caminho.
O mais legal dessas maratonas é conhecer pessoas e discutir sobre as leituras, portanto, boas leituras a todos!!!