Você já parou para fazer uma enquete com seus amigos para descobrir algo que seja unanimidade entre vocês? Sei lá! Qualquer coisa: o tipo de passatempo, o melhor feriado, a sobremesa, o quitute favorito?
Pois nós, colunistas do Língua e Literatura, em um de nossos encontros virtuais semanais, tivemos um insight e começamos a pensar em um escritor que tivesse agradado a todas.
Esse escritor seria o nosso bacon! Sim! Pois descobrimos também que todas nós gostamos de bacon. Kkkkk
Após chegarmos a um consenso, nos demos conta de que a data de falecimento de nosso escritor predileto estava prestes a se aproximar.
E foi a partir daí que surgiu nossa ideia de prestar uma singela homenagem à várias mãos a Machado de Assis.
Eu o admiro não só pelas obras de seu segundo estilo literário (o realismo), mas por sua história de vida.
Porém, focarei aqui em uma das minhas obras prediletas desse querido escritor: Dom Casmurro.
Publicado pela primeira vez em 1899, Dom Casmurro confirma o olhar certeiro e crítico que o autor passou a ter sobre toda a sociedade brasileira.
A obra é narrada em primeira pessoa pelo personagem de Bento Santiago.
A alcunha de Dom Casmurro lhe foi atribuída por um jovem poeta que viajava com ele no mesmo trem.
O narrador inicia então o projeto de rememorar sua existência, o que ele chama de “atar as duas pontas da vida”. O leitor é apresentado à infância de Bentinho, quando ele vivia com a família num casarão da rua de Matacavalos.
A temática do ciúme, abordada com brilhantismo nesse livro, provoca polêmicas em torno do caráter de uma das principais personagens femininas da literatura brasileira: Capitu.
A imagem da mulher honrada, respeitosa e que zela pelo cuidado e dignidade de seu esposo é fortemente colocada em dúvida frente às constantes paranóias e surtos de ciúmes de Bento Santiago, o Bentinho.
O primeiro fato relevante narrado é também seu primeiro motivo de preocupação. Bentinho escuta uma conversa entre José Dias e dona Glória: ela pretende mandá-lo ao seminário no cumprimento de uma promessa feita pouco antes de seu nascimento.
A mãe, que já havia perdido um filho, prometera que, se o segundo filho nascesse “varão”, ela faria dele padre.
Na conversa, dona Glória soubera da amizade estreita entre Bentinho e a filha de Pádua, Capitolina, a Capitu.
Capitu arquiteta um plano para Bentinho escapar do seminário, mas todos os seus planos fracassam. O garoto segue para o seminário, mas, antes de partir, dá um beijo em Capitu e promete se casar com ela.
No seminário, Bentinho conhece Ezequiel de Souza Escobar, que se torna seu melhor amigo. Em uma visita a sua família, Bentinho leva Escobar e Capitu o conhece.
Enquanto Bentinho estuda para se tornar padre, Capitu estreita relações com dona Glória, que passa a ver com bons olhos a relação do filho com a garota.
Dona Glória começa a considerar que uma vida no seio familiar seria uma boa opção para o filho.
Pensou em achar uma solução para libertar o filho do celibato e, quem sabe, se casar com Capitu.
Escobar é quem encontra a solução: a mãe, em desespero, prometera a Deus um sacerdote que não precisava, necessariamente, ser Bentinho. Por isso, no lugar dele, um escravo é enviado ao seminário e ordena-se padre.
Está achando emocionante?
Eu também achei e confesso que li essa obra em tempo recorde porque fiquei amarrada e curiosa sobre toda a narrativa.
E posso te assegurar que você terá boas horas de uma leitura que entretém e ilustra a realidade de vida de pessoas que viviam naquela época e que vivem nos dias atuais.
Caso você queira ter um gostinho pré-leitura, acompanhe o vídeo ilustrado:
Apreciem esse nosso grande escritor brasileiro!
Ótima leitura a todos.
Cris
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