segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Desafio de escrita criativa "Atlânticus" - por Fabi Sanchez

 Olá, povo que lê!


Pra você que está chegando agora, eu e a Leila estamos fazendo vários desafios de escrita desde 27 de janeiro deste ano, tanto que o primeiro post sobre este projeto é o de A vidraça de minha infância. Se você ainda não viu os posts anteriores, vale a pena dar uma olhadinha, pois foram textos bem divertidos de produzir. 

Mas agora, estamos quase na reta final deste projeto, chegando aos últimos temas e, o tema desta semana é: um super-herói. 

Vou ser bem sincera, estava bem desmotivada para escrever este tema, pois não gosto do mundo Marvel ou DC, acho extremamente chato, mas, ao escolher um mundo marítimo, inpirado no Aquaman, que é um dos poucos heróis que gosto, me surpreendi, e mais do que isso, me empolguei, vamos ver o que vem por aí


https://rpg-rise-of-the-titans.fandom.com/pt-br/wiki/Oceano


imagem retirada de https://rpg-rise-of-the-titans.fandom.com/pt-br/wiki/Oceano em 19/10/20120


Atlânticus


- Meu senhor, mais um derramamento na costa a estibordo das Pequenas Ilhas Índicas acabou de ocorrer, Epírbio explana, dando início à problemática da reunião convocada por Atlânticus, senhor dos sete mares.


O grande rei aperta as pontas de seu trono, levantando-se numa onda tensa de músculos líquidos. Todos ao redor, com reverência e temor por sua ira, sentem-se obrigados a curvarem-se perante Atlânticus graças a enorme onda do movimento de seus músculos que contrai todo o ambiente. É visível ver o fluir de sua energia aquática pulsar seus nervos e veias dentro de seu tórax e braços vigorosos, apesar de sua face plena e calma não transparecer sentimento algum. Ele olha ao redor.


- Há séculos temos evitado um conflito maior com o povo sobremarítmo, mas parecem ignorar a importância do equilíbrio entre mar e terra - irrompeu sua voz firme em ondas sonoras arrebatadoras - qual foi o tamanho das perdas desta vez, Alheta? Perguntou ao Capitão dos costados.


- Tivemos uma grande perda do povoado índico a estibordo, tanto de Aqualinos quanto dos povos piscianos e mamantes, dos grandes aos minúsculos seres. Dois berçários de Aqualinos foram soterrados por óleo, teremos uma enorme baixa do desenvolvimento populacional.

Bolhas flutuavam fora de suas narinas plácidas:


- Precisamos equilibrar povo marítmo e sobremarítmo. Sabemos que a estabilidade das vidas em nosso planeta é necessária, é chegado o tempo de decisões e transformações. Empurraremos a estibordo a placa tectônica índica. Precisamos mandar reforços de cura para os Aqualinos, piscianos e mamantes. Amaina, vá ao povoado e veja quais são as emergências, já leve reforços de Atlanta para ajuda imediata dos mais necessitados e faça o levantamento de tudo o que precisam, inclusive se há a eminência de migração à capital, e se sim, dê andamento às adaptações físicas de nossos povos índicos. Aproveitaremos a possível migração e faremos a aproximação íntima de novas espécies para a renovação da biodiversidade.


-Sim, Atlânticus - respondeu Amaina de forma fluída e sedutora, envolvendo os músculos de Atlânticus com seu longo vestido verde-musgo, cheio de véus leves, trazendo novo fôlego e coragem à todos presentes na apreensiva reunião que prometia estender-se por todo o período noturno.


Passando a mão em um de seus véus, Alheta virou-se ao deus dos mares anunciando sua resolução:


- Irei com Amena, ajudando-a na missão.


A troca de olhares entre os três eletrizou todos os presentes.


- Uma decisão sensata, Alheta. Leve o número de guerreiros necessários para auxiliar em braços. Amena, mobilize também a equipe necessária.


Ambos assentem com um gesto de cabeça, saindo do salão em movimentos ondulantemente horizontais, mas todos sabiam que a tensão fugia do ocorrido sobre a costa índica. Esta era uma das tríades monárquicas da capital que além de muita segura, também era muito discreta, não apenas sobre as decisões sociais e políticas, mas também  sobre as sentimentais e biológicas. Eles eram a trindade do preparo para a criação aquática e era de conhecimento de todos que as descargas elétricas entre eles era o início de novas fecundações. Sempre que ocorria uma catástrofe, sabia-se: a destruição sempre traz a renovação nos calcanhares.


Era chegada a hora.


Ninguém sabia se da migração dos povos índicos surgiriam novos piscianos, nacarianos, mamantes ou um novo tipo de povo hominídeo. Era preciso estar preparado não apenas para as resoluções pós perdas sobremarítimas, mas também para a renovação oceânica como um todo. As inovações genéticas e geográficas sugeridas por Atlânticus a toda sua côrte poderia trazer tanto mudanças climáticas e geológicas quanto biológicas. O caos criacional era eminente.


- Âncora, prepare nossas profundidades para receber os possíveis migrantes e analise o recrutamento dos seres de Atlanta. Vamos fundear nossos berçários.


- Sim, Atlânticus, responde o professor saindo do grande salão e esbarrando em Enora que surge em sua grandeza vertical e turbilhônica, cercada por seus gajeiros que tinham como missão não apenas guardá-la como um todo, mas principalmente segurar suas diversas fitas genéticas de azul fluído. Ao ver seu caminho obstruído, sem exitar Âncora atravessa as ondas de Enora sem nenhum pudor, já carregando algo de suas fitas.


Rapidamente três gajeiros o cercam com enormes lanças afiadas, afundando-o alguns centímetros na areia.


Enora, com toda sua fúria e movimento tenta derrubar Âncora:


- Como se atreve, pedaço de concha?


- Deixem-no ir, ordena Atlânticus dirigindo-se a Enora e seus gajeiros.


Âncora lhe joga um sorriso duro no canto dos lábios finos e sai arrastando seus pesados tentáculos sobre o fundo do mar, causando uma névoa árida e desaparecendo logo em seguida. 


- Atlânticus, querido, diz tentando se recompor, com intenção de seduzir o grande rei, acalmando suas vagas e o envolvendo com suas ondas de fitas azuis turquesa, como iniciou tal reunião sem me chamar?


Enora sentia-se a divindade das divindades e não conseguia compreender que antes de sua fecundação, era necessário preparar toda uma cama.


-Enora, esta reunião ainda não lhe cabe, em breve teremos um encontro mais formal, eu, você e Âncora.


- Não sei como você ainda permite que aquele pedaço de ferro inicie a criatividade marítima que eu, Senhora da Fecundação, tenho em minhas sementes.


-Enora, já conversamos sobre isso, responde pacientemente e, com firmeza dá por encerrado o assunto, fazendo-a acomodar-se em seu lugar na mesa redonda, neste momento preciso ter com Armada.


- Meu senhor, levanta o Almirante em continência.


- Vamos iniciar nosso plano de ataque, diz olhando para toda a côrte, teremos uma longa noite pela frente, mas isto será apenas o início do começo.




E aí? O que será que vai acontecer após essa reunião, heim? Não sei também, quem sabe um dia tenho uma audiência com Atlânticus e ele me conta quais serão seus planos, não? Deixem aí abaixo suas opiniões sobre os possíveis próximos acontecimentos.


Bjks e Boas Leituras

Fabi


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4 comentários:

  1. Que máximo! Fiquei curiosa com essa de empurrar a placa tectônica a estibordo... Muito criativo Fabi, gostei😍😍

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    1. Pensa numa pesquisa que tive que fazer, menina! kkkk Até eu fquei curiosa pra ver como a Atlânticus vai organizar isso aí

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  2. Vá pensamos em vender os direitos para a Netflix 😊
    Adorei!

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    1. Né? Tem cara de série, né? kkkkk Acho q estamos muito netflixeras! kkkk

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