segunda-feira, 26 de novembro de 2018

O legítimo amo de Jennie/ por Cristiane Oliveira

Não é de hoje que grandes escritores transferem às telas a genialidade de suas obras.
Exemplo disso são sucessos como O senhor dos anéis; Comer, rezar e amar, Harry Potter, Os delírios de consumo de Becky Bloom entre outros.
Lá no final dos anos 80, mais precisamente em 1987, a minha maior diversão ao voltar da escola era estender um colchãozinho em frente a tv e aguardar ansiosamente por Jennie é um gênio.



Eu gostava de ver a abertura do programa, que era uma animação bem fofinha, e adorava ler os nomes que apareciam. Fazia isso com todos os seriados que assistia.
Naquela época, sem os recursos instantâneos do Google, ficava mais difícil pesquisar sobre o elenco.
Alguns anos depois, já na pré -adolescência, descobri entre os livros da biblioteca particular de minha tia, um livro com uma capa que trazia uma mulher muito bonita. O livro era denso e diferente do que eu estava acostumada, não trazia figuras. Rsrsrs
Eis que eu leio o nome do autor: Sidney Sheldon.
Logo falei: 
- Esse é o major Nelson, da Jennie é um gênio!
Minha tia:
- Não! Sidney Sheldon foi o criador e roteirista do programa. Ele não atuava.



Fiquei curiosa para saber como ele era fisicamente.
Eis que na orelha do livro havia uma foto dele. 
Finalmente eu conhecia o rosto do cara que escrevia as estórias do meu seriado preferido à época.
Saciada a curiosidade, era hora de decidir: coloco esse livro de volta ou leio?
Uma pré-adolescente de 11 anos iria se aventurar a ler Se houvesse amanhã... um livro sem figuras e com 416 páginas!
- Vamos lá! Daqui a 1 ano eu termino. Pensei!
Comecei a ler, sem muitas expectativas. Porém, quando me dei conta, estava acordando já pensando no livro.


Para resumir, li o livro em 3 semanas! Tempo recorde para quem, até então, não tinha lido 416 páginas nem se juntasse todos os livros didáticos estudados na vida escolar. 
Ao final dos meus 11 anos, tinha lido mais duas obras do autor (O reverso da medalha e Lembranças da meia-noite) e, com isso, Sidney Sheldon se tornou o meu escritor de estimação. 
Nada como achar a “alma gêmea” para impulsionar a nossa vida de leitor, não?

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