sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Misery - Stephen King



A Escrita da Sobrevivência

Dia 21/09. Um dia qualquer. Mas não para fãs de um dos autores mais conhecidos (e amados) do mundo. Quem é ele? Sim, Mr. King.




Arrisco dizer que Stephen King é o autor mais querido do nosso tempo. Acho que isso acontece porque ele transita entre diversos gêneros - terror pelo o que é mais conhecido, mas também dramas emocionantes. E todos recheados com ironias e seu humor peculiar. Fora que ele é uma simpatia. Ele não tem nada do terror que carrega nos seus livros.

Hoje venho falar um pouquinho sobre o livro Misery, um verdadeiro clássico de Stephen King. Hoje há uma edição bem gostosa de ser lida pela Editora Suma de Letras, mas li essa estória em uma edição da antiga Ed. Francisco Alves na década de 80 com o nome de Angústia.

Edição lida por mim há muitos anos. Tenho o maior carinho por essa coleção

Eu tive o privilégio de ler essa edição quando era adolescente e esse foi meu primeiro contato com o autor.

Quem ouve o nome dele, já associa direto ao horror, a fantasmas...mas ao ler Misery, o leitor mais desavisado terá uma surpresa (das boas!)
Esse livro irá explorar o horror do ser humano – coisa que King faz com maestria.


A estória que ele nos conta é a seguinte:
Num quarto de hotel, após concluir seu último livro, o escritor de romances açucarados, Paul Sheldon, resolve se dar férias. Após muita bebedeira vem a estupenda ideia de sair dirigindo por aí ao invés de pegar o avião para casa. Neva muito mas isso não é impedimento para ele. Porém a combinação bebida + automóvel + neve só pode ser igual a desastre. E é isso o que ocorre, um grave acidente que fará com que suas férias se tornem um verdadeiro livro de terror.
Extremamente ferido e com as duas pernas quebradas ele permanece desacordado. Mas pelo local do acidente passa Annie Wilkes, mulher forte e determinada que resolve parar e ajudar Paul, tirando -o da estrada e levando o escritor para sua casa.
Logo, Paul descobre que Anne é nada mais, nada menos que sua fã nº1. Que sorte a dela ter encontrado seu autor favorito!
Contudo, a sorte não estará ao lado de Sheldon.
Aos poucos, ele percebe que por trás da benevolência que a mulher aparenta, existe uma Annie muito mais astuta do que se imagina. Para sobreviver, ele terá que provar pra si mesmo, que contar estórias será a única forma de continuar vivo.



Angústia, ou Misery, nos prende desde a primeira página. O nome do livro vem bem a calhar, pois é essa a sensação que temos desde o início da leitura.
Ao ver o personagem machucado torcemos para que o resgate de Annie o faça se recuperar.
Mas porque ela não o leva ao hospital para que ele seja melhor atendido?
Tão surpresos como Paul, ficaremos nós leitores com as atitudes da mulher.
Como dito acima, esse livro não se trata de assombrações mas da perversidade humana.

Annie é o pior tipo de vilã, a que se traveste de bondade e fingimento mas é uma verdadeira psicopata.

Dá pra enumerar as maldades cometidas por ela, mas não vou dar nenhum spoiler, você terá que ler para acreditar.


Em 1990, foi lançado o filme Misery – Louca Obsessão – inspirado no enorme sucesso do livro.
James Caan deu vida ao personagem Paul Sheldon e Kathy Bates interpreta Annie.
A atriz ganhou diversos prêmios por sua atuação brilhante, incluindo o Oscar de melhor atriz. Ela rouba a cena, não tem como discordar.

Ninguém precisa de uma fã dessas 

Bates encarnou a vilã com perfeição. Um rostinho bondoso que em segundos se torna sombrio. O diretor acertou em cheio em sua escolha para o papel de Annie Wilkes.


Linda, não?! Nem parece a mesma pessoa da última foto

Apesar de algumas diferenças, o filme é excelente. É o tipo de adaptação que ficou muito fiel à obra original.







Annie e seu ídolo. Isso é jeito de demonstrar amor?


Voltando ao livro, a estória é um tanto quanto autobiográfica. O personagem ser escritor (como tantos outros do King - Parece que ele tem uma fixação em colocar escritores em suas obras como Jack Torrance de O Iluminado ou Mort Rainey de A Janela Secreta) é apenas uma coincidência entre outra de maior importância: ele ter sofrido um acidente 12 anos após concluir Misery. Não, ele não foi resgatado e torturado por uma fã, mas é assombroso imaginar que a vida imitou a arte!
Diferente do livro, ele não bateu o carro mas foi atropelado no final dos anos 90 e quase teve uma das pernas amputadas, fora ferimentos na cabeça e pulmão. Até pensou em parar de escrever devido as dores, mas para nossa sorte, se recuperou e hoje aos 71 anos continua sendo o mestre do horror da nossa geração.


Em Misery, acompanhamos um pouco do seu processo de escrita. Sabemos que ele usa uma máquina de escrever até hoje para criar suas estórias (com todas as teclas! Entendedores entenderão)




E só para de escrever no Dia de Natal, no Dia da Independência e no seu aniversário.

Portanto, hoje, aproveite seu dia Mr. King! Desejamos muita saúde e anos de vida para nós, Leitores Constantes, nos deleitarmos com sua estórias.
Salve, Rei!




Um beijo e até a próxima,
Lu.

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